O Conselho de Segurança da ONU vai votar na manhã de segunda-feira uma resolução que prevê o envio de observadores em direção a Apelo, para monitorizar a retirada da população e a ajuda humanitária, referiram diplomatas.

O embaixador francês François Delattre indicou aos ‘media’ que os 15 países do Conselho de Segurança encontraram “um terreno de consenso” sobre um texto de compromisso, com o seu colega russo Vitali Tchurkine a considerar tratar-se “de um bom texto”.

Delattre considerou ainda que a aprovação da resolução “vai fornecer-nos coletivamente as ferramentas para evitar uma situação na qual após o fim das principais operações militares, forças incluindo milícias, cometessem atrocidades em massa”.

Estas declarações sugerem um reforço da posição de Moscovo fruto das conversações de bastidores, após ter previamente anunciado a disposição de usar o seu direito de veto à proposta de resolução francesa.

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Por fim, e com uma proposta alternativa russa na mesa, os 15 países alcançaram um compromisso que deverá ser adotado na segunda-feira numa reunião que se deve iniciar pelas 14h00 (hora de Lisboa).

O texto original da França propunha que pessoal da ONU já presente na Síria coordenasse e supervisionasse a retirada dos civis e rebeldes, para garantir um processo de forma adequada e sem abusos.

Por seu turno, a Rússia defendia que “a ideia de deslocar imediatamente pessoal da ONU sem preparação em Alepo leste é propensa a provocar um desastre”, pelo facto de prosseguirem combates na zona entre diversos grupos, incluindo “terroristas”.

Tchurkine também advertiu este domingo que qualquer plano terá de garantir a aprovação de todas as partes, em particular do regime de Damasco.

Nos últimos dias, milhares de pessoas foram retiradas de Alepo, um antigo bastião da oposição retomado na sua quase totalidade pelas forças governamentais.

O processo foi interrompido na sexta-feira e novamente este domingo, após terem sido destruídos autocarros que iam retirar civis de localidades xiitas cercadas por grupos rebeldes, no âmbito de um acordo entre as partes em conflito.