A agente Betty Shelby baleou Terence Crutcher, um negro de 40 anos, na sexta-feira à noite, em Tulsa, Oklahoma (EUA), quando este se aproximou do carro de patrulha.

Agora, o procurador distrital de Tulsa, Steve Kunzweiler, apresentou uma acusação de homicídio em primeiro grau contra Shelby, que enfrenta uma pena mínima de quatro anos de prisão.

Apesar de ela estar a ser acusada, ela é presumida inocente até que um juiz ou júri decidam em contrário” disse Kunzweiler ao anunciar as acusações. “Eu não sei porque é que coisas destas acontecem no mundo”, acrescentou.

O advogado de Shelby, Scott Wood, disse ao Tulsa World que a sua cliente acreditava que Crutcher estava sob a influência de droga e a polícia confirmou, na terça-feira, que encontrou droga no carro. Terence Crutcher não terá cumprido as ordens policiais.

Na noite da morte de Crutcher, Shelby terá reportado que estava um carro abandonado no meio da estrada, com o motor ligado e a janela do lado do condutor aberta, sem sinais do condutor. O carro pertencia a Crutcher e tinha avariado.

Um vídeo gravado por um helicóptero da polícia e pela câmara do carro de patrulha mostra Terence Crutcher a dirigir-se ao carro policial, a pôr as mãos no ar e a inclinar-se sobre ele. O agente da polícia Tyler Turnbough descarregou um taser sobre o homem que acabou por ser morto a tiro por Shelby.

Um dos advogados da família de Terence Cutcher é Benjamin L. Crump, que representou os familiares de Michael Brown, o jovem negro desarmado que foi morto em 2014 por um polícia branco em Ferguson, no Missouri (EUA).

O Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação, em separado, para perceber se os direitos civis de Crutcher foram de algum modo violados.

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