Os alimentos com demasiado sal e açúcar vão passar a estar proibidos nas máquinas de dispensa automática instaladas em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde, revelou esta quarta-feira na Assembleia da República que o Governo vai avançar em breve com uma iniciativa legislativa neste sentido.

O objetivo é, pelo menos, “dentro do SNS, dar um exemplo e sinalizar aquilo que são boas práticas em termos de saúde alimentar”, defendeu Adalberto Campos Fernandes, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Saúde.

Sobre a escassez de vagas para o internato em Medicina, o ministro revelou que propôs ao bastonário da Ordem dos Médicos uma avaliação externa aos indicadores da matriz que é utilizada para a atribuição de idoneidades formativas. O número de vagas de internato de especialidade está dependente do número de médicos que tem esta idoneidade. A avaliação externa visa garantir que não há “sombra de dúvidas sobre os critérios” que sustentam as atribuições, frisou o governante.

O problema da falta de vagas para os médicos que querem fazer a especialidade colocou-se no final do ano passado. Pela primeira vez, 114 médicos não conseguiram lugar no internato de especialidade e o Ministério da Saúde, a título excecional, permitiu que se mantivessem no SNS e que voltassem a repetir a prova de seriação nacional este ano. Ordem e associações de estudantes já alertaram porém que o “drama” se vai repetir no próximo mês de junho, uma vez que voltará a não haver vagas suficientes para tantos candidatos. Estimam que cerca de 400 não consigam aceder à especialidade.

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