A história começou com o candidato a primeiro-ministro do Partido Socialista que falou aos jornalistas sexta-feira à noite, enquanto fazia uma visita ao Festival da Sardinha, em Portimão. António Costa concentrou-se no que acredita serem as diferenças entre o seu programa e o da coligação Portugal à Frente (PàF).

“Há uma escolha fundamental, que é ou nós ou eles. E neste nós ou eles há duas coisas: ou prosseguir a austeridade ou apostar no crescimento, no emprego, no combate à precariedade, no crescimento com qualidade, na defesa da segurança social pública, do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da escola pública”, disse, acabando depois por terminar com aquilo que acredita ser a solução da PàF (Portugal à Frente): uma “ameaça sobre a privatização da Segurança Social, da saúde e da educação”.

A resposta a António Costa por parte da PàF chegou na voz do seu quasi-homónimo e vice-presidente do PSD, Marco António Costa. O social-democrata atacou o programa dos socialistas por defender uma redução da Taxa Social Única dos trabalhadores: “Aquilo que está em causa é o PS plantar imediatamente uma bomba nos pagamentos das pensões aos pensionistas atuais, porque a perda de receita que a Segurança Social terá com a redução da TSU que o PS propõe é uma bomba na solidez e na sustentabilidade atual da Segurança Social”. O dirigente social-democrata foi secretário de Estado da Segurança Social.

Além das semelhanças nos nomes, também as atuais coordenadas do líder socialista e do social-democrata são próximas. Igualmente no Algarve, mais propriamente em Quarteira, Marco António Costa prepara-se para a tradicional festa de verão do Pontal do PSD — embora a tradição seja ligeiramente contornada este ano com a inclusão inédita do CDS no evento laranja.

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