Em carta enviada aos trabalhadores das fábricas que possui no Reino Unido, a Toyota informou que a eventual saída da União Europeia (UE), cuja decisão por referendo ocorre a 23 de Junho, poderá dar origem a uma taxa extra de 10% aplicada sobre os veículos exportados para a UE. A propósito, o construtor nipónico lembra que as suas fábricas no Reino Unido exportam cerca de 90% da sua produção, sendo que 75% se destina ao mercado europeu.

Numa tentativa óbvia de apoiar a permanência na UE, a Toyota sublinha que o seu negócio irá sofrer num cenário de saída, o que a obrigaria à tomada de decisões para manter a competitividade da empresa nos mesmos patamares – o que necessariamente passará por aplicar cortes do mesmo valor. O construtor japonês salientou ainda que investiu 59 mil milhões de libras no Reino Unido em instalações como as de Burnaston, onde são fabricados anualmente 190.000 Avensis e Auris, ou nas localizadas próximo de Deeside, de onde saem 200.00 motores e 35.000 componentes.

Mas não é apenas a Toyota que está preocupada com a viabilidade das suas fábricas no Reino Unido. A BMW e a Mini, para além da Nissan, da Jaguar e Land Rover, também já vieram a público alertar para o facto de a decisão de sair da UE ser altamente prejudicial para a exportação de veículos, devido às taxas alfandegárias que surgirão caso o Brexit se concretize.

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