O Grupo PSA acaba de anunciar a conclusão do processo de aquisição da Opel e da Vauxhall – subsidiárias da General Motors (GM) – num projeto que foi assinado a 6 de Março de 2017. E, tal como havia sido definido quando o contrato foi assinado, todos os direitos dos empregados permanecem inalterados.

Com a integração da Opel e da Vauxhall, o Grupo PSA torna-se no segundo maior fabricante europeu de automóveis, com uma quota de mercado de 17% no primeiro semestre do presente ano. Em comunicado, o grupo liderado pelo português Carlos Tavares, faz saber que, “a partir de agora, com cinco marcas automóveis complementares e bem posicionadas”, pretende “fortalecer a sua presença nos principais mercados europeus”, e tirar partido desta “ampliação da sua base” para crescer.

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Por seu turno, o CEO da Opel/Vauxhall, Michael Lohscheller, aponta como meta o regresso aos lucros, dentro de três anos:

Estamos orgulhosos de integrar o Grupo PSA. Inauguramos um novo capítulo da nossa história, depois de 88 anos com a GM. Vamos continuar a produzir tecnologia alemã acessível a todos. A junção das nossas forças permitirá tornar a Opel e a Vauxhall lucrativas, dotadas de fundos próprios. Traçámos para nós próprios o objectivo claro de voltar aos lucros em 2020.”

Nesse sentido, as equipas da Opel e da Vauxhall vão apresentar, dentro de 100 dias, um plano estratégico, sendo responsáveis ainda pela sua execução. Aliás, Opel e Vauxhall serão geridas como marcas alemã e britânica, para o que Lohscheller conta com quatro novos “reforços”:

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  • Christian Müller, anterior vice-presidente de Sistemas de Propulsão na Europa, na Opel desde 1996, sucede a William F. Bertagni como vice-presidente de Engenharia. Müller reunirá Engenharia, Motores e Transmissões num único departamento.
  • Rémi Girardon, anterior vice-presidente sénior do Grupo PSA para a Estratégia Industrial, sucede a Philip R. Kienle como vice-presidente de Produção.
  • Philippe de Rovira, anterior group controller na PSA, é nomeado CFO da Opel, sucedendo a Michael Lohscheller.
  • Michelle Wen, anterior directora de Rede de Fornecimento da Vodafone, passa a integrar a equipa de gestão da Opel a partir do dia 1 de setembro, substituindo Katherine Worthen, actual vice-presidente de Compras e Fornecimento.

Na nota enviada pela PSA à imprensa, refere-se que o plano para a recuperação da Opel/Vauxhall visa restabelecer “fundamentos económicos”, sendo “impulsionado pelas sinergias geradas pelo novo Grupo, que se estimam em cerca de 1.700 milhões de euros por ano, a médio prazo. “O objectivo é gerar fluxo de caixa operacional positivo em 2020, bem como alcançar margem operacional de 2% em 2020 e de 6% em 2026”, precisa a Opel.

Vamos aproveitar a oportunidade de nos apoiarmos mutuamente e conquistar novos clientes, através da implementação do plano de performance que a Opel e a Vauxhall irão desenvolver”, sublinha Carlos Tavares.

Paralelamente, a aquisição das operações europeias da GM Financial está em curso, mas ainda sujeita à validação dos diferentes órgãos reguladores, prevendo-se que tal venha a ocorrer ainda neste semestre.

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