A Suíça rejeitou este domingo, em referendo, a proposta de introduzir um rendimento básico incondicional a todos os habitante do país, com 76,9% dos votantes a manifestarem-se contra a proposta, que abrangia suíços e estrangeiros legais no país há pelo menos cinco anos.

Os apoiantes da iniciativa defendiam que a medida iria ajudar a combater a pobreza e a desigualdade e sugeriam o pagamento mensal de 2.300 euros a um adulto e 585 euros por cada criança. Contudo, tais quantias dificilmente iriam cobrir necessidades básicas de vida, uma vez que a Suíça é um dos países mais caros, onde o rendimento médio ronda os 5.000 euros mensais.

Isto faria com que deixasse de ser paga qualquer prestação social como reformas ou outros subsídios. A proposta teve a oposição do Governo e de vários políticos na Suíça. Em Portugal, já há uma petição a pedir que a mesma medida seja analisada.

As autoridades estimam que seriam necessários, adicionalmente, 22 mil milhões de euros anuais para assegurar esta prestação, o que implicava cortes profundos nas despesas ou aumento de impostos.

Cerca de 22% da população que foi às urnas terá votado favoravelmente este projeto. Os preponentes, apesar de derrotados, consideram que o resultado foi um “sucesso sensacional” e que foi superior àquilo que estavam à espera, segundo a Bloomberg.

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