Histórico de atualizações
  • Este liveblog do Observador fica por aqui. No domingo voltaremos a acompanhar a sessão de encerramento do 37º Congresso do PSD. Obrigado de nos ter acompanhado.

  • Há críticos que vão ficar na sombra?

    Críticos que não foram e um que atacou o novo líder e ainda se posicionou para o futuro. O Miguel Santos faz aqui a súmula deste capítulo do primeiro congresso de Rio como líder do PSD.

    “A sombra só incomoda os fracos”, disse Montenegro a Rio (e outras cinco sombras do líder)

  • Miguel Pinto Luz responde a Santana: "Todos sabemos a velocidade com que apoia e deixa de apoiar líderes"

    Não demorou muito a resposta de Miguel Pinto Luz a Pedro Santana Lopes. Confrontado com as críticas implícitas de Pedro Santana Lopes — que falou no “chico-espertismo” dos que tentam “condicionar” o líder recém-eleito –, o vice-presidente da Câmara de Cascais foi cáustico: “Todos sabemos a velocidade com que Santana Lopes apoia e deixa de apoiar líderes. Não é nada de novo”.

    “Já todos sabemos que quando Santana Lopes discorda ou pede clarificações é liberdade e coragem. Quando são outros, já é divisionismo e tentativa de condicionamento”, desvalorizou Pinto Luz, em declarações ao Observador.

    Na intervenção que fez, e sem nunca mencionar Miguel Pinto Luz, Pedro Santana Lopes lembrou aqueles que escrevem “cartas” antes do congresso e depois são menos assertivos do que prometiam. Perante estas críticas, o ex-presidente da distrital do PSD/Lisboa reconheceu que o “tom” foi difícil, mas que o conteúdo foi o mesmo. E voltou a lançar-se a Santana Lopes. “Como lhe disse: quando Santana Lopes discorda é coragem; quando são outros já divisionismo”.

    A determinada altura do discurso, Santana Lopes chegou mesmo a sugerir que faltou coragem a Miguel Pinto Luz. Confrontado com as efetiva diferenças entre o conteúdo da carta aberta que enviou a Rui Rio e do discurso que fez este sábado, o homem de confiança de Carlos Carreiras garantiu que não lhe faltou coragem e defendeu-se com as condicionantes de falar a partir do púlpito. “Estamos em congresso, há um limite de tempo e é um formato diferente. Uma carta pode explanar de outra forma todas as temáticas”, explicou-se.

    Sem nunca concretizar a sua disponibilidade para avançar com uma futura candidatura à liderança do partido, Miguel Pinto Luz preferiu não falar de um cenário de derrota eleitoral — e consequente demissão de Rui Rio — em 2019. “Não é isso que hoje se coloca. Mas a nossa obrigação é ganhar. Já perdi eleições e tive que apresentar a demissão. Mas não é isso que me move. Desejo as maiores felicidades a Rui Rio”, rematou Miguel Pinto Luz.

  • "Não gosto do chico-espertismo de tentar condicionar o líder eleito"

    Algumas críticas internas, mesmo a fechar a intervenção, e promessas de união. Santa Lopes disse mesmo não gostar do “chico-espertismo nas manobras de tentar condicionar um líder eleito e de entrevistas em que dizem “daqui a dois anos…” ou mandam cartas — de uma assentada acerta em Miguel Relvas e em Miguel Pinto Luz.

    “Não podemos dizer da boca para fora e dizermos que queremos ganhar à frente de esquerda, mas depois cá dentro fazer o contrário”. Santa apelou: “Unamo-nos. Queremos mesmo ganhar as europeias e as autárquicas” (não disse legislativas). “O importante é o nosso PPD/PSD. Estamos preocupados com ele? Estamos. Vivemos um período difícil, ficámos sem um líder, temos um novo”, disse sublinhando a necessidade de unir o partido nesta fase.

  • Santana apela à unidade no PSD

    O candidato derrotado admite que Rio venha a colher o “apoio” que muitos militantes “nunca deram ao anterior líder do partido”, Passos Coelho.

    O discurso de Santana Lopes continua apostado em enterrar os machados de guerra na disputa eleitoral interna. Reconhece a “ombridade” de Rio ao garantir que, se perdesse, irira colaborar. “Eu disse o mesmo”, recorda.

    À responsabilidade de que falava há minutos, Santana junta-lhe o “sentido de convergência”. “Na lista para a comissão política nacional, espero que o partido dê a força ao novo líder do partido”

  • Santana nas listas aos órgãos nacionais "por sentido de responsabilidade"

    Um auto-elogio? “Aceitei, por sentido de responsabilidade”, encabeçar a lista ao Conselho Nacional de Rui Rio. Para ajudar “na subida até ao Evereste” — mais uma metáfora para a tarefa difícil do PSD para vencer o PS.

    “Se Deus quiser, vai ter vários mandatos”, antevê Santana a Rui Rio

  • "Não tenhamos dúvidas, não é fácil" vencer as próximas eleições

    Uma “inconfidência”: “Perguntei-te [A Rui Rio] se querias ganhar e bem as próximas eleições e tu disseste ‘sim, claro'”. Santana Lopes conta o episódio para garantir estar “disposto a ajudar o presidente do partido a ganhar as próximas eleições”, mas acrescenta logo: “Não tenhamos dúvidas, não é fácil”.

    Depois fala da questão de viabilizar um governo PS como “uma questão complexa”, vendo nas palavras de Rio sobre o Bloco Central o mesmo que ele disse em campanha. “Estamos unidos no princípio que não há Bloco Central. Mas se alguma vez se pusesse a questão, todos juntos procuraríamos chegar á melhor solução”. Para já, vê mais do que o Orçamento para provocar problemas à “geringonça”: “Continuo convencido que não vai ser só o Orçamento do Estado a colocar a questão da solidez da frente de esquerda. As leis laborais são uma questão muito séria”, disse.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Elogios a Rui Rio. “Corajoso” por dar prioridade à reforma da Justiça, “mas principalmente pela seriedade” e “integridade” pela forma como faz política. “Julgo que se estivermos unidos no essencial vamos ser capazes” de vencer o PS e a esquerda em 2019

  • Algumas críticas, também, aos partidos que sustentam a atual solução de Governo. “Mantêm um Governo” com níveis de investimento baixos e “a realidade é que falam, falam, falam mas não fazem nada”, diz Santana.

  • Santana critica os que criam "clima de guerra" interna no PSD

    Santana deixa uma crítica aos que, resolvida a eleição interna, fizeram de imediato subir a pressão sobre o líder eleito. A posição de alguns que, “tocando tambores”, foram criando “clima de guerra” pareceu ao candidato derrotado “absolutamnste irresponsável”. Santana diz que “a opção tinha de ser outra”.

    “Tu ganhaste e tinhas todo o direito” de governar o país, assinala Santana Lopes, sendo bastante explícito nas críticas às vozes dissidentes que se fizeram ouvir dentro do partido

  • Santana pede tema das "políticas sociais" na agenda política

    Santana lança um apelo aos militantes. O de que encarem as “políticas sociais” como uma matéria “constantemente na agenda política” e que se junte à reforma da Justiça, do sistema político, da diversificação regional do investimento no país.

  • Santana elogia Rio por ter procurado entendimentos na elaboração das listas ao partido

    O candidato derrotada nas diretas que disputou contra Rui Rio, elogia o novo líder por ter procurado um entendimento para a elaboração das listas. “Teve esse gesto e muitos outros não tiveram”, registou Santana.

    E também o elogia na procura de acordos de regime: “Oxalá os outros partidos correspondam à disponibilidade e desafio de Rui Rio para lançar ombros a essas tarefas prioritárias para o país”.

  • Santana já discursa

    Sobe agora ao palco Pedro Santana Lopes para uma intervenção ao congresso. Começa por agradecer aos dirigentes cessantes: Passos Coelhos, Hugo Soares, Luís Montenegro.

  • Sindicato dos jornalistas aponta "comportamento abusivo e restrição à liberdade de imprensa" no congresso do PSD

    Num comunicado divulgado no site oficial, o Sindicatos dos Jornalistas condenou a confusão que existiu ontem, no início do congresso do PSD, com os repórteres de imagem entre a intervenção de Pedro Passos Coelho e a de Rui Rio. Os jornalistas foram empurrados pelos seguranças e o sindicato considera que se tratou de “comportamento abusivo e restrição à liberdade de imprensa”.

    “O Sindicato dos Jornalistas considera que este tipo de comportamento face aos repórteres fotográficos e de imagem, que se está a tornar recorrente, decorre do desconhecimento mas também da falta de respeito pelo trabalho destes jornalistas, obrigados, na maioria das vezes, a trabalhar em más condições e com regras pouco claras”, consta no comunicado que se refere a este como “mais um caso revelador do desrespeito pelo trabalho de jornalistas com carteira profissional e acreditados para cobrirem o evento”.

  • Congresso aprova proposta temática sobre legalização plena da canábis

    O Congresso do PSD aprovou a moção temática apresentada pelo deputado Ricardo Baptista Leite (e que tem como primeiro subscritor o médico e antigo deputado do PSD André Almeida) que prevê a legalização “responsável e segura” da canábis. A proposta defende a legalização total com venda apenas em farmácias e aplicação total dos lucros na prevenção e no reforço policial no combate ao tráfico de drogas. Houve vários votos contra e abstenções, mas o texto foi aprovado pela maioria dos delegados. O Congresso aplaudiu.

    A aprovação da moção pelo órgão máximo do partido significa que o PSD fica agora vinculado à ideia da legalização da canábis, podendo avançar com algum projeto de lei no Parlamento sobre o tema. A ideia defendida na moção é a regulamentação total de toda a cadeia, desde a produção à distribuição e à venda para qualquer fim, medicinal ou recreativo. “Deve existir uma base de dados centralizada onde todos os cidadãos que querem consumir têm de estar registados. Isso leva-nos a querer que isto seja controlado num contexto de farmácias, o que permitirá também detectar sinais vermelhos de consumo elevado”, explicava Ricardo Batista Leite quando apresentou a moção.

    Todas as 20 moções sectoriais foram aprovadas.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Antiga ministra da Justiça acusa Rio de “traição” na escolha de Elina Fraga

    A antiga ministra da Justiça durante o Governo de Pedro Passos Coelho, Paula Teixeira da Cruz, classificou este sábado de “traição” a escolha de Elina Fraga como vice-presidente do PSD. Em declarações ao Observador, Paula Teixeira da Cruz lamentou que “todos aqueles que criticaram e atacaram Pedro Passos Coelho e o seu Governo nas horas mais difíceis estão agora a ser premiados”. E acrescentou, com violência: “Esse prémio tem nome: chama-se traição”.

    Paula Teixeira da Cruz destacou ainda a incoerência de Rui Rio sobre o facto de estar disponível para dialogar com o PS: “Não posso comentar porque ouvi uma coisa e o seu contrário. Para já, a posição de Rui Rio é ambígua”.

    Quando era Bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga chegou a apresentar uma queixa-crime, em 2014, contra todos os membros do Governo de Passos Coelho por atentado ao Estado de Direito. A queixa visava todos os membros do Executivo PSD/CDS, incluindo Paula Teixeira da Cruz, que estiveram na reunião do Conselho de Ministros em que foi aprovado o mapa judiciário.

    Paula Teixeira da Cruz. Antiga ministra da Justiça acusa Rio de “traição” por escolha de Elina Fraga

  • Quem foi mais criativo na busca de sinónimos para "geringonça"?

    A expressão que deu nome à atual solução de governo conheceu várias variações neste congresso do PSD. Quem subiu ao palco arranjou outras formas de dizer a mesma coisa. Ora veja até onde vai a criatividade dos sociais-democratas.

    PSD. “Geringonça” já não lhes chega. 13 maneiras de dizer o mesmo

  • Depois de fechadas as listas aos órgãos nacionais do PSD, o grupo do Porto que tinha tinha dado sinal de desconforto com a negociação, acabou por serenar.

    Líder da distrital do Porto. “Só posso estar satisfeito. Fiz bem em zangar-me”

  • O congresso já recomeçou e continuam as intervenções dos delegados. Pedro Santana Lopes será um dos oradores desta noite.

  • Catarina Martins partilha artigo onde bloquista apelida Rio de "canalha"

    Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, não está no congresso do PSD mas não perde uma oportunidade para comentar ou responder a Rui Rio. Primeiro foi no Twitter, quando partilhou um artigo de opinião do bloquista José Soeiro que chamava “canalha” ao novo líder do PSD.

    “O mais recente filme de João Salaviza, um dos mais reconhecidos e brilhantes realizadores portugueses da nova geração, chama-se “Russa” e acontece no bairro do Aleixo, no Porto. Ao mesmo tempo que o filme estará em competição em Berlim, bem acompanhado por outras obras portuguesas, 948 delegados e delegadas juntam-se no Congresso do PSD que consagrará Rui Rio como novo líder do partido. Há imagens que não se esquecem e que definem as pessoas. Uma delas é a de Rui Rio num barco, no Rio Douro, a abrir uma garrafa de champanhe com os seus convivas enquanto assiste à demolição de uma das torres do Bairro do Aleixo”, diz Soeiro no artigo, intitulado “Como se faz um canalha”.

    Catarina Martins, eleita pelo Porto, não se pronunciou sobre o assunto, mas partilhou o artigo limitando-se a dizer “boa noite”.

    Depois, falando no encerramento do Fórum Educação 2018 do BE, a coordenadora bloquista acusou Rui Rio de querer garantir que “nada é feito sem o acordo da direita”. E comentou detalhadamente o discurso de abertura de Rio no congresso do PSD. Disse que ficou “desiludida” porque não “mostrou uma ideia para o país”, e criticou a narrativa à volta da ideia de bloco central.

    “Rui Rio garantiu várias vezes no seu discurso, que Bloco Central nem pensar, mas que é preciso um acordo de regime para mudar o regime, para ter a certeza de que nada é feito sem o acordo da direita”, declarou a líder bloquista. “Ou seja, precisamos mesmo de uma mudança do regime político que tire qualquer capacidade à esquerda de definir políticas, e que dê à direita o veto de todas as políticas, sejam elas sobre a gestão democrática da escola, sobre o investimento, ou sobre o salário e o trabalho no país”, concluiu.

    Para Catarina Martins, “é como dizer que é preciso reformar o regime político e começar por garantir que o PSD consegue levar o regime político para casa”. “Quando oiço Rui Rio dizer que a esquerda tem de ser combatida porque é insaciável, pergunto-me de que insaciável fala: salários, pensões, um país mais justo, uma economia que sirva mais quem trabalha, vive e constrói este país todos os dias”, questionou.

    Na opinião da coordenadora nacional do BE, “esta ideia que é de sempre, e que agora é repetida – de que o país está sempre sujeito a escolhas de Bloco Central – seja com os partidos juntos seja a alternar, como se quem aqui vive não pudesse fazer escolhas diferentes, é uma ideia que já se provou não ter em Portugal sentido, e haver quem queira soluções diferentes e política diferente”. “Há quem continue a viver muito mal com a possibilidade da pluralidade das opções políticas que são feitas no nosso país”, comentou ainda. Ainda sobre esta matéria, a líder bloquista considerou que “as questões da democracia vão ser mesmo as deste tempo”, e “das escolhas do país e das escolhas democráticas do país”.

    Por outro lado, mostrou-se desiludida com o discurso de Rui Rio e até “um pouco perplexa”, porque não percebeu exatamente qual é a ideia do novo líder social-democrata para o país: “Não se lhe ouviu uma palavra sobre salários, sobre pensões, sobre as regras do trabalho, sobre energia, sobre o sistema financeiro, sobre os problemas da estrutura da economia, sobre todas as questões que dizem respeito à vida das pessoas”, lamentou.

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