Histórico de atualizações
  • Lagarde confiante que haverá acordo e que a Grécia fará pagamento previsto para 30 de junho

    Christine Lagarde, diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou aos membros da administração da instituição que está otimista sobre a celebração de um acordo entre os credores internacionais e a Grécia até ao final desta semana. As declarações da líder do FMI foram efetuadas durante uma reunião realizada nesta segunda-feira, de acordo com a Bloomberg. Lagarde disse, também, esperar que Atenas pague 1,7 mil milhões de euros ao FMI, soma que a Grécia tem de reembolsar a 30 de junho. A diretora geral do Fundo considerou que a proposta grega mais recente, e que abriu as portas à possibilidade de um acordo, não é suficientemente específica nalguma áreas chave e acrescentou que as medidas sugeridas para as pensões de reforma se baseiam mais no aumento das contribuições do que em cortes da despesa, solução que o FMI preferia. De acordo com a Bloomberg, Christine Lagarde manifestou-se cética sobre a capacidade do Estado grego de cobrar impostos e contribuições.

  • Alexis Tsipras também se encontrará com credores e a troika

    Alexis Tsipras também se reunirá amanhã, quarta-feira, em Bruxelas, com os credores da dívida grega. A informação foi confirmada, por e-mail, pelo próprio governo helénico, que revelou igualmente que o primeiro-ministro da Grécia se encontrará com os responsáveis da troika (Lagarde, Draghi e Juncker).

  • Troika também se reunirá em Bruxelas na quarta-feira

    Já se sabia que o Eurogrupo ia reunir a partir das 19h de quarta-feira. Agora surgiu a confirmação oficial que os líderes da troika — Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE) — também se reunirá amanhã, em Bruxelas. E não só.

    A Bloomberg noticia, citando uma fonte da União Europeia (UE), que Christine Lagarde, Jean-Claude Juncker e Mario Draghi se vão encontrar com Klaus Rengling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, e também com Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo. A reunião estará agendada para as 12h (11 horas em Portugal Continental).

  • O Observador já resumiu aqui as propostas que constam no documento que Alexis Tsipras enviou a Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, com as medidas redigidas pelo governo grego. Se quiser ler, na íntegra, as 11 páginas dessa proposta, o Kathimerini teve acesso à carta e publicou-a há momentos em formato PDF. Está escrita em inglês e pode encontrá-la aqui.

  • Quaisquer que sejam as medidas, isto é algo que terá sempre de acontecer — o parlamento grego aprovar o pacote de propostas. Nikos Pappas, ministro de Estado da Grécia, disse há pouco que o acordo será votado favoravelmente no parlamento do país.

  • Antes, Panos Kammenos, ministro da Defesa grego e líder dos Independentes Gregos (ANEL) — partido com o qual o Syriza construiu uma coligação para formar governo — avisou que não apoiará um aumento do IVA nas ilhas do país. “Não votarei pelo aumento do IVA nas ilhas, nem que isso cause a queda do governo”, alertou o ministro.

  • Desde as 18h que decorre na Praça Syntagma, em Atenas, uma manifestação — organizada pelo partido comunista helénico (KKE) — contra o conjunto de medidas propostas ontem, segunda-feira, pelo governo de Alexis Tsipras. Até ao momento tudo tem corrido de forma calma e ordeira.

    A Bloomberg escreve que cerca de 7 mil apoiantes do partido e perto de 3 mil pensionistas estão a participar no protesto.

    https://twitter.com/AnemosNaftilos/status/613389511343665153

  • A Grécia pode conseguir aos fundos do resgate para pagar ao FMI na próxima semana, noticia o Market News Internacional, citando fontes europeias. A parte dos lucros do BCE com a compra de dívida grega no mercado secundário que está pendurada desde o ano passado à espera da conclusão da quinta revisão, cerca de 1,9 mil milhões de euros, seria usada para cobrir o pagamento de 1,6 mil milhões de euros que vence no dia 30.

  • As casas de apostas parecem quase certas que a Grécia vai continuar no euro. Por cada 14 libras apostadas na manutenção da Grécia no euro, caso assim aconteça, os apostadores ganharão apenas uma libra, ou seja, os apostadores atribuem uma probabilidade da Grécia continuar no euro de 93%, segundo a Betfair, diz o jornal grego Khatimerini.

  • Parlamento alemão pode votar acordo com a Grécia a 29 ou 30 de junho

    O Parlamento alemão pode votar um acordo entre a Grécia e os credores a 29 ou a 30 de junho, diz um responsável do Bundestag. Mas para que isso aconteça, para além de ser necessário alcançar o necessário acordo, o Parlamento grego tem de o votar e aprovar primeiro.

  • São os cidadãos gregos quem está a pagar por este impasse, diz o primeiro-ministro de Espanha, Mariano Rajoy, no Parlamento espanhol. O governante diz estar completamente convencido que haverá acordo entre a Grécia e os credores, mas, pelo sim pelo não, já foram estudados planos de contingência para Espanha, caso as negociações falhem.

    Mariano Rajoy defende ainda que a União Europeia tem sido flexível e tem demonstrado solidariedade para com a Grécia, e que quer continuar a demonstrar solidariedade com Atenas.

  • 116,6 mil milhões de euros, é o valor do financiamento que os bancos gregos tinham dos bancos centrais – BCE e banco central da Grécia – no final de maio. Os números são do Banco central da Grécia.

    Destes, 77,6 mil milhões de euros dizem respeito a liquidez de emergência dada pelo Banco da Grécia aos bancos gregos, ao abrigo da Emergency Liquidity Assistance (ELA). Um aumento de 3,21 mil milhões de euros em apenas um mês.

    Os restantes 38,8 mil milhões de euros são de financiamento dado pelo BCE, ao abrigo dos mecanismos de cedência de liquidez da instituição liderada por Mario Draghi.

    A dependência da liquidez do banco central grego pelos bancos gregos aumentou consideravelmente quando, a 04 de fevereiro, o BCE deixou de aceitar como garantia nos empréstimos que dá aos bancos comerciais a dívida pública grega, porque não tinha perspetivas que o atual programa de resgate fosse concluído com sucesso. Desde aí, grande parte do financiamento tem sido assumido pelo banco central grego.

  • “O programa grego falhou” devido à forma como foi desenhado, e não como foi implementado, é o que defende o economista Michalis Haliassos, Professor de macroeconomia da Goethe University, em Frankfurt, e diretor do Centrod para os Estudos Financeiros, no portal VoxEu. O economista diz que “ao estar focado na redução do défice e no tipo errado de reformas”, o programa falhou na construção das bases que podiam permitir à Grécia pagar a sua dívida (pode ler aqui).

  • Menos ajustamento? Segundo o Deutsche Bank, nem por isso. As contas às propostas gregas apontam para que estas sejam equivalentes a 3% do PIB grego, um ajustamento tão grande como a primeira vaga de austeridade logo em 2010, quando a Grécia acordou com a troika o primeiro resgate.

  • Bancos gregos perderam mais de 7 mil milhões de euros em depósitos só no último mês

    Só em junho, saíram da banca grega mais de 7 mil milhões de euros em depósitos das famílias, empresas e da administração pública grega, avança a Bloomberg, citando duas fontes com conhecimento da matéria.

    Os últimos dados oficiais do Banco da Grécia – os números mais recentes só vão até abril -, apontam para que 30 mil milhões de euros tenham saído do sistema financeiro grego só em depósitos nos seis meses até abril.

  • Também no seu Parlamento, é a vez de Michael Noonan, ministro das Finanças da Irlanda, falar perante os deputados. Noonan deixa um aviso à Grécia: sem acordo, BCE pode fechar a torneira do financiamento de emergência que o banco central grego tem usado para ajudar os bancos gregos a sobreviverem a fuga de depósitos.

    Michael Noonan defende também que os países da zona euro têm uma “obrigação para com a Grécia nestes tempos difíceis, mas a Grécia também tem uma obrigação consigo mesma”.

    Sobre as propostas apresentadas esta segunda-feira, o governante irlandês considera as medidas uma “boa base para as negociações” que decorrem agora em Bruxelas com as instituições. As medidas não se resumem aos cortes conhecidos na segunda-feira. Agora, troika e Governo grego estão a desenhar o restante programa, que tem de incluir reformas estruturais.

    O ministro irlandês defende ainda que seria “muito importante que um acordo estive completamente negociado até quinta-feira, no máximo”.

  • Mais dinheiro para a Grécia? O ministro das Finanças de França, Michel Sapin, sugere no Parlamento que esse terá mesmo de ser o caminho, apesar da resistência pública de alguns países. Sapin defende que o o plano de financiamento da Grécia tem de ir além do financiamento deste ano e que a União Europeia tem de ser “ambiciosa” na questão grega.

    A Europa está no caminho certo para um acordo com a Grécia, mas este acordo tem de ser “global” e “duradouro”, defende.

  • O Financial Times volta a dar destaque à situação em Portugal, agora para relatar os receios de um eventual contágio grego: Portugal frets it could be next as Grexit fears grow. O texto cita analistas, recorda as declarações do primeiro-ministro e refere o grau de incerteza que se mantém relativamente ao resultado das próximas eleições legislativas. Eis como isso é explicado:

    Ever since the last crisis, many Portuguese have simply come to accept that some form of painful adjustment programme was the only viable way forward. Said Mr Roldán: “When Portugal is enjoying its strongest growth in 10 years, a vigorously anti-austerity narrative is no longer credible.”

  • Alguns números para entender a questão grega

    26,6%: A taxa de desemprego na Grécia.

    49,7%: A taxa de desemprego jovem na Grécia.

    324,1 mil milhões de euros: O valor da dívida pública grega.

    177,1% do PIB: Percentagem de dívida pública grega face à riqueza produzida no país num só ano.

    245 mil milhões de euros: quanto deve a Grécia ao FMI e aos credores europeus. Valor do empréstimo ao FMI varia consoante a taxa de câmbio do euro.

    1,6 mil milhões de euros: Próximo pagamento ao FMI, devido no dia 30 de junho, já na próxima semana.

    7,9 mil milhões de euros: é o valor das medidas apresentadas esta segunda-feira pelo Governo grego para tentar desbloquear o impasse com os credores.

    1,36 mil milhões de euros: Quanto vale ao aumento da receita com IVA na proposta grega. Valores ainda por confirmar pela troika.

    400 mil: número de pessoas que podem entrar na reforma na Grécia este ano. Yannis Stournaras, agora governador do banco central, deu o sim em 2013, quando era ministro das Finanças à idade da reforma nos 67 anos, e há um plano para o desaparecimento gradual das regras das reformas antecipadas, mas este ano ainda estas pessoas podem sair para reforma.

    17,5%: É quanto a Grécia gasta com pensões, em percentagem do PIB, mais que qualquer outro país da União Europeia.

  • BCE está atento

    O BCE está a vigiar de perto a situação na Grécia, diz o governador do banco central da Lituânia, Vitas Vasiliauskas, que integra o conselho de governadores do BCE. Em Vilnius, na Lituânia, o responsável diz que está nas mãos dos gregos resolver esta situação e defende que os bancos gregos têm colaterais (ativos que servem de garantia nos empréstimos pedidos ao banco central) para continuar a receber financiamento do banco central grego, não antecipando por isso que a cedência de liquidez de emergência seja cortada em breve.

    Sobre se o BCE continuará a permitir o financiamento dos bancos gregos através do banco central após o fim do programa, que termina na próxima semana, o governador do banco central da Lituânia diz que este irá continuar enquanto os bancos gregos forem considerados solventes e entregarem colaterais suficientes.

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