Manifestantes nas ruas de Paris começaram este domingo a lançar objetos à polícia, que respondeu lançando gás lacrimogéneo. No final, foram feitas 208 detenções, com várias pessoas a serem colocadas em camionetas.

O total de detidos foi avançado pelo ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, que em declarações à imprensa disse que 174 dos detidos já tinham registos de prisão, e garantiu que as operações das forças de segurança vão continuar.

Bernard Cazeneuve sublinhou que os incidentes tinham sido provocados por uma “minoria violenta” composta por dezenas de indivíduos encapuçados que se aproveitaram do cordão humano promovido por ambientalistas a partir da Praça da República para promoverem uma marcha violenta.

A marcha pelo clima que estava agendada para este domingo em Paris, onde, na segunda-feira, começa a conferência das Nações Unidas sobre o clima, foi cancelada devido aos atentados de 13 de novembro na capital francesa. No entanto, centenas de manifestantes viajaram na mesma para Paris e tentaram manter os protestos. Segundo o jornal Libération, os manifestantes gritavam “anti-capitalismo” e “polícias em todo lado, justiça em lado nenhum”.

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A maior parte dos manifestantes dispersou depois de a polícia lançar petardos e gás lacrimogéneo. Vários veículos da polícia rodearam a praça. A estação de metro que dá acesso à praça foi fechada. Manifestar-se sem autorização, desobedecendo ao Estado de emergência, pode dar até 6 meses de prisão ou uma multa de 7500 euros em França.

O Presidente francês já criticou a ação “escandalosa” de “elementos perturbadores” que provocaram incidentes na Praça da República, em Paris.

“Sabemos que existiam elementos perturbadores que nada têm a ver com os ambientalistas”, declarou o chefe de Estado francês em Bruxelas, à margem de um encontro da União Europeia com a Turquia, denunciando os incidentes “lamentáveis e até mesmo escandalosos”.

Para assinalar o início da Conferência do Clima, a partir deste domingo a Torre Eiffel ‘veste-se’ de verde.

torre eiffel verde