Histórico de atualizações
  • A Assembleia Distrital de Lisboa do PSD aprovou esta noite uma moção de ação política que visa reforçar a convicção que deverá ser a coligação a primeira força a formar Governo. Sobre a possibilidade de um Governo à esquerda, o PSD considera que se trata de uma “abstração política”, segundo apurou o Observador. “A maioria das esquerdas apresentada como solução alternativa de Governo é uma criação artificial. É uma abstração política. PS, PCP e BE são partidos de famílias, práticas e tradições políticas diferentes. Nada os une exceto o desejo de cristalização governativa”, pode ler-se na moção avançada por Miguel Pinto Luz, presidente da distrital.

  • BE: "Há quem esteja assustado, mas não desistimos"

    “Não podemos desistir, e porque não desistimos há quem esteja assustado (…), Manuela Ferreira Leite está em estado de choque”, ironizou a coordenadora do BE, Catarina Martins, esta noite, sublinhando que a antiga líder social-democrata “sempre disse que queria defender as pensões, mas que seja o Bloco de Esquerda a defender as pensões já lhe parece muito mal.”

    Discursando perante apoiantes bloquistas na Casa do Alentejo, em Lisboa, Catarina Martins afirmou que o caminho das negociações que o Bloco está a levar a cabo com o Partido Socialista (PS) e o Partido Comunista Português (PCP) “é difícil, é complexo, mas é mesmo, mesmo o que temos de fazer.”

  • Sobre a libertação de José Sócrates, Costa diz que não comenta decisões judiciais qualquer que seja o conteúdo. “Não temos falado ultimamente”, responde quando questionado sobre se tem conversado com ele. Termina assim a entrevista.

  • Sobre as críticas internas por parte de socialistas à sua estratégia de diálogo à esquerda, responde que “é natural” que haja “perplexidades e dúvidas”. Costa explica ainda estar convencido que todo o eleitorado do centro foi todo votar no PS e que foi à esquerda que o partido perdeu.

    “Lembra-se alguma vez de no PS ter havido unanimismo?”, questiona. “O PS é a grande força da esquerda portuguesa”, “já estive muitas vezes em minoria no PS também e sempre convivi bem com isso”.

    Costa diz respeitar as dúvidas de Francisco Assis, mas considera que as preocupações não têm razão de ser. “Eu não me meto em aventuras. Não apresentarei ao PS um acordo em que não me sinta confortável, que não seja sério e com as contas feitas”, acrescenta.

  • Governo "esconde a real situação financeira do país"

    “A última vez que ouvi a direita falar foi o dr. Passos Coelho a anunciar um ponto final nessas conversas sem sequer ter tido a delicadeza de esperar pelo documento que ficámos de enviar”, diz Costa, explicando que a carta que enviou a PSD e CDS “sintetiza o que dissemos cara a cara, que entendemos que o documento do PSD não corresponde a uma viragem efetiva da política de austeridade e que os dados que solicitamos nunca nos foram dados”.

    Costa revela, sem concretizar, que os partidos da coligação, nessas reuniões, “foram sempre deixando cair uma nova surpresa desagradável que um dia vão ser tornadas públicas sobre a real situação financeira do país”. “Mas há um limite para a capacidade de um Governo esconder a real situação financeira do país”, disse, sem querer especificar, mas frisando que “a não transmissão de toda a informação é um dos piores sinais sobre a forma como a coligação” lidou com o PS.

  • Sobre PSD e CDS, Costa diz que estes partidos foram “arrogantes e displicentes”. “As reuniões com PCP e BE foram construtivas. Com a coligação, uma foi vazia e a outra inconclusiva”. “Depois de esmiuçar a proposta insuficiente, eu disse que ia pôr por escrito e o dr. Passos Coelho disse que isso era tudo uma perda de tempo”, conta o secretário-geral do PS, dizendo que isso revela a cultura de compromisso do PSD. “Nunca se habituaram que governar não é ter sempre a maioria”.

    “Ah, estamos? Isso é absolutamente extraordinário. Não se lembra o que me chamaram? Liberal, radical. Chamaram-me de tudo”, responde a Pedro Pinto quando este pergunta se PS e PSD não estão mais próximos do que PS do BE e do PCP.

  • “Os mercados não olham para fantasmas mas para a realidade”, diz Costa, lembrando que “a emissão de dívida provou que não há nervosismo nos mercados” e que “não há crise política”.

  • "Governo de gestão seria péssimo e um desastre para o país"

    “O pior que acontecer é um governo de gestão”, diz Costa, considerando mesmo que “não há nenhuma boa razão para estarmos perante essa solução”. O socialista insiste que “um Governo de gestão seria péssimo e um desastre para o país” e salienta que o eventual voto do PS contra o programa de Governo implicará um Governo alternativo e, por isso, não haverá vazio ou necessidade de governo de gestão.

  • “O país precisa de uma solução de Governo estável”, volta a insistir o secretário-geral do PS. “Nós não derrubamos Governo numa lógica obstaculista. Queremos governar na perspetiva da legislatura com estabilidade. Posso garantir que nunca haverá um Governo que ponha em causa compromissos europeus. Quebrou-se 40 anos de incomunicabilidade à esquerda”.

    Costa diz que transmitirá ao PR as condições que existirão nesse momento sobre um Governo à esquerda. “Pode ser que opte logo por a solução maioritária, que é a de esquerda”. E elenca as medidas desse Governo:

    combate à pobreza infantilcondições de financiamento para as empresasconta corrente com o Estadoreposição vencimentos da função públicaacelerar a eliminação da sobretaxa de IRSalterar escalões de IRS

  • “O que eu constato neste momento é que o PS está, tudo indica, com melhores condições de poder liderar uma solução governativa mais estável do que a direita”, insiste Costa.

    O socialista não responde se está à espera de ser indigitado primeiro-ministro na próxima semana pelo Presidente. “O PR não andou bem em ter chamado unicamente o líder do seu partido. E ter feito uma comunicação, construindo um discurso de exclusão de forças políticas”, critica.

  • Costa lembra que 62% dos portugueses votaram contra a austeridade de direita e que o PR pediu várias vezes um Governo com apoio maioritário. O líder do PS alega que nunca escondeu que em caso de não haver maioria absoluta admitiria alianças com PCP e BE. “Quantas vezes me ouviu dizer que recusava a ideia do arco da governabilidade? O Expresso fez uma manchete a dizer que estávamos confiantes numa maioria de esquerda. E o dr. Portas dizia ‘cuidado que vem aí o comunismo e que o PS podia fazer uma aliança com eles'”.

  • “Não estou aqui por ambição pessoal. Não tenho o sonho de ser primeiro-ministro. Estou aqui a cumprir um dever, a representar aqueles que confiaram no programa do PS”, responde Costa, considerando que a vontade maioritária expressa nas eleições, 62% dos portugueses, foi no sentido de derrota da austeridade da direita.

  • No meio das explicações, Costa reconhece que o PCP entregou ao PS 9 propostas concretas.

  • “Quando a direita tem que recorrer ao insulto e ataque de caráter é porque têm pouca razão”, responde Costa sobre quem diz que o PS não devia estar a unir os partidos à esquerda contra a coligação. “O que é golpe constitucional é não respeitar a Constituição. A quem compete o ónus de criar condições de governabilidade é o partido com mais representatividade”, lembra.

  • Costa recusou entrar em pormenor sobre as negociações, alegando que falará “quando estiverem concluídas” (“não quero estar aqui a esmiuçar”), mas garantiu que “as medidas que encontrarmos estarão de acordo com as obrigações que Portugal tem e o cenário macro-económico do PS”. Recusou também explicar que medidas de compensação serão adotadas. “Relativamente a cada um dos problemas temos encontrado uma boa solução”.

    Questionado sobre as matérias que dividem seriamente PS, PCP e BE, Costa respondeu: “Temos que nos concentrar naquilo que é essencial”. E explicou que nenhuma das propostas em discussão põe em causa, por exemplo, a NATO.

    O líder socialista fez questão de sublinhar que “não estamos aqui a pedir a conversão de ninguém” e lembrou o caso da aliança PSD/CDS em 2002, quando “o CDS fez uma conversão em 24 h. Passaram de campeões anti-euro a pró-euro”. “Aqui ninguém pediu que o PS deixasse de ser o que sempre foi, que é ser o partido mais europeu”.

  • O líder do PS assume que quer negociar “o programa de Governo para uma legislatura” pois “não faz sentido considerar que há viabilidade de um Governo que cai daqui a três meses no Orçamento ou daqui a um ano”.

  • Costa diz que “não é um diálogo fácil porque partem de sítios distintos”, mas as negociações com o PCP e BE “estão felizmente a correr bem”. “É prematuro dizer que vão acabar bem e que permitam ter um governo e estabilidade política”, declara.

  • Costa quer “dar tranquilidade ao país”

    Costa começa a entrevista a “dar tranquilidade ao país”. “O país não vive uma situação anormal. Os portugueses não deram maioria absoluta a ninguém e há um quadro parlamentar muito diferente. Temos que trabalhar num quadro diferente com grande esforço e humildade”, diz.

  • António Costa acabou de chegar à TVI onde vai dar uma entrevista dentro de minutos.

  • Líder do SPD alemão escreve mensagem de apoio a Costa para novo executivo

    O líder dos sociais-democratas alemães (SPD) e vice-chanceler do executivo germânico, Sigmar Gabriel, transmitiu ao secretário-geral do PS votos de sucesso em relação processo de formação de um Governo liderado pelo próprio António Costa.

    Numa mensagem a que agência Lusa teve acesso, o “número dois” do Governo alemão manifesta a António Costa o “desejo” de “melhor sucesso no processo de conversações políticas para a formação de um Governo liderado” pelo secretário-geral do PS.

    “Portugal precisa de um Governo que promova crescimento, emprego, inovação económica e justiça social, tanto no seu país, como na Europa”, defende Sigmar Gabriel.

    Na mesma mensagem, Sigmar Gabriel sustenta ainda que António Costa e o PS “têm as ideias certas para o futuro de Portugal”.

    “Pela minha parte, continuarei empenhado na continuação da nossa excelente cooperação ao nível da União Europeia”, acrescenta o líder do SPD.

    Lusa

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