Começou com o Sporting a ganhar na Luz, prosseguiu com o Benfica a vencer em Alvalade. A final do Campeonato de futsal teve um arranque onde o “fator casa” foi tudo menos preponderante para os desfechos dos encontros mas, mais do que o recinto onde se realizaram os jogos, as decisões estiveram sempre marcadas pelo aproveitamento dos erros e desconcentrações contrárias. O jogo 3, este domingo, não foi exceção e quem falhou menos acabou por fazer a festa, neste caso com os encarnados a vencerem por 4-3 e a ficarem apenas a um triunfo de reconquistarem o título depois do tricampeonato dos verde e brancos.

As equipas tiveram um início de jogo com mais cuidados do que é normal em termos de organização defensiva, cientes do filme que tinha acontecido nos dois primeiros encontros da final na Luz e em Alvalade. Tiago Brito, João Matos e Cavinato tiveram os remates mais perigosos nessa fase do encontro sem efeitos práticos e seria com a “receita” do costume que o Benfica inauguraria o marcador: a aproveitar os erros contrários. Neste caso, com mérito para Fernandinho, que conseguiu adivinhar a trajetória de passe na saída de João Matos, intercetou a bola num lance onde os leões ficaram a protestar mão e aproveitou o adiantamento de Guitta para fazer um grande golo (6′).

Os leões acusaram em demasia esse 1-0 dos visitados, que só não foi aumentado porque Guitta teve uma grande defesa com Fernandinho isolado pela frente, e ficariam ainda sem o seu goleador Dieguinho no minuto seguinte: após um canto (que ainda não tinha sido marcado), o pivô brasileiro embrulhou-se com Robinho e viu um cartão vermelho que motivou muito protestos por parte do banco verde e branco, que alegava ter havido falta e mãos na cara de ambos os jogadores. Em vantagem numérica, os comandados de Joel Rocha não demoraram a aproveitar e chegaram ao 2-0 por André Coelho, sozinho na área para fazer uma recarga após intervenção incompleta de Guitta. O Benfica estava melhor e materializava esse ascendente.

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Os ânimos estavam quentes e continuaram a aquecer, com muitos despiques individuais entre jogadores e um lance onde o Sporting ficou a pedir vermelho direto para Miguel Ângelo, que se embrulhou com Cavinato. Nessa fase, de futsal houve pouco ou nada, e seriam os descontos de tempo a acalmarem um pouco o que se passava na quadra antes de dez minutos finais até ao intervalo divididos mas com os leões a arriscarem um pouco mais no sentido de reduzirem pelo menos a desvantagem até ao descanso, algo que aconteceria num livre por Pany Varela (15′) entre mais algumas oportunidades.

No reatamento, depois de um remate perigoso de Rocha, o Benfica aproveitou mais um momento de desconcentração da equipa de Nuno Dias e aumentou a vantagem para 4-1 com dois golos em minutos seguidos: primeiro foi Fernandinho a encostar à entrada da área após assistência de Robinho (23′), depois foi o próprio Robinho a fazer a diferença com um remate de pé esquerdo (24′). Tal como já tinha acontecido em Alvalade mas numa fase mais tardia do encontro, os encarnados voltavam a ter um avanço de três golos mas Erick, com um remate de meia distância, apontou o 4-2 pouco depois (25′).

Com maior presença nas ações ofensivas em ataque organizado, perante um Benfica que tentava explorar as saídas rápidas e os desequilíbrios para tentar aumentar a vantagem, o Sporting chegou ao 4-3 num grande trabalho individual de Rocha (34′), teve ocasiões soberanas para chegar ao empate por Cavinato e Erick, arriscou o 5×4 com Pedro Cary na função de guarda-redes avançado dentro dos últimos dois minutos mas o resultado não mais voltaria a mexer, deixando os encarnados à beira do título que poderá surgir já na próxima quarta-feira, no jogo 4 da final que se vai realizar no Pavilhão João Rocha.