Histórico de atualizações
  • Boa noite. O Liveblog de mais um dia de pré-campanha eleitoral fica hoje por aqui. Amanhã, voltaremos a seguir em direito os argumentos de cada um dos partidos rumo às eleições de dia 4. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • Costa para emigrantes: "Portugal está aqui de braços abertos. Voltem"

    O secretário-geral do PS pediu este domingo em Ponte da Barca aos jovens qualificados que emigraram para regressarem a Portugal porque o país “não desistiu deles”, e “precisa deles para construir um futuro com segurança e confiança”.

    “Eu sei que vocês não desistiram de Portugal, mas quero que também saibam que Portugal não desistiu de vocês, que Portugal não prescinde de vocês, Portugal não vos manda emigrar. Portugal está aqui de braços abertos, Portugal diz, precisamos de vocês, voltem porque o país precisa de construir um futuro com segurança e confiança”, afirmou António Costa.

    O secretário-geral do PS, que falava num jantar comício em Grovelas, Ponte da Barca, onde participaram mais de 500 militantes, afirmou que o “novo ciclo de emigração” que o país tem vivido nos últimos anos “é uma das piores heranças que este governo deixa ao país”.

    “A nova geração de que tantas vezes dizemos que nos orgulhamos porque foi a primeira que conseguiu vencer um atraso secular do nosso país na formação, mesmo fora não se desligou do país, não desistiu do país e está disponível para servir o país e para nos ajudar a todos a construir um país melhor”, sustentou.

  • Marcelo: Passos não foi "feliz" a prometer subscrição pública para ajudar lesados do BES

    Marcelo Rebelo de Sousa criticou este domingo a declaração de Passos-candidato a colocar-se ao lado dos lesados do BES, numa ação de campanha em Braga. “O primeiro ministro achou que devia dialogar. Naquela ocasião o que lhe ocorreu foi a questão da subscrição pública. Ocorreu-lhe aquela, não tinha preparado. A ideia era boa, a forma não foi certamente a mais feliz. Ninguém deve deixar de ter justiça por falta de dinheiro”, criticou, considerando que entretanto “prudentemente Passos Coelho já recuou”.

    Sábado de manhã, em Braga, o líder social-democrata prometeu a um lesado do BES que dizia não ter dinheiro para ir a tribunal que, nesse caso, organizaria “uma subscrição pública para os ajudar a recorrer ao tribunal”. “Compromete-se? Perante a opinião pública, compromete-se?”, perguntou o idoso. “A ajudá-lo a ir para tribunal? Sim senhor, sim senhor! Disso pode ter a certeza”, retorquiu o primeiro-ministro.

  • Costa: Aqui só "há barcos de pesca, não há submarinos”

    O secretário-geral do PS acusou o Governo de ser um “permanente passa culpas” ao negar responsabilidades como não conseguir proteger junto da União Europeia “os interesses da economia nacional na indústria, na agricultura e na pesca”.

    Falando em terra de pescadores, na Afurada, em Vila Nova de Gaia, perante uma plateia de perto de duas centenas de pessoas que o acompanharam ao longo de uma arruada pela rua central da freguesia, António Costa criticou o executivo PSD/CDS-PP de ser “permanentemente um Governo de passa culpas, em que nada é da sua responsabilidade e em que a responsabilidade vai sendo lavada nas mãos como se fosse Pilatos”.

    “Seja o que acontece com o sistema financeiro, como se o Governo nada tivesse a ver com isso, seja o que acontece na negociação que compete ao Governo fazer junto da União Europeia para proteger os interesses da economia nacional, seja na indústria, seja na agricultura, seja na pesca, porque o que compete a um Governo fazer é bater-se e defender os interesses dos portugueses, da economia portuguesa e de Portugal”, sustentou Costa.

    Momentos antes, quando se preparava para iniciar um discurso de mais de 15 minutos num palco improvisado no centro da Afurada, o secretário-geral do PS respondeu, sorrindo, a uma provocação vinda da plateia referindo o polémico caso dos submarinos, dizendo que, ali, só “há barcos de pesca, não há submarinos”.

    Numa referência ao debate televisivo da semana passada com Pedro Passos Coelho, em que a prestação de Costa foi por muitos elogiada, o cabeça de lista do PS pelo círculo de Lisboa considerou que o confronto “foi muito simples”.

    “É que – sustentou – foi a primeira vez em quatro anos que foi possível dizer cara a cara ao primeiro-ministro aquilo que cada um de vocês tem para lhe dizer, não tem oportunidade de lhe dizer e todos os dias me pedem na rua que lhe diga na cara. E foi isso que eu fiz, disse-lhe na cara aquilo que vocês sentem”.

    Para António Costa – que hoje contou na Afurada com o apoio da antiga maratonista Rosa Mota, do presidente da Federação do Porto do PS, José Luís Carneiro, e do presidente da Câmara Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, para além de nomes como Elisa Ferreira, Manuel Pizarro, Gabriela Canavilhas e Augusto Santos Silva – os últimos quatro anos foram “ainda mais difíceis” do que seria de esperar “porque o Governo quis impor mais sacrifícios do que os impostos pela própria ‘troika’”, nomeadamente com os cortes efetuados nas pensões e com o aumento do IRS.

    Mas, para o secretário-geral do PS, “não é só por causa do passado” que a maioria PSD/CDS-PP “não merece a confiança de ser reeleita”. “É, sobretudo, por aquilo que agora querem continuar a fazer para além das próximas eleições”, disse, afirmando recusar uma sociedade onde direitos fundamentais como a educação, saúde, Segurança Social, habitação e acesso à justiça “são favores” ou “obra da caridade”.

    “Não queremos voltar a uma sociedade onde, em vez de termos uma escola pública que garante a todos o acesso à educação, esta dependa da contribuição e da subscrição pública que o Governo organize; não queremos que a saúde volte a ser um privilégio para alguns e que os outros só possam aceder à saúde porque há uma subscrição pública para se poder ir ao hospital ou para se poder ir comprar os remédios à farmácia”, ironizou Costa numa crítica à disponibilidade manifestada no sábado pelo primeiro-ministro para organizar uma subscrição pública para auxiliar os lesados do BES.

  • Guia Eleitoral: O que cada partido defende

    Se quiser ver em pormenor o que cada partido defende, consulte aqui o guia que preparámos para si.

  • Passos: Pré-campanha "cheia de emoções", com "bom começo"

    Passos Coelho considerou que o primeiro dia de pré-campanha “foi um dia cheio de emoções, mas também de grande apoio” e que “está a ser um bom começo”. A “maratona” de Passos Coelho e Paulo Portas levou-os a visitar hoje à tarde, no Velódromo de Sangalhos, a mostra de Vinhos e Sabores da Bairrada.

    Entre provas e degustações, Passos Coelho considerou que está a ser “um bom começo” no balanço que fez aos jornalistas dos dois primeiros dias de pré-campanha, a meio de uma jornada que levou de manhã a comitiva da coligação Portugal em Frente até Espinho e Ovar, depois a um almoço de mulheres em Vagos, e deverá terminar o dia em Albergaria, num encontro com jovens.

    Os protestos em Braga, no dia anterior, foram desvalorizados pelo líder do PSD, que preferiu enfatizar as manifestações de apoio que tem recebido. “Este dia está a correr também muito bem. É o nosso segundo dia de pré-campanha. O primeiro foi muito cheio de grandes emoções, mas de grande apoio também e hoje, na esteira desse bom começo, tem sido um dia de contacto extraordinário, não apenas com o apoio mais militante dos nossos partidos mas também com a população de todo lado por onde temos passado”, disse.

    A presença na mostra de vinhos de Sangalhos foi justificada por Passos Coelho com “o intuito de assinalar que é uma das áreas em que Portugal progrediu extraordinariamente, de alguns anos a esta parte”. “Houve um esforço feito ao nível da formação dos enólogos, de investimento dos principais produtores e na qualificação de toda a matéria-prima, que permite ter hoje não apenas um bom produto, de norte a sul do país, mas também uma exportação muito significativa”, salientou.

    Passos Coelho destacou o mérito das universidades, particularizando a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, para elevar a qualidade dos vinhos portugueses. Elogiou igualmente os produtores “que investiram na qualidade dos seus produtos, portanto na qualidade das exportações”. “Os nossos vinhos têm hoje um espaço e disputam com os melhores vinhos do mundo em qualidade e preço”, sublinhou.

  • Sentença da CDU: ninguém terá maioria absoluta

    O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, vaticinou hoje que nas próximas legislativas “não haverá maiorias absolutas para ninguém”, tendo apelado ao voto dos eleitores que em outras eleições votaram noutros partidos.

    “Eles [PS, PSD e CDS] pedem, mas sabem que não há maiorias absolutas para ninguém”, vincou Jerónimo de Sousa num comício da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) em Loures.

    Jerónimo de Sousa considerou também que “o país não lhes vai fazer a vontade, nem a eles, nem a Cavaco Silva e às suas manobras e pressões para que a política de exploração e empobrecimento prossiga, seja pela mão de PSD/CDS, seja pelo PS”.

    Admitindo partir para a batalha de dia 04 de outubro “com uma grande confiança na possibilidade de continuar o caminho de reforço da CDU com mais votos e mais deputados”, o líder da CDU apelou ao voto e pediu confiança àqueles que votaram noutros partidos noutras eleições.

  • José Lello acusa RTP de estar ao serviço da campanha do PSD/CDS

    Deputado do PS diz que “Prós e Contras” que segue pergunta lançada por Rangel sobre interferências entre política e justiça vai ser “duas horas de ataque ao PS, grátis, na televisão pública”.

  • BE: Passos faz campanha do "desespero" e do "vale tudo"

    O anúncio do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de que irá dar apoio judicial aos lesados do BES é sinal de desespero, considera a porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins numa ação que decorreu no Algarve.

    “O desespero da campanha PSD/CDS é de tal ordem que já começámos a ouvir o impensável”, disse, apontando que “o primeiro-ministro, que é responsável pela situação dos lesados do BES ontem mesmo comprometeu-se a ser o primeiro subscritor para que haja uma ação judicial contra o Estado e contra as decisões do Governo que ele lidera”.

    Catarina Martins considera que o desespero da campanha do PSD/CDS tem vindo a crescer à medida que a campanha avança, vão passando pelos debates e confrontos com os restantes adversários e se descortina a falta de soluções para o país.

    “Já vale tudo” afirmou a porta-voz do BE, acrescentando, ironicamente, que pensa convidar Passos Coelho para subscrever um abaixo assinado pelo atraso no arranque do ano letivo ou até para que participe nas ações de protesto pela abolição de portagens na Via do Infante, no Algarve.

    Perante uma assistência com mais de uma centena de pessoas em Portimão, Catarina Martins vincou que a proposta do BE passa por garantir estabilidade ao país e dignidade a todos os que vivem até que não restem dúvidas que o país não se vende e é democrático por inteiro.

    “O BE está cá pela estabilidade sim. Não estamos seguramente para fazer a estabilidade de um qualquer partido. Estamos cá pela estabilidade e dignidade das pessoas que aqui vivem”, frisou lembrando as propostas do partido para acabar com a precariedade laboral.

  • Paulo Portas agradece às mulheres

    O primeiro-ministro, Passos Coelho, acusou hoje António Costa de desdizer o que o PS assumiu sobre o compromisso de descer gradualmente o IRC para aumentar a competitividade fiscal do país. “É preciso cumprir com a palavra dada. O PS diz uma coisa e faz outra. Há dois anos o governo propôs a reforma do IRC [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas] para a competitividade fiscal, que o PS se comprometeu a viabilizar, mas o atual secretário-geral do Partido Socialista não cumpriu com a palavra dada. Quando se começa assim a desdizer o que o partido disse, não pode haver confiança”, disse.

    Passos Coelho falava num almoço de mulheres promovido pela coligação PSD/CDS, em que também participou Paulo Portas, em que repisou as responsabilidades do PS pela situação a que o País chegou em 2011 e se referiu ao caso BES para defender a ideia de que, ao contrário do que fizeram os socialistas com o BPN, o seu governo evitou que os lesados fossem todos os portugueses.

    “Hoje há quem se lamente com os 2,7 milhões de euros que o país teve de pagar quando nacionalizou o BPN, que vai ser pago por todos. Mas desta vez, não foram os portugueses a nacionalizar ou salvar o grupo BES. Sabemos que há quem perdeu muito, mas impedimos que todos os portugueses fossem os lesados, porque não demos ordem à CGD para salvar o BES”, comparou.

    O líder do PS garantiu que os quatro anos de governação tiveram exemplos de sofrimento e dificuldade, mas insistiu que Portugal “não teve um resgate por acaso, mas em resultado de políticas irrealistas e aventureiras” anteriores “que devem permanecer na memória”.

    Paulo Portas subscreveu as críticas ao PS, mas coube-lhe fazer um discurso mais dirigido para o público feminino e para os assuntos locais, defendendo a ideia de que o Governo “pôs as contas em dia e arrumou a casa”.

    “As mulheres sabem que têm de organizar a casa e pagar as contas a dias certos, pensar nos mais velhos e cuidar dos mais novos. Foram os portugueses que conseguiram, com os seus sacrifícios, vencer a crise e quero fazer uma homenagem especial às mulheres que aguentaram os anos de chumbo da recessão da herança do PS e procuraram conseguir que os filhos tivessem um futuro melhor. São elas credoras dos principais objetivos da política de apoio à família desta coligação”, disse.

    Num concelho rural como Vagos, Paulo Portas lembrou que “foi uma mulher, Assunção Cristas, que levou a que os pagamentos à agricultura estivessem em dia e esgotassem as candidaturas ao PRODER, quando antes o PS devolvia o dinheiro a Bruxelas” e “puxou” também pelo CDS ao referir que a primeira mulher presidente da câmara foi Alda dos Santos Vitor, eleita pelo seu partido em Vagos.

  • Temas fraturantes dos partidos? Ainda os há em 2015

    Legalizar o trabalho sexual? Abrir a discussão sobre a eutanásia? Reforçar o regime de identidade de género? Alargar o voto aos jovens com 16 anos? Os temas fraturantes não se esgotam. A Catarina Falcão explica-lhe o que está em causa nos programas eleitorais dos partidos nestas legislativas.

  • Costa apela a cristãos, comunistas e operários na "defesa do Estado Social"

    Num comício em Matosinhos, António Costa apelou ao voto dizendo que o atual governo merece ser “castigado” por “não ter cumprido a palavra dada nas eleições anteriores” e por ter traído a confiança dos portugueses. “Não está em condições de ser renovada essa confiança”, acrescentou o secretário-geral do Partido Socialista.

    As razões do passado que justificam a derrota deles são aquilo que eles se preparam para fazer no futuro. São aquilo que verdadeiramente pensam do futuro”, disse.

    Afirmando que existe “uma fronteira muito clara entre aqueles que defendem o Estado Social e aqueles que, já sem a troika o querem destruir, atacando a escola pública, desmembrando o Serviço Nacional de Saúde e privatizando as receitas da Segurança Social”, Costa citou o Papa Francisco, recordando que o “Estado Social, o modelo social europeu, é um património comum da social democracia europeia”.

    É um património comum da social democracia europeia, mas também da democracia cristã europeia, do movimento comunista, do movimento operário e de todos aqueles que se filiam na doutrina social da Igreja e, como o Papa Francisco recorda, souberam reconstruir a Europa depois da devastação da guerra e sob um valor fundamental que é o da dignidade da pessoa humana. E esses estão todos com o PS, porque sabem que é o PS que defende o estado social.”

    O secretário-geral do PS atacou, ainda, Pedro Passos Coelho dizendo que “para nós socialistas, o acesso à educação, à saúde, à garantia da segurança social, à habitação e à justiça não depende de uma subscrição pública”. São direitos fundamentais que cabe ao Estado cumprir”, acrescentou António Costa, defendendo que os direitos fundamentais dos portugueses não devem “depender da caridade do primeiro-ministro”.

  • Passos responde à pressão "infrutífera" no caso do GES

    Depois de um encontro com apoiantes em Espinho, Pedro Passos Coelho disse considerar “infrutífera” a tentativa de pressionar o Governo para que resolva a situação dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), comprado aos balcões do BES. Para Passos Coelho, é à Justiça que compete “reparar as injustiças”.

    Questionado pelos jornalistas no auditório para onde a ação foi deslocada devido ao mau tempo, o atual primeiro-ministro assegurou não ser “indiferente ao desespero das pessoas” e que é “absolutamente infrutífero estar a querer fazer pressão junto do Governo que, como toda a gente sabe, não interfere na Justiça”. “Não voltarei a este assunto porque acho que já dei esta explicação reiteradamente, e até a muitas pessoas que, desesperadas e angustiadas, nos procuram para nos comunicar esta situação em que vivem”, acrescentou.

    Num Estado de Direito as entidades que podem estabelecer quem é que foi enganado ou não e que tem, portanto, direito ou não a ser indemnizado, são os reguladores e os tribunais”, pelo que “é importante que as pessoas que se sentem lesadas possam fazer valer os seus direitos em tribunal”.

    Questionado também sobre as acusações de “desonestidade intelectual”, Passos Coelho disse estar “de consciência muito tranquila” em relação àquilo que, enquanto primeiro-ministro, constituiu sempre o motivo da sua preocupação — “salvaguardar os depósitos que os depositantes tinham no BES”.

    Sobre se o movimento dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo estaria a ser instrumentalizado, o primeiro-ministro sublinhou não ter “uma teoria conspirativa da política”.

  • Ainda as acusações de "desonestidade inteletual" a Passos Coelho

    No segundo dia da pré-campanha da coligação, as atenções continuam ainda viradas para as declarações de Pedro Passos Coelho, no sábado, sobre o tema dos “lesados do BES”.

    O primeiro-ministro foi acusado por Ricardo Ângelo, presidente da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC), de “desonestidade intelectual” por ter dito que não cabia ao governo resolver o problema de quem investiu no papel comercial do GES e não consegue recuperar o dinheiro. Passos Coelho afirmou que seria, contudo, “o primeiro a subscrever” uma petição pública para financiar custas de tribunal para que as pessoas tentassem recuperar o investimento.

    “Ele [Passos Coelho] tem que assumir a responsabilidade política direta sobre este assunto”, afirmou à agência Lusa o líder da AIEPC, considerando que “o primeiro-ministro, a ministra das Finanças e o Governo reforçaram publicamente a confiança e a tranquilidade na instituição que era o Banco Espírito Santo (BES), o Grupo Espírito Santo (GES) e as suas empresas”.

    Boa parte dos apupos com que Passos Coelho e Paulo Portas foram recebidos em Braga na manhã de sábado terão estado relacionados com esta questão.

    “Nós achamos que é intelectualmente desonesto enviar pessoas de 70 anos para tribunal sabendo que eles, Governo, nada fizeram para criar um sistema judicial eficiente”, afirmou Ricardo Ângelo à Lusa.

    Esta situação afeta cerca de 2.500 subscritores de papel comercial, cujo valor ultrapassa os 500 milhões de euros, pelo que Ricardo Ângelo realçou que “o primeiro-ministro tem que deixar de ouvir só o Banco de Portugal e informar-se da realidade dos factos”.

    E considerou que a posição assumida por Passos Coelho, que apontou o facto de os clientes do BES terem subscrito papel comercial de empresas do GES e não do banco “é de um artificialismo jurídico tremendo, pois em 2012 e em 2013 ninguém sabia distinguir o BES do GES”.

  • Entrevistas e debates da próxima semana

    A próxima semana promete ser em cheio para os candidatos às legislativas. Com debates e entrevistas a aconteceram quase todos os dias em diferentes canais de televisão, o difícil vai ser mesmo escolher o que ver.

    Na segunda-feira, Paulo Portas vai estar na RTP. A entrevista, conduzida pelo jornalista Vítor Gonçalves, acontece como de costume às 21h, depois do Telejornal. Também na segunda-feira, na TVI 24, Catarina Martins irá defrontar o líder do PS, António Costa. O debate está marcado para as 21h.

    É também já esta segunda-feira que estreia o programa Isto é tudo muito bonito, mas, uma rubrica de humor dedicada às legislativas conduzida pelos ex-Gato Fedorento Ricardo Araújo Pereira, José Diogo Quintela e Miguel Góis. A primeira vítima é Jerónimo de Sousa. Na quarta-feira, será a vez da porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins. Leia mais sobre o novo programa da TVI aqui.

    Na quinta-feira, logo pela manhã, Pedro Passos Coelho encontra-se mais uma vez com António Costa. O debate, transmitido em simultâneo pela Rádio Renascença, TSF e Antena 1, irá juntar os dois adversários no Museu da Eletricidade, em Lisboa. Está marcado para as 10h.

    No mesmo dia, Passos Coelho vai à RTP. Depois de várias hesitações, o atual primeiro-ministro lá se decidiu e acabou por aceder ao convite do canal de televisão, avança o Diário de Notícias. A entrevista será também conduzida por Vítor Gonçalves e deverá ocorrer, como de costume, às 21h. Por volta da mesma hora, Paulo Portas será recebido no programa Isto é tudo muito bonito, mas.

    Sexta-feira é dia de mais um debate na TVI 24 que, desta vez, irá juntar Paulo Portas e a deputada do Partido Ecologista “Os Verdes”, Heloísa Apolónia. Está marcado para as 21h. No mesmo dia, António Costa vai estar no Isto é tudo bonito, mas.

  • Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e Aveiro elegem mais de metade dos deputados

    Mais de metade dos 230 deputados da Assembleia da República vão ser eleitos em apenas cinco círculos, com o de Lisboa a escolher 47 parlamentares e o círculo do Porto 39. Além de Lisboa e Porto, o top cinco dos círculos que elegem mais deputados integra ainda Braga, que elege 19 parlamentares, Setúbal, com 18 deputados, e Aveiro, com 16.

    De acordo com o mapa oficial aprovado pela Comissão Nacional de Eleições e já publicado em Diário da República, estes cinco círculos eleitorais elegem 139 dos 230 deputados da Assembleia da República. É também em Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e Aveiro que estão concentrados mais de metade dos eleitores recenseados (5.660.127, num total de 9.682.823).

    Leia mais aqui.

  • PS teve uma "epifania", diz Passos Coelho

    Sobre esta mesma controvérsia que já tinha marcado o debate entre Passos Coelho e António Costa, o líder do PSD ironizou ontem dizendo: “Fui eu que chamei a troika”, perante risos da audiência.

    “Houve esse revelação ao país”, ironizou Passos Coelho. o PS teve “esta epifania ao fim de quatro anos e meio. Foi Pedro Passos Coelho quem chamou a troika a Portugal e quem se satisfez com tal resultado”.

    Os líderes do PS, diz Passos Coelho, “não assumem a sua própria responsabilidade. Querem atirar a responsabilidade da crise para quem a venceu”. “E ainda querem ser levados a sério”, rematou.

  • Afinal, quem é que chamou a troika? Silva Pereira e Catroga em "guerra"

    Bom dia. Bem-vindo a mais um liveblogue de cobertura da campanha eleitoral para as legislativas.

    Salientamos, este domingo, uma troca de cartas publicada pelo Diário de Notícias, entre Eduardo Catroga e Pedro Silva Pereira.

    Numa carta aberta ao líder do PS, Eduardo Catroga acusou António Costa de querer “reescrever” a história sobre a ajuda da troika a Portugal – uma tese partilhada ontem por Marques Mendes, na SIC.

    Catroga foi o interlocutor escolhido por Passos Coelho para representar o PSD negociações iniciais com a troika. E diz que “tem de haver limites para a manipulação do passado“. Catroga relembra que foi José Sócrates e o ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, a chamar a troika. “O pedido de ajuda externa foi tornado necessário pela situação de pré-falência a que o país tinha chegado no início da Primavera de 2011”, escreveu Catroga.

    Pedro Silva Pereira, socialista e ex-ministro de José Sócrates, já respondeu devolvendo a acusação de Catroga, dizendo que este está a “falsear” a história. “A verdadeira questão política está em saber quem é que, no auge da crise das dívidas soberanas, tornou a vinda da troika inevitável por ter rejeitado no Parlamento o programa alternativo apoiado pelos nossos parceiros europeus, pela Comissão Europeia e pelo BCE”, escreve Silva Pereira, numa alusão ao chumbo do PEC IV.

    O PSD é, portanto, na visão de Silva Pereira, diretamente responsável pela “vinda da troika” algo que “o dr. Passos Coelho reconheceu” quando disse que “a troika veio a nosso pedido”, referindo-se a uma notícia do Jornal de Notícias de 30 de abril de 2011.

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