Investigadores brasileiros revelaram, esta quinta-feira, que encontraram o vírus zika no mosquito Culex quinquefasciatus, segundo avança o site G1. Até então, o vírus encontrava-se apenas no mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. A descoberta confirma a hipótese de que o zika pode ser transmitido por mais de um meio, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo explica a fundação, o estudo foi realizado nas cidades do Recife e Arcoverde, onde a população do Culex quinquefasciatus é cerca de vinte vezes maior do que a população de Aedes aegypti. Foram escolhidos endereços com base em casos relatados de zika à Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco.

Em três dos 80 grupos de amostras, foi encontrada presença do vírus zika em mosquitos Culex quinquefasciatus naturalmente infectados. “Em duas dessas amostras os mosquitos não estavam alimentados, demonstrando que o vírus estava disseminado no organismo do inseto e não em uma alimentação recente num hospedeiro infetado”, revela o estudo.

A Fundação Oswaldo Cruz reconhece, no entanto, que “serão necessários estudos adicionais para avaliar o potencial da participação do Culex na disseminação do vírus Zika e seu real papel na epidemia”. “O estudo atual tem grande relevância, uma vez que as medidas de controlo de vetores são diferentes. Até os resultados de novas evidências, a política de controlo da epidemia de Zika continuará pautada pelas mesmas diretrizes, tendo seu foco central no controle do Aedes aegypti”, defendeu a instituição.

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