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  • Encerramos o liveblog deste domingo. Amanhã seguimos na estrada com o segundo dia da campanha para as Presidenciais 2016. Até amanhã.

  • Sampaio da Nóvoa quer lutar contra os quatro D's

    O dia de Sampaio da Nóvoa termina em Viseu, num jantar-comício com cerca de 600 apoiantes. O candidato já discursou e definiu como prioridades do seu eventual mandato presidencial a luta contra os quatro D’s.

    A luta contra as desigualdades, um tema “central no Portugal do século XXI”, porque este é hoje “um país mais desigual do que há quatro anos”.

    A luta contra o desemprego de todo o tipo, o que constitui um dos “dramas maiores dos últimos anos”. Sampaio da Nóvoa disse querer lutar contra o desemprego de longa duração e o jovem, mas referiu igualmente a precariedade laboral como algo a combater.

    A luta contra o despovoamento e a desertificação do interior, problemas para os quais Sampaio da Nóvoa quis chamar a atenção com o início da campanha na Beira Alta. “Não há país do século XXI que possa tratar de forma tão diferente as suas regiões”, disse. Já antes tinha reforçado a ideia de que queria, enquanto Presidente, “dar prioridade a este espaço do país”.

    A luta contra o desperdício “de pessoas, jovens, conhecimento”. O candidato não gosta de ver os jovens portugueses a estudar em Portugal e a trabalharem no estrangeiro. “Somos nós que estamos a pagar esses investimentos para esses países [os mais ricos da Europa] se desenvolverem”, denunciou.

  • O alvo da campanha de Sampaio da Nóvoa está bem definido (é Marcelo), apesar de Maria de Belém também levar alfinetadas. No jantar-comício em Viseu, o mandatário nacional, Correia de Campos, fez uma descrição de como vê o adversário Rebelo de Sousa:

    “Marcelo é folclore, certamente. É intriga. É animador de serões de domingo. É uma no cravo e outra na ferradura. Está bem com Deus e com o demónio.”

  • O candidato presidencial Jorge Sequeira afirmou que há “demasiado poder dos partidos” na sociedade e alertou que Portugal “corre o risco” de voltar a eleger um presidente da República de “fação”, noticiou a Lusa. “Os partidos foram importantes na consolidação da democracia em Portugal, alguns com o próprio sangue” mas, aponta, “há demasiado poder dos partidos em toda a estrutura”.

    O candidato apontou baterias contra Marcelo de Rebelo de Sousa, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa alertando que não são “verdadeiramente independentes” porque estão ligados a partidos políticos. “O lobo não passa a ser carneiro só porque lhe veste a pele. Não é só Marcelo e Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém dizerem que são independentes para passarem a ser independentes”, apontou.

    Sobre como desempenhará o cargo, se for eleito, Jorge Sequeira prometeu atenção. “O Governo não pode governar como quer e lhe apetece, prometer determinadas coisas e não as cumprir, tem que haver responsabilização. Não é preciso mais leis, nem aumentar o poder do Presidente. O que é preciso é que o Presidente tenha persuasão, seja credível”, apontou. “Sou um homem tolerante, sei que temos que ter alguma condescendência, não podemos ser tão radicais e extemporâneos e à primeira escorregadela deitar abaixo, senão nunca teríamos governo”, explicou.

  • Tua sobe a níveis históricos. Marcelo foi ver e preferiu "não dizer nada"

    O ato estava feito: ir até à zona ribeirinha ver a subida do Tua em Mirandela. Marcelo Rebelo de Sousa ouviu as explicações do autarca da cidade, António Branco, e preferiu não dizer nada. O rio subiu a níveis históricos e alagou parte de um estacionamento numa zona ribeirinha e causa estragos num café próximo por causa dos “refluxos” de água com a subida do rio

    “é tempo para a Proteção Civil. Um candidato pode e se estiver próximo das situações e houver iniciativas dos autarcas pode observar, pode ver, mas não deve dizer nada. Tudo o que disser é insensato. Pode retirar as conclusões. Acompanhei à distância, parece que há muitas situações destas no litoral muito complicadas. (…) Um candidato deve observar, ver e não dizer nada”.

    O candidato não disse, mas o presidente da autarquia acabou por explica que “a regulação dos caudais implica a intervenção não só das nacionais, mas também as espanholas”. De acordo com António Branco, a última vez que o rio subiu tanto foi em 2005.

  • Edgar Silva diz que Barroso, amigo de Bush e Merkel, também vota Marcelo

    O candidato presidencial apoiado pelo PCP Edgar Silva salientou hoje que o antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, amigo do ex-presidente norte-americano George W. Bush e da chanceler alemão, Angela Merkel, também vota em Marcelo Rebelo de Sousa.

    “Já se sabia que Passos [Coelho], [Paulo] Portas e Cavaco [Silva] juntarão o seu voto no caldeirão de Marcelo. Agora, ficámos a saber que Durão Barroso – aquele mesmo que, abraçando Bush, agrediu o Iraque, o mesmo que, na Comissão Europeia, se uniu a Merkel para esmagar os interesses nacionais – vê em Marcelo o modelo perfeito de Presidente”, afirmou, em comício no Porto.

    Num Pavilhão Rosa Mota com perto de 4.000 apoiantes, o antigo deputado regional madeirense acusou o ex-presidente do PSD e comentador político, Rebelo de Sousa, “bem pode disfarçar os seus apoios, proclamar a sua independência, afirmar incómodo com o PSD e Passos Coelho”, mas, “ainda há poucos meses”, os “apoiou abertamente nas legislativas”.

    Segundo Edgar Silva, a sua candidatura “é a dos que não aceitam a ditadura dos ‘eurocratas’, dos que não se resignam aos déspotas” que querem Portugal como “serviçal da obsessão do défice e da demais devastadora ‘eurocracia’”.

    Lusa

  • Ainda num discurso numa sessão pública em Mirandela, o candidato Marcelo Rebelo de Sousa prometeu ser um Presidente que mantenha o “equilíbrio” dos poderes do Chefe de Estado não levando a uma competição entre poderes.

  • Marcelo quer retomar presidências abertas de Soares, mas "com afeto"

    Marcelo elegeu uma palavra para esta campanha: “Afeto”. Palavra doce para dizer que se for eleito Presidente andará pelo país a falar com os portugueses, podendo tal como fazia Mário Soares, provocar dissabores ao Governo. O candidato presidencial quer um contacto “físico”, através do que “se chama presidências abertas ou outras formas mais rápidas, menos pesada e com mais contacto, mas é mais importante o contacto espiritual, afetivo”.

    Tudo porque os “afetos” serão “uma realidade que será muito importante nos próximos 5 anos”. Diz que não é preciso “só um Presidente que pense muito bem” ou que conhecimentos de “política internacional, mas exige uma capacidade humana para estar próximo dos outros”.

    E é aqui que Marcelo se quer distinguir dos outros candidatos ao lembrar toda a experiência que tem: “Ao nível das pequenas comunidades de que fiz parte na minha vida – associações de pais, IPSS’s, escolas, misericórdias, instituições políticas, o que eu fiz ao nível do poder local como autarca, fazendo pontes, na liderança da oposição em Lisboa com Jorge Sampaio (…) e o que fiz a nível de Estado tentando que em momento crucial como era o da adesão ao euro, o pais permanecesse coeso, com consensos de regime. E aquilo que eu fiz, pasme-se por ser um pecado, que foi ao longo de décadas conviver com as portuguesas e os portugueses criando uma cumplicidade cívica, mas haver uma disponibilidade para discutir problemas e encontrar soluções”.

  • Tino de Rans faz campanha assente em 12 valores, um para cada dia

    O candidato presidencial Vitorino Silva, conhecido como Tino de Rans, tem um valor para cada dia da campanha eleitoral, que arranca hoje oficialmente, nos quais se inserem dignidade, solidão, mérito ou amizade. Segundo a agenda da campanha do candidato, enviada à agência Lusa, as 12 palavras que servirão de mote ao aspirante a Belém são: dignidade, alegria, amizade, família, solidão, futuro, medo, dinheiro, conhecimento/saber, mérito, mentira e internet. O objetivo do candidato é lançar uma palavra em cada dia, ao longo da campanha.

    Relativamente à volta a Portugal do aspirante a Belém, a primeira semana será passada toda no norte do país. Depois de começar o primeiro dia da campanha eleitoral no distrito de Aveiro, Vitorino Silva segue para a região de Espinho, onde visita uma feira, duas fábricas e o Regimento de Infantaria.

    Lusa

  • "Acredito que estou a um passo de ser o próximo Presidente da República" - Marcelo

    A paragem não estava no programa oficial, mas isso não significa que não estivesse planeada. Casa do Vinho em Valpaços cheia para ouvir o candidato dizer que quer ser “mesmo” o Presidente de todos os portugueses.

    “Acredito que estou a um passo de ser o próximo Presidente da República”, disse.

    “Portugal precisa de um Presidente que represente mesmo todos os portugueses. (…) Que cumpra mais do que uma missão política, é uma missão institucional. Não é de partido, de um grupo, de uma fação. Não é que não tenha uma história e uma biografia, uma origem, mas como Presidente deve ser mesmo Presidente de todos os portugueses. Não há um país novo e um país velho. Um tempo novo e um tempo velho. Um só tempo que é o tempo de Portugal

    Não é com partidos, com grupos, com fações. Não é que não tenha história, mas tem de ser mesmo o Presidente de todos os portugueses. Não há um tempo novo nem velho”. Resposta dada a Sampaio da Nóvoa que tem falado num tempo novo.

  • Belém ao ataque: entre o "catavento de opiniões" e o "mestre da retórica", "votem em mim"

    Maria de Belém bem prometeu deixar de falar sobre os outros candidatos, mas, no primeiro discurso de campanha, no cineteatro de Almeirim, não resistiu em dar uma bicada aos adversários. Sem nunca nomear o candidato a que se referia, a ex-Presidente do PS foi perguntando: “Querem alguém que um dia diz uma coisa e noutro dia diz outra?”. Não é difícil adivinhar o alvo das críticas de Maria de Belém.

    Mas a ex-ministra da Saúde não se ficou por aqui. “Querem alguém com grandes habilidades retóricas, mas que nunca demonstrou, na prática, capacidade de concretizar um discurso encantatório que não tem nenhuma densidade em termos de concretização? Ou alguém que se julga capaz de, sozinho, arrostar contra tudo aquilo que resulta de negociações ao nível da União Europeia?”.

    Apresentados os cartões de visita dos adversários, Maria de Belém lançava o seu: “[Não] preferem alguém que já tem provas dadas, que esteve sempre sob escrutínio público” e que tem “obra realizada no domínio do investimento da melhoria das condições de vida das pessoas?”.

    A comitiva de Maria de Belém segue agora para Setúbal, naquela que será a última ação do dia.

  • Sampaio da Nóvoa: "Votar em Marcelo é como escolher uma rifa"

    Sampaio da Nóvoa começou a campanha em Seia e está agora na Guarda. O dia de hoje ainda reserva visitas a Mangualde é a Viseu.

    Em Seia, num almoço com cerca de 200 apoiantes, o candidato justificou porque decidiu iniciar ali a caminhada para Belém. “Não é uma escolha inocente, é um sinal político forte”, disse Nóvoa, que se referiu à desertificação como o “mais preocupante” problema do interior do país.

    O candidato fez ainda um balanço dos debates televisivos, afirmando que tirou duas conclusões. Uma, que com “tantas omissões e contradições, ninguém saberia qual dos Marcelos viria a encontrar em 2017 ou 2018”, se o Marcelo “que anda de namoro pegado com o Estado social”, se aquele que “apoiou a revisão constitucional de Passos Coelho”. Por isso, diz Nóvoa, “votar em Marcelo é o mesmo que escolher uma rifa: nunca se sabe o que irá calhar em sorte”.

    A outra conclusão, e também o outro alvo, foi relativo a Maria de Belém, que o candidato considerou ter “faltado à chamada” quando o assunto era defender a Constituição.

  • Marisa Matias: "Temos de ter uma Presidente que sabe se está do lado dos desfavorecidos ou das elites económicas"

    A candidata presidencial Marisa Matias afirmou hoje, no Funchal, que os portugueses vão decidir, nas eleições de 24 de janeiro, se querem prosseguir a mudança de ciclo iniciada nas legislativas de outubro ou “matá-la no berço”.

    “Este ciclo de esperança que vivemos foi iniciado pela vontade dos portugueses e das portuguesas que quiseram ir contra o ciclo de empobrecimento e de austeridade, por isso, nestas eleições, nós vamos decidir se queremos ter uma presidente a ajudar a esta mudança ou se vamos ter um presidente que quer matá-la no berço”, disse, sublinhando que esta é a “questão essencial” das presidenciais.

    Marisa Matias participou num almoço/comício que reuniu algumas centenas de apoiantes e simpatizantes e no qual esteve presente a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, partido que apoia a sua candidatura.

    “Nós precisamos de uma Presidente da República para os momentos difíceis, porque é nos momentos difíceis que conta a posição do Presidente da República”, disse, realçando que “temos de ter uma Presidente da República que sabe de que lado está, se está do lado dos mais desfavorecidos, ou se está do lado das elites económicas que sempre foram protegidas”.

    Com LUSA

  • Paulo de Morais quer mudar embaixadas e acabar com "diplomacia do croquete"

    O candidato presidencial Paulo de Morais defendeu hoje, em Viana do Castelo, que, se for eleito, irá colocar em prática “uma diplomacia de apoio às comunidades portugueses em todo o mundo”, e acabar com a atual “diplomacia do croquete”.

    “A diplomacia com este Presidente da República será uma diplomacia de apoio às comunidades de todo o mundo. A diplomacia, tal como ela funciona hoje, não é mais do que uma diplomacia do croquete em que os embaixadores passam a vida”, afirmou à agência Lusa num café da Praça da República, ‘ex-libris’ da cidade. “A maioria das embaixadas não são mais do que casas de férias permanentes de embaixadores, e casas de fins de semana dos membros do governo. Isso terá que acabar”, sustentou.

    Paulo de Morais, ele próprio “com dois filhos emigrados”, disse querer implementar “um Ministério, que não se poderá chamar dos Negócios Estrangeiros, que terá que ser das Comunidades Portuguesas para acompanhamento da vida dos portugueses, em todo o mundo”.

    Com LUSA

  • “Vai ser uma grande caminhada para nós até ao dia 24 de janeiro, até ao dia 14 de fevereiro e até ao dia 9 de março, dia da posse”. Foram estas as primeiras palavras de Sampaio da Nóvoa na campanha, que começa em Seia.

  • O candidato presidencial Cândido Ferreira está no norte do país, em Matosinhos, onde tentou visitar o Estabelecimento Prisional Especial de Santa Cruz do Bispo, mas não conseguiu devido a um problema de comunicação. No primeiro dia oficial de campanha, Cândido Ferreira aproveitou para tecer várias críticas ao sistema prisional português, considerando que as “prisões são um fator de exclusão” e que as penas são cumpridas em condições “extremamente deficitárias”.

    Por essa razão, Cândido Ferreira propõe a redução das penas prisionais, ainda que de forma condicionada. Se a pessoa que tivesse uma pena reduzira cometesse um novo crime, então teria de voltar à prisão e cumprir o resto da pena.

    “Uma das causas que acompanhou toda a minha vida e que eu gostaria que os portugueses pensassem bem nela é a causa da dignificação da justiça, a causa da reinserção dos reclusos, porque a prisão não é um hotel de cinco estrelas, não é uma estância balnear, é um sítio onde as pessoas vão ter de pagar pelas suas penas, mas sobretudo é um lugar para que as pessoas possam sair da prisão melhores cidadãos e possam ser reinseridos na sociedade”, afirmou Cândido Ferreira.

    Com Lusa

  • João Soares: "Se a minha mãe estivesse viva apoiaria Maria de Belém"

    Como “cidadão” e não como ministro. Mas, sobretudo, como militante socialista. João Soares fez questão de se juntar a Maria de Belém, na primeira ação de campanha da socialista, para manifestar o apoio “determinado” à ex-presidente do PS.

    Visivelmente emocionado – afinal, a mãe, Maria Barroso, ajudou a Fundação José Relvas a crescer -, o ministro da Cultura deixou uma garantia: “Se a minha mãe estivesse viva apoiaria Maria de Belém“.

    Para o socialista seria muito importante para o país que uma mulher fosse eleita Presidente da República. “[E estou certo] de que Maria de Belém é a Presidente de que Portugal precisa”.

    Ao lado de Vera Jardim, porta-voz da candidatura, João Soares foi lembrando a “biografia” de Maria de Belém na defesa da igualdade de género, do modelo social europeu, do Serviço Nacional da Saúde e até na presidência da comissão de inquérito ao caso BPN – “a todos os níveis notável” e “até histórica”. “Ela esteve sempre nesta batalha”.

    Desafiado pelos jornalistas a comentar a crítica que tem sido apontada à candidatura de Maria de Belém Roseira – o facto de ter sido alimentada, alegadamente, pelos apoiantes de José Seguro já durante o reinado de António Costa -, João Soares lembrou a “isenção” da candidata durante o mandato à frente do partido. E isto mesmo durante as primárias que puseram frente a frente António José Seguro e António Costa. João Soares, como apoiante de Seguro, revelou que até ficou “um bocadinho preocupado” na altura, a pensar se Maria de Belém “não podia ter puxado um bocadinho mais” para o lado dos seguristas. “Ela [Maria de Belém] foi presidente do PS com imensa dignidade” e “a maior das isenções”, atirou João Soares.

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