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Passa Alex. Agora sou eu Alex. Joga para mim Alex (a crónica do FC Porto-Sp. Braga)

Este artigo tem mais de 5 anos

Ponto prévio: houve um jogaço no Dragão. No final, o FC Porto ganhou ao Sp. Braga (3-1). E ganhou porque tem um lateral que defende, ataca, desequilibra e assiste: Alex Telles, que deu três golos.

Alex Telles fez a assistência para os três golos com que o FC Porto venceu o Sp. Braga
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Alex Telles fez a assistência para os três golos com que o FC Porto venceu o Sp. Braga

AFP/Getty Images

Alex Telles fez a assistência para os três golos com que o FC Porto venceu o Sp. Braga

AFP/Getty Images

Se por alguma razão não teve oportunidade de ver o FC Porto-Sp. Braga em direto, perca duas horas quando puder nos próximos dias, volte a trás na box e ponha o jogo desde o primeiro minuto. Vai ficar a ganhar.

O encontro desta noite no Dragão, como ambos os treinadores tiveram a oportunidade de destacar no final, foi uma excelente promoção da modalidade numa altura onde se fala mais de aspetos extra futebol do que outra coisa. O FC Porto ganhou e ganhou bem, mas o 3-1 acabou por ser demasiado pesado para o futebol positivo do Sp. Braga que teve também pela frente um José Sá a fazer a melhor exibição desde que ganhou o lugar a Iker Casillas. Mas houve mais, muito mais: Sérgio Oliveira foi enorme no meio-campo, Herrera cumpriu bem na posição de ‘6’, Danilo (o dos arsenalistas, porque o dos dragões continua ausente por lesão) mostrou mais uma vez que tem futebol para algo mais. Por fim, houve Alex Telles. E é aqui que tudo começa e acaba.

Ficha de jogo

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FC Porto-Sp. Braga, 3-1

21.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa)

FC Porto: José Sá; Ricardo Pereira, Felipe, Reyes, Alex Telles; Herrera, Sérgio Oliveira; Corona (Paulinho, 65′), Brahimi (Waris, 81′), Marega e Aboubakar (Gonçalo Paciência, 85′)

Suplentes não utilizados: Casillas, Maxi Pereira, Osorio e Óliver Torres

Treinador: Sérgio Conceição

Sp. Braga: Matheus; Diogo Figueiras, Bruno Viana, Raúl Silva, Jefferson; Ricardo Esgaio, Vuckevic, Danilo (Dyego Sousa, 87′), Ricardo Horta (André Horta, 62′); Wilson Eduardo e Paulinho (Hassan, 68′)

Suplentes não utilizados: Tiago Sá, Rosic, Xadas e Fábio Martins, Hassan

Treinador: Abel Ferreira

Golos: Sérgio Oliveira (13′), Raul Silva (31′), Reyes (38′) e Aboubakar (73′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Paulinho (42′), Danilo (80′) e Herrera (84′)

Aos 25 anos, o lateral esquerdo que até começou como médio interior está a assumir uma preponderância cada vez maior no conjunto de Sérgio Conceição e é um dos jogadores mais utilizados pelo técnico. Esta noite, voltou a fazer três assistências para golo, repetindo a marca obtida frente ao Rio Ave em 2017 e que, antes, só tinha sido conseguida por Quaresma em 2010. Com passagens por Juventude, Grémio, Galatasaray e Inter, onde trabalhou com técnicos como Vanderley Luxemburgo, Roberto Mancini ou Cesare Prandelli, o brasileiro ganhou outras valências este ano e continua a formar uma ala esquerda diabólica com Brahimi, que cumpria o jogo 150 pelo clube.

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Aliás, do primeiro ao último instante, este filme de alta qualidade passou por Alex Telles. Ora então vejamos. Aos cinco minutos, Marega teve uma entrada ao primeiro poste a desviar de raspão a bola que passou perto do poste de Matheus. Quem fez o passe? Alex Telles. Mais tarde, aos 13′, Aboubakar subiu mais alto do que a defesa do Sp. Braga e conseguiu cabecear para grande defesa do guarda-redes arsenalista. Quem esteve no lance? Alex Telles. Dentro do mesmo minuto, ou na sequência da jogada, a bola acabou por ir parar à esquerda, saiu o cruzamento e Sérgio Oliveira, sozinho na área, nem precisou de tirar os pés do chão para fazer o 1-0. Assistência? Alex Telles. Da mesma forma como nos estamos propositadamente a repetir, o jogo do FC Porto era repetido propositadamente mesmo contra uma ala direita contrária formada por Diogo Figueiras e Ricardo Esgaio.

Ainda assim, o jogo estava aberto, vivo, com aquele constante bruuuuáááá a ecoar das bancadas face à capacidade que as equipas iam encontrando para colocarem as defesas contrárias à prova. De bola parada, na sequência de um livre lateral, Paulinho teve a primeira grande oportunidade dos bracarenses mas desviou ao lado uma bola letal de Jefferson da direita do ataque (24′); de bola corrida, após um grande passe de Aboubakar em balão para as costas de Raul Silva, Marega ganhou a profundidade mas, já pressionado, viu o chapéu sair por cima (28′).

No entanto, o Sp. Braga conseguiria mesmo chegar ao empate e através daquele jogador que mais cuidados deve levantar em lances de bola parada, Raul Silva: na sequência de um canto do lado direito do ataque, Jefferson explorou a defesa mista dos portistas colocando a bola ao primeiro poste para a entrada do central que, com classe, desviou de forma artística para a baliza de José Sá empatando o jogo e o melhor registo de golos em Portugal (31′).

O dragão ficou ferido. Sentiu o golo. Mas teve o mérito de fazer provar ao adversário o mesmo veneno com que fora atingido: após um canto da esquerda do ataque com o arco ao contrário, Diego Reyes parou no ar tipo jogador da NBA enquanto os opositores diretos já estavam na trajetória descendente e colocou a bola no ângulo da baliza de Matheus, marcando o segundo golo da Liga de cabeça e após bola parada. Oito minutos depois, o FC Porto estava de novo em vantagem. Ah, e quem fez a assistência? Alex Telles, claro.

Seria possível aguentar uma segunda parte com tanta intensidade e qualidade? Em 15 segundos, a resposta chegou com uma oportunidade criada e desperdiçada por Marega na área logo no reatamento. Mais tarde, Danilo também se quis mostrar e conseguiu encontrar espaço para testar uma meia distância que já fez mossa contra grandes (ainda se recorda do grande golo em Alvalade?) mas a tentativa acabou por sair torta. Aos 62′, o lance que acabou por decidir o encontro: cruzamento de Diogo Figueiras, desvio de Paulinho e defesa por instinto de José Sá.

Sérgio Conceição percebeu que os guerreiros do Minho estavam a perder a guerra mas não tinham desistido da batalha e mexeu em termos estruturais na equipa, reforçando o combate pelo corredor central com Paulinho e abdicando da fantasia de Corona (que tinha decidido o jogo na Pedreira) na ala direita, que ficou entregue às cavalgadas de Marega que obrigaram Jefferson a ter outros posicionamentos para travar o maliano. Foi uma opção correta, capaz de estancar o perigo contrário; depois, veio o resto, com a magia de Brahimi e o regresso do instinto de Aboubakar, que atravessava uma série de quatro encontros sem marcar. Quem fez o passe? Alex Telles. Três golos, três assistências. E não foram mais porque a eficácia nem sempre foi a melhor.

Até final, o Sp. Braga tentou de tudo para pelo menos reduzir a desvantagem, mas não conseguiu mais do que dar a José Sá a oportunidade de brilhar no melhor jogo que fez no Dragão. Exemplo disso foi a defesa ao remate de Danilo aos 84′ para canto, numa intervenção ao nível dos melhores. E quando o guarda-redes não estava lá, aparecia alguém a limpar o perigo da sua área, como aconteceu com Marega no minuto seguinte na linha de golo.

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