Donald Trump anunciou este sábado que o envolvimento dos Estados Unidos da América na Síria vai entrar numa “nova fase”, depois de as forças lideradas pelos norte-americanos terem conseguido afastar o Estado Islâmico de Raqqa, a capital do grupo jihadista, depois de três meses de bombardeamentos e batalhas contínuas. “Com a libertação da capital do Estado Islâmico e da grande maioria do seu território, o fim do califado está para breve”, afirmou o Presidente norte-americano.

Num comunicado emitido pela Casa Branca, citado pela CNN, Trump considerou que a “derrota do Estado Islâmico em Raqqa representa um avanço importante na nossa campanha mundial para derrotar” os jihadistas e “a sua ideologia perversa”. Segundo o Presidente, a guerra contra o Estado Islâmico vai entrar em breve “numa nova fase”, durante a qual os Estados Unidos irão “apoiar as forças de segurança locais, reduzir a violência na Síria e avançar com as condições que permitirão uma paz duradoura”, impedindo que os terroristas voltem “a ameaçar a nossa segurança coletiva outra vez”.

Estado Islâmico perde Raqqa, a capital do califado

Durante este período, os Estados Unidos e os seus aliados irão prestar apoio a quaisquer negociações que tenham por fim acabar com a violência na Síria, permitir que os refugiados possam regressar às suas casas e contribuir para “uma transição política que honre a vontade dos sírios”, explicou ainda o Presidente.

Raqqa passou para as mãos dos norte-americanos no passado dia 17 de outubro, depois de os militares terem conseguido conquistar as zonas da cidade que ainda estavam sob o domínio do Estado Islâmico. O último combate aconteceu na praça onde os jihadistas costumavam realizar as execuções, cujos vídeos, divulgados através da Internet, correram mundo. De acordo com dados do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a batalha final entre as forças aliadas e o Estado Islâmico fez 3.250 mortos, incluindo 270 crianças.

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