O Presidente da República manifestou nesta sexta-feira “preocupação” com a situação israelo-árabe, no seguimento do anúncio da mudança da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, colocando-se ao lado do Governo e da Europa.

“Acompanho aquilo que é a posição do Governo português – há uma única política externa -, que é de preocupação, aliás expressa no parlamento ontem [quinta-feira] através de todas as bancadas sobre um gesto que não contribui para um processo de paz, dificulta um processo de paz”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma visita a uma das três residências que acolhem jovens mães solteiras e crianças da instituição particular de solidariedade social “Ajuda de Mãe”, em Oeiras.

Um palestiniano morreu hoje e dezenas de pessoas ficaram feridas, durante os protestos na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém oriental, no âmbito do Dia da Ira. Trata-se da primeira vítima mortal durante as manifestações contra a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelada quarta-feira.

“A Europa foi muito clara e é, tradicionalmente, defensora dos direitos humanos, da paz e ligada à segurança no mundo. A uma voz, toda a Europa, instituições e vários países, vieram mostrar a sua consternação ou preocupação. Os primeiros sinais de reação mostram que, de facto, o gesto não contribuiu para um clima e processo de paz, teve efeito contraproducente, contrário”,

O Dia da Ira é uma jornada convocada por diferentes organizações árabes para protestar contra o reconhecimento, por parte do Presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital do Estado de Israel.

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