Os eleitores suíços votam este domingo num referendo sobre a simplificação do processo de naturalização para os netos dos imigrantes, numa votação marcada pelos receios da extrema-direita sobre a imigração muçulmana para o país. De acordo com os números divulgados pelo executivo suíço, durante a próxima década a medida pode abranger cerca de 2.300 jovens todos os anos.

Entretanto, vários partidos políticos, nomeadamente a União Democrática do Centro, têm-se mostrado contrários à proposta, considerando que há um “excesso de população estrangeira” e que esta iniciativa permite o “aumento exponencial do número de muçulmanos”.

A proposta do Governo visa permitir que as autoridades federais possam conceder a nacionalidade suíça aos emigrantes de terceira geração, encurtando o processo e tornando-o mais barato. De acordo com as autoridades, há cerca de 25 mil imigrantes que poderiam beneficiar imediatamente destas condições para simplificar o processo de naturalização, principalmente provenientes da Itália, Turquia e dos países do sudeste da Europa.

Outra das votações que vão ser realizadas no domingo tem a ver com os impostos sobre os lucros das empresas. O Governo propõe que as empresas possam deduzir os lucros provenientes de receitas com patentes e atividades de Investigação e Desenvolvimento. O Executivo argumenta que o novo regime é necessário para permitir que a Suíça, que foi obrigada pela pressão internacional a abrandar o favorecimento das empresas, se mantenha atrativa para a classe empresarial.

A média do equivalente suíço do IRCque vigora em Portugal está ligeiramente abaixo dos 20%, o que contrasta com a taxa de 40% nos Estados Unidos e de 0% no Dubai, de acordo com um estudo da KPMG, com dados relativos a 2016.

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