O furacão Harvey que atingiu o estado do Texas, nos Estados Unidos da América, está a provocar cheias que consideradas como “históricas” e “catastróficas”. As autoridades falam em pelo menos cinco vítimas mortais, mas alertam, no entanto, para a impossibilidade prática de avaliar nesta fase todos os danos provocados pelas chuvas fortes que se fizeram e fazem sentir.

O Harvey foi perdendo força à medida que se aproximava da costa do Texas, mas o vento e a chuva forte que atingiram a região provocaram cheias de dimensões bíblicas. Os ventos chegaram a atingir os 130 quilómetros/hora nas imediações de Corpus Christi, a cidade mais próxima do centro do furacão. Gradualmente, tornaram-se mais fracos, mas permaneceram destrutivos, com ventos de 90 quilómetros/hora.

Houston, a quarta maior cidade do país, foi um dos territórios mais afetados pelo furacão e, como atestam as imagens que vão sendo divulgadas, está praticamente submersa.

Apesar do cenário devastador, as autoridades norte-americanas já vieram alertar para o pior: a expectativa dos meteorologistas é que a chuva se torne ainda mais intensa e que o nível das cheias aumente.

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“Está previsto que se agravem as cheias catastróficas na área metropolitana de Houston”, assumiram os responsáveis do Serviço Nacional de Meteorologia, citados pelo Washington Post.

Até ao momento há cinco vítimas mortais a lamentar, ainda que as autoridades norte-americanas assumam abertamente que esse número pode vir a ser atualizado à medida que as equipas de salvamento chegam aos locais menos acessíveis. Além disso, e de acordo com agência Reuters e dos testemunhos que chegam do local, há relatos de milhares de desalojados, centenas de localidades isoladas, sem água e eletricidade.

Brock Long, administrador do FEMA, o fundo de emergência para as catástrofe, defendeu publicamente que os Estados “nunca viram” uma tempestade desta dimensão. “Este desastre será um evento histórico”, afirmou o responsável, em declarações à CNN.

Os ventos chegaram a atingir os 130 quilómetros/hora nas imediações de Corpus Christi, a cidade mais próxima do centro do furacão, com tempestades da categoria 4. Gradualmente, tornaram-se mais fracos, mas permaneceram destrutivos, com ventos de 90 quilómetros/hora.

A tempestade está ainda a afetar uma área sensível para a indústria petrolífera e de gás natural dos Estados Unidos. Um quinto da capacidade de refinação do Texas está fechada, bem como várias infraestruturas de transporte. Um quardo da produção petrolífera do Golfo do México também interrompeu a produção.

Este foi o primeiro furacão significativo a atingir o Texas desde 2008, quando o Ike, com ventos até 177 quilómetros/hora atingiu Galveston e Hoston, causando 22 mil milhões de dólares de prejuízos.

Entretanto, o Harvey deixou de ser classificado como um furacão e passou a ser classificado como uma tempestade tropical. Ainda assim, o vento continua a soprar na ordem dos 112 quilómetros por hora e a chuva intensa não dá tréguas. As autoridades estimam que o número total de pessoas afetadas pela tempestade seja de cerca de seis milhões de pessoas.

A situação e de tal forma calamitosa que os habitantes do Texas foram aconselhados a escrever nos braços os nomes e números de segurança social, para o caso de ser necessária a identificação de possíveis vítimas.

Furacão Harvey. Depois do vento vem a chuva torrencial e o risco de cheias