(Artigo atualizado às 12:58 com mais detalhes sobre o cidadão português ferido no atentado)
Pelo menos cinco pessoas morreram e 36 ficaram feridas num atentado suicida na muito movimentada avenida Iskitlal, no coração de Istambul, Turquia. As autoridades turcas suspeitam que o ataque tenha sido perpetrado por um membro ou afiliado do PKK, o partido dos trabalhadores do Curdistão. Doze pessoas dos feridos estão em estado considerado crítico.
Há um português entre os feridos. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, ao Observador, que preferiu não avançar mais dados sobre a identidade do ferido para não “provocar o pânico junto das famílias”. Sabe-se apenas que este cidadão estava em Istambul em trabalho e que já foi hospitalizado. José Luís Carneiro garantiu ainda que “estão a ser desenvolvidas todas as diligências locais” em articulação com as autoridades turcas para, “em caso de necessidade”, trazer este cidadão português para Portugal.
No entanto, segundo conseguiu apurar o Observador, este português estará fora de perigo, depois de ter sido atingido por um estilhaço na zona da cabeça no decorrer da explosão. Estava a trabalhar numa empresa portuguesa com projetos em Istambul.
O momento da explosão. Imagens: Youtube.
Mais um atentado na Turquia, pouco menos de uma semana depois de um bombista suicida se ter feito explodir em Ancara, num ataque provocou a morte a 37 pessoas.
Desta vez o alvo foi a avenida Iskitlal, uma das avenidas com mais movimento pedestre da cidade turca, e por onde passam muitos turistas todos os dias. Segundo a Reuters, que cita um responsável do Governo turco, a investigação aponta para que o autor, que morreu durante o ataque, seja membro ou afiliado do PKK, o partido que o regime turco ilegalizou.
O ataque aconteceu na rua Balo, em frente ao escritório do governador de Beyoglu. Segundo o mesmo responsável, a polícia terá conseguido evitar que o atacante se fizesse explodir naquele que seria o seu primeiro alvo, acabando por fazer detonar a bomba que carregava “por medo”.
Segundo o ministro da Saúde turco, a explosão provocou a morte a pelo menos cinco pessoas, entre eles o atacante, e deixou pelo menos 36 feridos, sete dos quais em estado crítico. Entre os feridos está uma criança e doze deles são estrangeiros, dos quais já foram identificados como sendo cidadãos israelitas.
Na resposta imediata ao atentado, o governo turco impôs uma proibição às televisões de transmitir imagens e notícias sobre o tema e reativou restrições nas redes sociais, entre elas o Twitter, algo que está longe de ser inédito.
A avenida Iskitlal foi cortada ao trânsito e a zona do atentado foi fechada pelas autoridades. Esta avenida começa na praça Taksim, conhecida pelos mediáticos protestos contra o regime do agora presidente Reçep Tayip Erdogan.