Daniele De Rossi é um daqueles jogadores que, mesmo aos 34 anos, nenhum treinador consegue abdicar: qualidades futebolísticas à parte, o médio é um líder, um patrão dentro de campo, uma figura carismática, o timoneiro da equipa. E o início da discussão que se vai abrir em Itália após a eliminação da seleção do Mundial vai começar numa atitude do jogador da Roma (único clube que teve como sénior) no banco de suplentes.

Com o nulo a prolongar-se (depois da derrota pela margem mínima na Suécia), um elementos da equipa técnica de Gian Piero Ventura levantou-se e foi falar com De Rossi para iniciar exercícios de aquecimento. E o médio explodiu. “Porque raio, mas porquê eu? Nós não precisamos de empatar, precisamos é de ganhar!”, atirou, ao mesmo tempo que apontava para o avançado Insigne, curiosamente o único dianteiro suplente que não chegou a entrar (as apostas recaíram em El Shaarawy, Andrea Belotti e Bernardeschi).

E a verdade é que, no final do encontro, De Rossi não se escudou e admitiu a discordância. “Foi um momento mais frenético e pedi para entrar um avançado. Talvez o Insigne ou o El Shaarawi pudessem ser mais úteis à equipa naquela altura do que eu”, assumiu o médio da Roma.

Recorde-se que, no final do encontro, Buffon tinha referido que o nulo diante dos escandinavos tinha sido o último jogo pela seleção, devendo seguir-se agora as saídas de Barzagli, Chiellini e De Rossi (até ao momento só o primeiro já confirmou isso oficialmente). Mas muita água vai ainda correr no futebol italiano sobre este afastamento do Mundial, numa altura em que se utilizam palavras como “Apocalipse”, “Desastre” ou “Maldição”.

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