“Melania Trump não tem quem a vista”, escreveu o El Español em dezembro sobre a dificuldade da ex-modelo em encontrar criadores que quisessem desenhar as suas roupas. Cinco meses depois, a atual primeira-dama dos Estados Unidos da América já provou o contrário. Na cerimónia de tomada de posse de Donald Trump, usou um elogiado vestido azul-celeste Ralph Lauren e sapatos Manolo Blahnik. No baile inaugural trocou-o por um longo vestido de gala assinado por Hervé Pierre e desenhado em colaboração com a própria. Um design branco complementado por um cinto vermelho e por uma racha vertiginosa, apelidada de elegante pela imprensa internacional.

É uma honra vestir a primeira-dama”, disse Hervé Pierre em comunicado. O criador ainda acrescentou que Melania tem um estilo pessoal muito forte e “não planeia mudá-lo por causa da sua nova função. Por isso, foi divertido respeitar a sua opinião muito elegante sobre moda e traduzi-la num vestido de gala.”

Já no seu primeiro retrato oficial enquanto primeira-dama, divulgado esta semana, Melania Trump vestiu um blazer preto Dolce & Gabbana e reabriu o debate: afinal, quem anda vestir a mulher de Donald Trump? Criadores como Carolina Herrera, Tommy Hilfiger, Diane von Furstenberg e Ralph Lauren já tinham feito questão de realçar a elegância da primeira-dama e afirmar que seria, por isso, uma honra vê-la a usar as suas peças. Depois de serem fortemente criticados por vestirem a ex-modelo no seu primeiro retrato oficial, Domenico Dolce e Stefano Gabbana, da casa italiana Dolce & Gabbana, também elogiaram e agradeceram a escolha de Melania. No entanto, Hervé Pierre continua a ser a marca de eleição da primeira-dama depois de receber os reis jordanos na Casa Branca esta quarta-feira com um vestido verde do criador.

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Também Jean Paul Gaultier afirmou durante a cerimónia dos Fashion Awards que adorava trabalhar com Melania Trump, alegando que a moda deve estar separada da política e que a primeira-dama tem um ótimo sentido de moda. No entanto, há criadores que não partilham da mesma opinião. Marc Jacobs, por exemplo, afirmou que não tem interesse em trabalhar com a mulher de Donald Trump. Já Tom Ford acrescentou ainda que não se identifica com Melania Trump e que, por isso, não lhe vai desenhar qualquer peça de roupa. À lista junta-se Phillip Lim, Derek Lam, Joseph Altuzarra e Sophie Theallet.

Mas à exceção de pequenas críticas por usar Alexander McQueen, Karl Lagerfeld e Givenchy em vez de marcas norte-americanas, a primeira-dama tem sido fortemente elogiada pelas suas escolhas clássicas e elegantes independentemente do designer. “No meio deste debate acalorado, a questão [de quem anda a vestir Melania Trump] parece-me realmente irrelevante”, diz a criadora Cynthia Rowley em declarações ao WWD. “Ela pode simplesmente comprar o que quiser.” Amada ou odiada ou adorada, para bem ou para o mal, a verdade é que Melania Trump começa a afirmar-se lentamente como ícone de moda.