A produção na fábrica da Autoeuropa está totalmente parada esta quarta-feira devido à greve de 24 horas, anunciaram esta manhã os responsáveis pelo SITE Sul (sindicato com maior representação entre os trabalhadores da empresa) às centenas de operários que estão reunidos à porta das instalações, em Palmela.

A greve foi marcada como protesto contra os novos horários de trabalho e a obrigatoriedade de trabalho ao sábado, e tem a duração de três turnos (24 horas). Trata-se de uma medida de que a empresa necessita para atingir a produção de 240 mil automóveis em 2018. A paralisação começou na noite de terça-feira e prolonga-se durante toda esta quarta-feira.

Trabalhadores da Autoeuropa iniciam greve contra trabalho aos sábados

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Esta manhã, por volta das 7h (antes do momento da troca de turnos), centenas de trabalhadores começaram a concentrar-se junto às instalações da fábrica, onde deverão permanecer em protesto durante todo o dia.

A greve de um dia na fábrica da Autoeuropa pode ter prejuízos de até cinco milhões de euros, de acordo com as contas feitas pelo Dinheiro Vivo (DN/JN).

A paralisação está a ser promovida pelo SITE Sul, sindicato afeto à CGTP e que é aquele que representa mais trabalhadores da Autoeuropa.

Greve na Autoeuropa. António Chora lamenta “populismos” na Comissão de Trabalhadores

Entretanto, o histórico sindicalista António Chora, que liderou durante 20 anos a Comissão de Trabalhadores da fábrica, já veio criticar este sindicato, acusando a CGTP de estar a tentar tomar o controlo da CT e considerando que se trata de “populismo” que está a “instrumentalizar” os trabalhadores.