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Os grupos prioritários da primeira fase ainda não estão todos vacinados
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Os grupos prioritários da primeira fase ainda não estão todos vacinados

Rui Oliveira/Observador

Os grupos prioritários da primeira fase ainda não estão todos vacinados

Rui Oliveira/Observador

9 perguntas e respostas sobre a segunda fase da vacinação contra a Covid-19

A segunda fase de vacinação está prevista começar em abril, pode vir a realizar-se em postos de vacinação massiva e as pessoas poderão agendar a vacina online.

Tem mais de 50 anos e ainda não foi vacinado contra a Covid-19? Veja se vai ser incluído na próxima fase da campanha de vacinação nas respostas que o Observador preparou ou diretamente no site da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Se fizer parte de um destes grupos prioritários pode aguardar por um contacto (via SMS) por parte do centro de saúde ou, assim que esteja disponível, fazer o seu próprio agendamento numa plataforma online. Na altura ser-lhe-á indicado em que local será vacinado: numa unidade de saúde, num posto de vacinação rápida ou numa farmácia.

O Observador reuniu a informação que já está dispnível sobre a segunda fase da campanha da vacinação contra a Covid-19.

Quem devia ser vacinado durante a segunda fase da campanha de vacinação contra a Covid-19?

Estava previsto vacinar cerca de 1,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos, independentemente de terem alguma doença associada ou não. Parte destas pessoas já foram vacinadas no âmbito da primeira fase, uma vez que a vacinação das pessoas com mais de 80 anos (e que não estão institucionalizadas) foi antecipada. Assim, o grupo considerado nesta segunda fase tem entre 65 e 79 anos.

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Outro grupo previsto para esta segunda fase, são as pessoas que tenham entre os 50 e os 64 anos e uma das seguintes doenças: diabetes, cancro maligno ativo, doença renal crónica (cuja Taxa de Filtração Glomerular, TFG, é menor que 60 mililitros por minuto), insuficiência hepática, obesidade (sinalizada por um Índice de Massa Corporal, IMC, superior a 35 quilogramas por metro quadrado), hipertensão arterial ou outras doenças que venham a ser incluídas pela task force para o Plano de Vacinação Covid-19.

Sabe-se que as autoridades de saúde estão a trabalhar numa definição das doenças de risco que devem ser incluídas na segunda fase. A estimativa para esta fase é vacinar 900 mil pessoas com doença de risco na faixa etária dos 50 aos 64.

Na primeira fase já terão sido vacinadas — ou estarão em processo de o ser — os doentes entre os 50 e os 64 anos com determinadas doenças cardiovasculares, com insuficiência hepática (cuja TFG é maior que 60 mililitros por minuto) ou com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) ou outra doença respiratória crónica que estejam sujeitos a tratamentos de longa duração com ventiladores e/ou oxigénio.

“Uma dose é uma grande proteção, pelo menos, para a doença mais crítica. O que posso dizer é que 70% da população estará vacinada com a primeira dose no fim do verão.”
Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task force para o Plano de Vacinação Covid-19

Pessoas com trissomia 21 não foram vacinadas na primeira fase

As pessoas com trissomia 21, por terem um risco acrescido de desenvolverem doença grave em caso de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, foram incluídas na primeira fase. Os portadores desta doença, porém, não podem tomar nenhuma das três vacinas já aprovadas em Portugal (Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna), porque nenhuma prevê a utilização em pessoas com esta condição.

Quando se prevê que comece a segunda fase de vacinação?

Está prevista começar em abril, mas o calendário específico ainda não é conhecido.

Qual será o período de intervalo entre as duas doses da vacina?

No início de março, o intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech passou de 21 para 28 dias — o que traria, segundo a task force, a possibilidade de mais pessoas de risco receberem, pelo menos, a primeira dose da vacina até ao final de março. Agora, em entrevista à Lusa, o coordenador da task force assume que, caso haja dados científicos que o validem, o intervalo entre as doses da vacina pode ser aumentado, nomeadamente no caso das vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna (ambas, agora, espaçadas em 28 dias), uma vez que as doses da AstraZeneca já são dadas com uma distância de 12 semanas.

Vacina da Pfizer. Alargado em sete dias o intervalo entre as duas doses

Como será feita a marcação da vacinação?

As pessoas que tenham mais de 65 anos ou mais de 50 e uma das doenças previstas para esta fase de vacinação serão contactadas pelos centros de saúde onde estão inscritas, via SMS ou, eventualmente, por telefone ou outro contacto mais direto. A marcação por SMS está com uma taxa de sucesso de cerca de 50%, mas poderá vir a aumentar à medida que se alarga a vacinação a adultos mais novos — uma vez que os idosos com mais de 80 anos têm sido os principais visados destes contactos.

O coordenador da task force para o Plano de Vacinação Covid-19 disse também à Lusa que “está em curso e vai entrar em produção já em abril um meio alternativo” para o agendamento da vacinação que pode ser feito autonomamente, pelas pessoas, numa plataforma online.

Onde serão vacinadas as pessoas nesta fase?

As pessoas contactadas pelos centros de saúde serão, à partida, vacinadas nos próprios centros de saúde ou em postos de vacinação rápida que venham a ser montados para aumentar o ritmo de vacinação, mas, ainda assim, sob a coordenação das unidades de saúde locais.

Até ao momento não foram montadas estas estruturas, com capacidade para a vacinação massiva da população, porque não havia vacinas suficientes para se justificar esse investimento de recursos, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo à Lusa. “No mês de abril, vai haver uma necessidade de começar a meter esses postos de vacinação rápida em execução”, disse, porque é no segundo trimestre que se espera receber uma maior quantidade de vacinas.

Gouveia e Melo promete postos de vacinação rápida em abril e admite vacina russa se tiver aval europeu

A vacinação nas farmácias, tantas vezes falada, não arranca para já, mas continua a ser uma opção em cima da mesa para o vice-almirante Gouveia e Melo, sobretudo quando se notar uma sobrecarga do Sistema Nacional de Saúde e for preciso recorrer a agentes externos para cumprir esta tarefa. Naturalmente, as vacinas que venham a ser dadas nas farmácias têm de ser aquelas que não têm requisitos de temperaturas muito baixas e que podem ser armazenadas nos frigoríficos já existentes nestes espaços.

À semelhança do que aconteceu com a campanha de vacinação nas Estruturas Residenciais Para Idosos (ERPI) e nas Unidade de Cuidados Continuados (UCC), as equipas de vacinação podem deslocar-se de forma a vacinar os utentes nos locais onde se encontram, nomeadamente, as pessoas que estejam acamadas. Noutros casos, como para os profissionais das forças de segurança ou de serviços prioritários, serão os próprios serviços de saúde ocupacional a organizar as instalações e a campanha de vacinação dos profissionais.

Quando se prevê que a vacinação esteja concluída?

Enquanto persistirem as falhas nas entregas é difícil prever datas concretas para a vacinação de todos os grupos de risco e muito menos para a população em geral. O coordenador da task force, no entanto, mantém a confiança de que, até ao final do verão, 70% da população (com indicações para ser vacinada) tenha recebido pelo menos uma dose da vacina.

Os grupos prioritários da primeira fase da campanha de vacinação estão todos vacinados?

Não, ainda que os dados divulgados pelo relatório de vacinação da DGS não especifiquem quantas pessoas dos grupos prioritários estão vacinadas. O que se sabe é que estava previsto vacinar cerca de 950 mil pessoas na primeira fase, ainda sem contar com as pessoas com mais de 80 anos e outros grupos entretanto adicionados, e, até 14 de março, 827.902 tinham recebido a primeira dose da vacinas — dos quais 349.269 (53%) tinham mais de 80 anos.

Dos cerca de 250 mil utentes e funcionários das ERPI e UCC que se previa vacinar na primeira fase, segundo o plano apresentado em dezembro, houve 201 mil que receberam a primeira dose, respondeu o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) ao Observador, citando dados do Ministério da Saúde. Destes, há 150 mil pessoas que já estão vacinadas (já receberam as duas doses).

“Já foram assim vacinados todos os utentes e funcionários residentes nas estruturas em que não existiam situações de surto”, esclarece fonte oficial do MTSSS. “Nestes casos, a vacinação foi adiada e será retomada à medida que os surtos se resolvam, de acordo com a norma da DGS.”

Quais foram as principais alterações que aconteceram durante a primeira fase?

Durante a primeira fase da campanha de vacinação contra a Covid-19 estava previsto vacinar profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes, residentes e profissionais das ERPI e UCC, pessoas com mais de 50 anos e as comorbilidades já definidas e os profissionais das forças de segurança e dos serviços críticos. Uma das principais alterações foi, como já referido, a antecipação da vacinação das pessoas com mais de 80 anos, mesmo que não tivessem comorbilidades ou não estivessem institucionalizadas.

O plano inicial também não previa a vacinação de figuras de Estado ou órgãos de soberania, mas em fevereiro começaram a ser vacinados o Presidente da República e o presidente da Assembleia da República, a quem se seguiram os membros do Governo e outros deputados.

DGS. Quem esteve infetado com coronavírus só toma uma dose da vacina

Os detalhes da vacinação, nomeadamente as exclusões, não vinham refletidas no Plano de Vacinação Covid-19, mas constam nas orientações da DGS, nomeadamente que quem esteve infetado antes ou depois de ter tomado a primeira dose da vacina não deve tomar a segunda por se considerar que completou o esquema vacinal — no futuro, quando houver mais vacinas disponíveis, logo se verá como serão as recomendações.

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