O Qatar foi escolhido há dois anos para anfitrião do Mundial de Futebol em 2022 e, desde então, a legislação do país tem sido internacionalmente criticada, especialmente pela utilização de migrantes como mão-de-obra forçada. O Mundial de 2022 só se vá realizar durante o inverno, mas durante boa parte do ano as temperaturas no país podem facilmente chegar aos 50ºC.

Ou seja, os trabalhadores que preparam as infraestruras que vão receber o Mundial estão sujeitos, durante meses, a condições climatéricas muito adversas. Para a proteção dos homens que trabalham sob o calor tórrido do Qatar, vão ser dados já no próximo ano novos capacetes que baixam a temperatura corporal, conta o Supreme Committee for Delivery and Legacy.

Esta tecnologia inovadora baseia-se num ventilador que trabalha a energia solar e que consegue baixar a temperatura da pele até 10 graus, de forma a que os trabalhadores estejam mais protegidos do forte calor dos meses de verão. Arrefecer a pele significa também manter as funções vitais do cérebro, ao impedir o aquecimento excessivo e as potenciais consequências fatais. A tecnologia tem sido alvo de testes rigorosos e já se encontra em fase de produção, para que possa ser distribuída já no próximo verão.

O capacete está a ser projetado há dois anos e os primeiros a tê-lo serão os trabalhadores do Quatar, que desde que foi anunciado como casa do Mundial 2022, têm sofrido várias perdas. Neste momento, cerca de cinco mil homens estão a ajudar na construção dos estádios necessários para acolher o Mundial, sendo que se espera que nos próximos dois anos o número aumente para 36 mil.

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