cité de l’amour está farta do amor. Ou melhor, dos cadeados que simbolizam o amor. Nos últimos anos, a Pont des Arts, bem no centro de Paris, viu-se invadida por centenas de milhares de cadeados de pares apaixonados, mas isso vai acabar a partir de segunda-feira, quando a câmara municipal começar a tirá-los.

Os cadeados de amor já se tinham tornado um problema há algum tempo naquela e noutras pontes parisienses. Depois da Pont des Arts, a moda de deixar um sinal do amor eterno estendeu-se a outras travessias da cidade Luz, como a Pont de l’Archevêché, que liga a cidade à ilha onde se situa a catedral de Notre Dame. Segundo um comunicado da câmara de Paris, os cadeados provocam “uma degradação permanente ao património e um risco à segurança dos visitantes, parisienses e turistas”. No ano passado, uma das grelhas metálicas da ponte caiu ao Sena, devido ao peso provocado pelos aloquetes.

Assim, a partir de segunda-feira e durante uma semana, a ponte pedonal vai estar fechada para que os serviços da autarquia retirem todos os cadeados, que serão mais de um milhão e pesam qualquer coisa como quarenta e cinco toneladas. Os casais terão que arranjar outras formas de demonstrar o amor que sentem porque para o lugar dos cadeados vão “obras de arte contemporâneas”, segundo a câmara, que, lá para o outono, irá proteger as grelhas da ponte com painéis de vidro.

Quem provavelmente não gostará muito da decisão são os muitos pares que deixaram cadeados na Pont des Arts. Um homem, Phileas Fiquemont, também não ficou contente. Ele dedica-se a colecionar chaves e aloquetes, pelo que decidiu enviar uma carta à presidente da câmara de Paris a pedir-lhe que mude de ideias. Pode conhecê-lo melhor neste vídeo:

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