A chanceler alemã, Angela Merkel apelou esta terça-feira à proibição do uso da burqa na Alemanha e afirmou que a crise dos refugiados “não mais deverá ser repetida”.

Segundo o jornal Independent, Merkel, que prepara a recandidatura para o seu quarto mandato, afirmou que iria apoiar a proibição de véus islâmicos que tapem o rosto,”sempre que for legalmente possível”.

A chanceler alemã, durante o congresso da União Democrata-Cristã (CDU), considerou ainda “uma vergonha” a incapacidade da comunidade internacional para aliviar o sofrimento dos civis da cidade sitiada de Alepo e criticou a Rússia pelo apoio ao regime de Bashar al-Assad.

“Alepo é uma vergonha”, disse a chanceler num discurso no congresso do seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU). “É uma vergonha termos sido incapazes de criar um corredor humanitário, mas temos de continuar a lutar por um”. acrescentou Merkel.

A chanceler lamentou por outro lado que, ao mesmo tempo que se convocam manifestações contra o tratado de comércio livre entre a União Europeia e os Estados Unidos, não haja protestos ou ações semelhantes contra os bombardeamentos em Alepo.

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Mais de 50.000 sírios fugiram nas últimas semanas de Alepo devido à intensificação dos ataques das forças do regime à zona da cidade controlada pelos rebeldes.

As forças governamentais sírias, apoiadas pelas forças russas, controlam nesta altura cerca de dois terços do leste de Alepo, a parte outrora nas mãos dos rebeldes, e prosseguem a ofensiva para recuperar toda a zona oriental da cidade.

Mais de 300.000 pessoas foram mortas e milhões obrigadas a fugir desde o início da guerra na Síria, há quase seis anos.