É raro de ocorrer, raríssimo mesmo, mas também pode acontecer: o sistema de vídeo-árbitro (VAR) falhou no decorrer da segunda parte do Desp. Aves-Benfica, mais concretamente a partir do minuto 66, e foi o próprio Conselho de Arbitragem que deu conta dessa lacuna através da sua conta do Twitter.

“No jogo entre Des. Aves e Benfica, verificou-se uma quebra de comunicações entre o vídeo-árbitro e a equipa de arbitragem. A quebra de comunicações com o equipamento do árbitro detetou-se aos 66 minutos e durou até ao final do jogo. A inexistência de comunicações impediu o diálogo entre VAR e equipa de arbitragem no terreno. A possibilidade de existirem anomalias técnicas está prevista no protocolo do IFAB e nos regulamentos da Liga” explicou o órgão.

Ou seja, Nuno Almeida, árbitro da Associação de Futebol do Algarve, não teve auxílio nos últimos 24 minutos (mais descontos) do encontro, altura em que surgiu o lance mais polémico do jogo: a segunda grande penalidade marcada a favor do Benfica, quando o resultado estava em 2-1, que foi precedida de uma falta clara de Jonas sobre Nildo no início da jogada que envolveria depois na área Pizzi e Gonçalo Santos.

Em condições normais, e tratando-se de um lance de penálti, seria natural que o árbitro algarvio contactasse o bracarense Vítor Ferreira, nomeado para o VAR (ou vice-versa), para aferir sobre a legalidade do lance dessa mesma grande penalidade e a sua construção, o que poderia (ou não) alterar a decisão final.

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Como vai funcionar a revolução do video-árbitro?

Recorde-se que, no final do jogo, Lito Vidigal, treinador do Desp. Aves, queixou-se desse mesmo lance, algo que fizeram logo no relvado ainda antes da bola chegar à área. “Sobre o jogo é uma pena, e até aproveitei o final para fazer algumas experiências. Estamos a trabalhar há três semanas e nem o Manchester United teve tantas oportunidades frente ao Benfica. Não estou a dizer que o Benfica não é um justo vencedor, mas falhar tantas oportunidade e perder com dois penáltis custa um pouco. Ainda por cima no segundo há falta sobre o Nildo, mas não foi marcada”, comentou o técnico que sucedeu a Ricardo Soares no comando dos avenses