Os cientistas colocados na Antártica têm um dos trabalhos mas deprimentes do planeta. Estão quase totalmente isolados da civilização e enfrentam temperaturas negativas quase todo o ano. Por isso, e para se manterem equilibrados mentalmente, os cientistas recorrem ao álcool. Quem o conta é a Wired, informando também que a Fundação Nacional da Ciência americana está até a pensar enviar balões de medição de álcool para o local.

Tudo começou quando o Gabinete do Procurador Geral dos Estados Unidos conduziu uma espécie de auditoria à saúde e segurança nas bases americanas. Aí foram relatados vários casos de indisciplina. As autoridades presentes na Antártica explicaram, citados pela Wired, que a bebida criou “comportamentos imprevisíveis que levaram a cenas de violência, exposição indecente e funcionários a chegar ao trabalho sob a influência do álcool.”

Outro dos problemas é a rivalidade entre cientistas e os trabalhadores contratados. Segundo Philip Broughton, que está na região desde 2009, existe “uma grande separação cultural na Antártica.” Aparentemente estes dois grupos comem, bebem e socializam separados. Juntando-se apenas quando já estão alcoolizados. E não é para reforçar laços de amizade.

Alguns cientistas foram mesmo “apanhados”, durante a auditoria, a beber cervejas no laboratório enquanto trabalhavam. Ato que é estritamente proibido.

Afinal, parece que o trabalho no continente gelado não é tão monótono assim. Ou pelo menos quem lá trabalha faz por isso.

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