A Coreia do Norte ameaçou esta sexta-feira, através do seu representante na ONU, lançar uma “resposta militar” forte contra a Coreia do Sul, caso aquele país não pare com as mensagens de propaganda.

“Se a Coreia do Sul não responder ao nosso ultimato, a nossa resposta militar é inevitável e a reação vai ser muito forte”, disse aos jornalistas o adjunto do representante permanente da Coreia do Norte na ONU, Na Myong Hun. Na quinta-feira, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, ordenou às suas tropas na fronteira para estarem em estado de alerta.

A Coreia do Norte fez um ultimato à Coreia do Sul, dando-lhe 48 horas para desmantelar os altifalantes colocados ao longo da fronteira para transmitir mensagens de propaganda ou enfrentar uma ação militar. O ultimato expira às 17:00 de sábado.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul rejeitou a ameaça e disse que as emissões vão continuar. A Coreia do Sul disparou quinta-feira dezenas de obuses contra a Coreia do Norte, em resposta a um possível ataque com um míssil por parte de Pyongyang. Os dois países atravessam novamente um novo momento de tensão, depois de, no início do mês, dois soldados sul-coreanos terem ficado gravemente feridos na explosão de minas colocadas na zona sul da fronteira coreana.

Após uma investigação, Seul concluiu que as minas foram colocadas por militares norte-coreanos, infiltrados em território sul-coreano, mas Pyongyang negou qualquer implicação no caso. Na segunda-feira, 50 mil soldados sul-coreanos e três mil norte-americanos iniciaram manobras militares de larga escala, que simulam um ataque da Coreia do Norte. Pyongyang classificou o exercício, que vai decorrer até 28 de agosto, como uma “declaração de guerra”. Norte e Sul continuam tecnicamente em guerra, uma vez que a Guerra da Coreia terminou com a assinatura de um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz entre os dois vizinhos.

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