A debandada ocorrida hoje durante o cortejo fúnebre do general iraniano Qassem Soleimani em Kerman causou “mais de 50 mortos”, segundo um novo balanço do responsável do Instituto Médico-Legal da cidade, Abbas Amian, divulgado pelos media iranianos. A RTE avançou, citando os media locais, que pelo menos 56 pessoas morreram.

A agência oficial ISNA, citando o chefe dos serviços de socorro de Kerman, Mohammad Sabéri, indicou, por seu turno, que 212 pessoas ficaram feridas no acidente, “das quais um pequeno número” está em “estado grave”.

“Infelizmente foi o resultado de uma debandada, alguns dos nossos compatriotas ficaram feridos e outros morreram durante a procissão funerária”, explicou já, por telefone e à televisão estatal do Irão, o responsável pelos serviços de emergência médica do país, Pirhossein Koulivand.

Várias dezenas de milhares de pessoas reuniram-se esta terça-feira em Kerman, cidade a mais de 950 quilómetros de Teerão de onde era natural o general Soleimani, para assistirem às suas cerimónias fúnebres. Assed Beig, repórter da Al Jazeera em Teerão, justificou o incidente com a elevada afluência de pessoas reunidas em Kerman para prestarem as últimas homenagens a Soleimani. “As pessoas estão a deslocar-se por espaços estreitos, na direção daquele cemitério — e essa pode ser uma das razões pelas quais houve uma debandada.”

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Entretanto, a agência de notícias semi-oficial ISNA está a avançar que, devido às mortes e preocupadas com a segurança da multidão que continua a concentrar-se em Kerman, as autoridades iranianas resolveram adiar o funeral de Qassem Soleimani, tido pelos iranianos como uma espécie de herói nacional e considerado o segundo homem mais poderoso do país, logo depois do aiatola Ali Khameini.

O funeral de Soleimani foi adiado para mais tarde, mas as autoridades iranianas não informaram a que horas ocorrerá.