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A bomba que quase matou Hitler & outras histórias

José Carlos Fernandes avisa que nem tudo são mistérios em "Mistérios inexplicados da II Guerra Mundial". Mas o livro não deixa de ser interessante para quem gosta do lado rocambolesco da História.

Se há período histórico fértil em episódios surpreendentes e enigmáticos é a II Guerra Mundial (ver Nazis de turbante e outros 10 episódios menos conhecidos da II Guerra Mundial), pelo que Jeremy Harwood não teria certamente dificuldade em duplicar ou triplicar os 24 casos tratados em Mistérios inexplicados da II Guerra Mundial (Texto). Mas talvez fosse preferível a estratégia inversa: a de reduzir o número de casos e dar-lhes tratamento mais aprofundado – 10 páginas para um tema tão vasto como “Os tesouros saqueados da Europa” só permitem dizer generalidades.

O tom é ligeiro – o livro destina-se a curiosos, não a especialistas – mas tal não justifica que o grafismo recorra a uma simulação pueril de vetustos ficheiros secretos resgatados a um arquivo esquecido, com fundos simulando papel amarelecido e manchado (mas as manchas são sempre as mesmas) e as fotos presas com um clip ou fita adesiva (mas o bocado de fita adesiva amarrotada é sempre o mesmo). A prosa de Harwood limita-se a cumprir serviços mínimos e aqui e ali desliza para o cliché tolo: sobre Glenn Miller escreve que “a sua célebre orquestra, formada em 1938, rapidamente se tornou famosa”.

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A bomba na cervejaria

A bomba que quase matou Hitler a 20 de julho de 1944, no quartel-general de Rastenburg, na Prússia Oriental, é conhecida de todos quantos se interessam pela história do III Reich e da II Guerra Mundial e o filme “Valquíria” (“Valkyrie”, 2008), de Bryan Singer, com Tom Cruise no papel do coronel Claus von Stauffenberg, o conspirador que deixou a pasta com a bomba na sala dos mapas, ajudou a divulgar o episódio entre o público em geral. Menos conhecido é o atentado bombista contra Hitler na cervejaria Bürgebraukeller, em Munique, a 8 de novembro de 1939, que falhou por Hitler ter alterado os planos e saído da sala 13 minutos antes da explosão.

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Hitler, que queria regressar a Berlim o mais rapidamente possível, antecipou a hora do discurso e encurtou-o. São esses 13 minutos críticos, que poderiam ter mudado o curso da História, que dão o título (em português e inglês) ao filme “13 minutos” (“Elser: Er hätte die Welt verändert”, 2014), estreado há pouco tempo em Portugal. A realização é de Oliver Hirschbiegel, que não é novato nestas temáticas, uma vez que granjeou fama com “A queda” (“Der Untergang”, 2004), um épico maligno e claustrofóbico que relata os últimos dias de um Hitler já completamente desligado da realidade no bunker da chancelaria e que vale sobretudo pela arrepiante prestação de Bruno Ganz no papel do Führer, pois em tudo o mais é académico e hirto.

[Trailer de 13 minutos, de Oliver Hirschbiegel,estreado esta semana em Portugal]

O atentado de 8 de Novembro de 1939 parece mesmo ter sido obra de um homem só, o operário e ex-militante comunista Georg Elser, e as teorias que associam o atentado aos serviços secretos britânicos ou até a um inside job nazi (o objectivo seria mostrar que Hitler era protegido pela Divina Providência) não apresentam quaisquer provas que as substanciem.

Elser foi suficientemente astuto para conseguir fabricar a bomba e ocultá-la numa coluna junto à tribuna do orador, mas não o bastante para considerar que, ao tentar transpor clandestinamente a fronteira entre a Alemanha e a Suíça seria imprudente levar consigo detonadores, esquemas de artefactos explosivos, um postal representando o interior da Bürgebraukeller e um cartão de membro do Partido Comunista Alemão. Foi preso, torturado e acabou por ser executado em Dachau em 1945.

O facto de a evacuação de Dunquerke ter corrido melhor do que o previsto resultou de factos tão pouco misteriosos como a fraca visibilidade que atrapalhou a Luftwaffe e o esforço titânico dos caças ingleses para dar cobertura à retirada.

O espião fantasma de Scapa Flow

A 12 de Outubro de 1939, o submarino U-47 entrou impunemente em Scapa Flow, nas ilhas Orkney, então a principal base naval britânica, e afundou o couraçado Royal Oak. Mas não é preciso atribuir capacidades sobre-humanas à tripulação do submarino (para lá do destemor e da perícia), nem inventar elaborados esquemas de espionagem – o desleixo e inércia da marinha britânica, que deixou degradarem-se os obstáculos anti-submarinos erguidos na I Guerra Mundial e descurou a vigilância, explicam quase tudo.

Se não tivesse sido Churchill

Não há neste capítulo mistério algum, apenas uma reviravolta decisiva na História: as sessões de 7 e 8 de Maio de 1940 na Câmara dos Comuns, que ficaram conhecidas como “o debate da Noruega” (por terem por assunto as fracassadas operações militares britânicas na Noruega) e que levaram o primeiro-ministro Neville Chamberlain – o homem que adoptara uma postura contemporizadora perante Hitler e assinara o vergonhoso Acordo de Munique, crendo assim ter assegurado “paz para o nosso tempo” – perder, inesperadamente, parte do apoio dos deputados do seu próprio partido (Conservador), contribuindo para a sua demissão. A reviravolta resultou dos discursos no parlamento, frouxo pelo lado de Chamberlain, inspirado pelo lado de Churchill, da recusa dos Trabalhistas em fazer parte de um governo de unidade nacional presidido por Chamberlain e da indisponibilidade de Lord Halifax para aceitar o cargo de primeiro-ministro – que acabou por ir parar ao determinado e ferozmente anti-nazi Churchill. Felizmente para o mundo.

O “milagre” de Dunquerke

As rotinas, a acomodação, a rigidez e a inércia que se tinham instalado nas forças armadas francesas e a fraca qualidade das suas chefias explicam bem o descalabro (a débâcle) perante a ofensiva alemã. A Força Expedicionária Britânica, não sendo de grande qualidade nem estando particularmente motivada, comportou-se um pouco melhor. O golpe de misericórdia alemão sobre os britânicos encurralados junto ao litoral do Norte de França e da Bélgica não foi suspenso por artes mágicas: o comando alemão receava que as suas linhas demasiado “esticadas”, as dificuldades em fazer chegar combustível à linha de frente, a exaustão decorrente do avanço fulminante e os muitos blindados necessitados de manutenção ou reparação deixassem as unidades alemãs à mercê de um contra-ataque determinado. Não podiam adivinhar que do lado de ingleses e franceses a determinação era pouca ou nenhuma. O facto de a evacuação de Dunquerke ter corrido melhor do que o previsto resultou de factos tão pouco misteriosos como a fraca visibilidade que atrapalhou a Luftwaffe e o esforço titânico dos caças ingleses para dar cobertura à retirada.

Documentos revelados em Outubro de 2015, já depois de este livro ter sido publicado, parecem indicar que os Duques de Windsor seriam mesmo pró-nazis

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O rapto de Windsor

Esta história passa pelo Estoril, onde o Duque de Windsor (Eduardo VIII, até abdicar para casar com Wallis Simpson) estava a residir – na casa do banqueiro Ricardo Espírito Santo – no Verão de 1940, após ter fugido de França perante a invasão alemã. A estadia seria breve, pois em Julho o Duque teve que aceitar, relutantemente, a nomeação pelo Governo britânico como governador das Bahamas (uma forma expedita de o ter debaixo de olho e longe da Europa) e a 1 de Agosto foi metido (contrariado) num paquete rumo ao novo cargo.

Mas mesmo que os planos alemães para o raptar tivessem surtido efeito, e mesmo que o Duque e a Duquesa tivessem simpatia pela causa nazi (o que tem sido alvo de intenso debate), é muito duvidoso que os britânicos vacilassem na sua resistência ou até se dividissem só porque um ex-rei seu tinha estabelecido a corte em Berlim. Documentos revelados em Outubro de 2015, já depois de este livro ter sido publicado, parecem indicar que os Duques de Windsor seriam mesmo pró-nazis e que Wallis Simpson, em particular, estaria disposta a tudo para ser Rainha de Inglaterra.

O estranho caso de Rudolf Hess

O caso de Hess, o braço direito de Hitler que, a 10 de Maio de 1941, voou, por sua conta, até perto da propriedade do Duque de Hamilton, na Escócia, com o intuito de obter um acordo de paz entre a Alemanha e a Grã-Bretanha, perde a aura de mistério se se assumir que Hess estava a ficar mentalmente desequilibrado. Todo o seu projecto era desprovido de sentido: acreditava que, falando com o Duque de Hamilton, mordomo-mor do domicílio real – pessoa que não conhecia e que, ao contrário do que presumira, não era um opositor à continuação da guerra – poderia obter a cessação do conflito. O que ganhou foi a prisão imediata que, após o julgamento em Nuremberga, em 1945, se converteu numa pena perpétua.

Por muita gente que tenha atraiçoado, Horney não merecia que uma das suas fotos levasse por legenda “A voluptuosa Jane Horney numa pose pensativa. Os seus amantes eram em grande número”.

O mistério da ruiva assassinada

O destino de Jane Horney nunca foi esclarecido e a sua vida é uma das mais suculentas e retorcidas histórias de espionagem de sempre. Terá sido assassinada em Janeiro de 1945, num navio que partira de Malmö, na Suécia, rumo à Dinamarca, presumivelmente pela resistência dinamarquesa, a fim de impedi-la de continuar a espionagem em favor dos alemães – ainda que a Gestapo estivesse convencida de que Horney espiava para os britânicos ou para os soviéticos. É inevitável magicar no filme que poderia fazer-se com a turbulenta biografia da dupla (tripla? quádrupla?) espia e “rainha oficiosa da alta sociedade sueca” – e Harwood informa-nos que, com efeito, Horney já foi objecto de uma mini-série televisiva dinamarquesa em 1985.

Horney terá sido assassinada no Oresund, o estreito que separa a ilha dinamarquesa de Zelândia da costa sueca de Scania, o que levantou dúvidas quanto a qual das polícias teria jurisdição sobre o caso – uma indefinição que faz pensar na série de TV sueco-dinamarquesa “The bridge”, em que uma detective da polícia sueca e um detective da polícia dinamarquesa investigam o caso de um corpo encontrado a meio da ponte que, desde 2000, liga a Suécia à Dinamarca através do Oresund.

Por muita gente que tenha atraiçoado, Horney não merecia que uma das suas fotos levasse por legenda “A voluptuosa Jane Horney numa pose pensativa. Os seus amantes eram em grande número”, algo que assenta melhor à Caras do que a um livro de divulgação histórica, mesmo que despretensioso.

O Liberator perdido

A abertura do capítulo sugere uma variante aeronáutica do Mary Celeste – o bergantim encontrado à deriva ao largo dos Açores, em 1872, sem vivalma a bordo e com a carga intacta, como se a sua tripulação se tivesse evaporado. Relatos posteriores acrescentaram detalhes enigmáticos ao quadro: a última anotação do diário de bordo coincidia com o dia e hora em que o navio foi encontrado à deriva, o jantar tinha acabado de ser servido, havia galinhas vivas a bordo…

O avião perdeu-se no regresso e voou até o combustível se esgotar, tendo a tripulação saltado de pára-quedas antes de o avião se despenhar.

O bombardeiro B-24 Liberator “Lady Be Good” partiu da sua base, perto de Bengazi, na Líbia, para um raid sobre aeródromos na região de Nápoles mas não regressou. Seria encontrado, por mero acaso, 16 anos mais tarde, em pleno deserto, 700 quilómetros a sul de Bengazi, com a fuselagem partida ao meio mas com o interior surpreendentemente intacto: “O rádio ainda funcionava. O café nas garrafas térmicas ainda era potável”.

Porém, após ter tecido uma aura de mistério com estes perturbadores detalhes “marycelestianos”, Harwood parece esquecê-los e conta uma história trágica, plausível e sem nada de excepcional: o avião perdeu-se no regresso e voou até o combustível se esgotar, tendo a tripulação saltado de pára-quedas antes de o avião se despenhar. A tripulação tentou regressar à civilização, mas, sem água nem mantimentos, não tardou a sucumbir à inclemência do deserto – alguns anos mais tarde, os seus cadáveres foram descobertos, e com eles foram encontradas notas redigidas pelo co-piloto, que narram o sucedido.

O enigma de Leslie Howard

Mais um enredo que passa por Portugal: no dia 1 de Junho de 1943 partiu do aeroporto da Portela um Douglas DC-3 da BOAC/KLM com rumo a Inglaterra, levando a bordo quatro tripulantes e 13 passageiros, entre os quais estava o actor Leslie Howard. Supõe-se que o avião terá sido abatido sobre o Golfo da Biscaia por aviões alemães, havendo quem se interrogue sobre a razão do ataque, uma vez que os aviões comerciais com destino ou origem em países neutrais costumavam ser poupados.

Harwood esquece-se de mencionar que o DC-3 que fazia esta carreira já escapara à justa, em duas ocasiões, a ataques da aviação alemã.

Como é usual quando famosos sofrem mortes acidentais em circunstâncias não completamente esclarecidas, logo emergiu a teoria de que os espiões alemães em Lisboa terão confundido Alfred Chenhalls, amigo e gestor financeiro de Howard, com Winston Churchill, que estivera no final de Maio no Norte de África, inspeccionando bases militares e iria regressar à Grã-Bretanha. Porém, não seria plausível que Churchill tomasse um voo comercial diurno que passava junto à toca do lobo, quando tinha ao seu dispor os aviões e as escoltas da Royal Air Force que fossem necessárias e poderia tomar rotas mais seguras. Por outro lado, não era inédito que a Luftwaffe atacasse, por equívoco ou deliberadamente, voos comerciais de e para países neutrais: Harwood esquece-se de mencionar que o DC-3 que fazia esta carreira já escapara à justa, em duas ocasiões (15 de Novembro de 1942 e 19 de Abril de 1943), a ataques da aviação alemã.

As teorias mirabolantes têm vindo a proliferar, a mais descabelada das quais pretende que Miller era um “super-espião” do Office of Strategic Services

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A morte misteriosa de Glenn Miller

O desaparecimento sobre o Canal da Mancha, a 15 de Dezembro de 1944, de um pequeno e frágil monomotor Norseman, equipado com um carburador que tinha tendência para engasgar-se a baixas temperaturas, que ousou voar de Inglaterra para Paris em condições atmosféricas adversas nada teria de misterioso, não fosse levar a bordo Glenn Miller, o mais popular músico da primeira metade da década de 40.

As teorias mirabolantes têm vindo a proliferar desde então, a mais descabelada das quais pretende que Miller era um “super-espião” do Office of Strategic Services e que o voo em que embarcara seria a primeira etapa de “uma missão secreta para o general Eisenhower”, que “implicava que Miller entrasse na Alemanha para contactar um grupo de generais alemães dissidentes e convencê-los a voltarem-se contra Hitler”, bem como “os principais cientistas nucleares e de foguetes do Reich” e oferecer-lhes condições favoráveis no caso de se passarem para o lado aliado. Que habilitações especiais teria um trombonista para argumentar com cientistas nucleares? Alguém imagina a CIA a enviar Kanye West à Coreia do Norte para aliciar generais dissidentes? Esperar-se-ia que Miller persuadisse os generais tocando “Moonlight serenade”, como Orfeu amansava feras com a sua lira?

A tragédia do Cap Arcona

Este episódio obscuro da II Guerra Mundial merece ser relembrando pois é um exemplo excruciante de como o frenesim homicida nazi não amansou mesmo quando o III Reich já entrara nas vascas da morte.

O Cap Arcona, lançado à água em 1927 e operado pela Hamburg Südamerikanische, fora talhado para o conforto e para o luxo e era o maior e mais rápido transatlântico na carreira entre a Alemanha e a América do Sul. A guerra reservou à “Rainha do Atlântico Sul” a bem menos glamourosa função de navio-residencial no porto de Gotenhafen (hoje Gdynia, na Polónia) e no início de 1945 foi um dos vários paquetes requisitados para a operação Hannibal, que visava evacuar pelo Báltico os soldados e civis cercados na Prússia Oriental e da Curlândia e envolveu centenas de navios de todos os tipos e tamanhos (incluindo baleeiros e traineiras) durante 15 semanas. A operação conseguiu evacuar 800 mil a 900 mil pessoas, mas a um preço elevadíssimo, como atesta o célebre episódio do afundamento do Wilhelm Gustloff, que resultou na perda de 9.400 vidas. Dá uma ideia das condições dantescas da evacuação que, a 20 de Fevereiro, o comandante do Cap Arcona se tenha suicidado no porto de Copenhaga por não suportar a ideia de ter de empreender nova viagem até à Prússia Oriental.

A terceira e última viagem entre Gdynia e Copenhaga deixou as turbinas do Cap Arcona num estado incapaz de afrontar longos trajectos, pelo que, na segunda quinzena de Abril, o Cap Arcona foi convertido em navio-prisão, acolhendo os prisioneiros do campo de concentração de Neuengamme, perto de Hamburgo.

Uma vez que a maioria dos prisioneiros, meio mortos de sede e fome, estavam trancados no porão, não tiveram oportunidade de escapar – e os poucos que conseguiram nadar até à costa foram chacinados.

No fim de Abril de 1945, era óbvio que o III Reich estava completamente derrotado, mas as engrenagens da máquina nazi de extermínio e opressão não só não tinham ainda parado de girar, como eram reprogramadas para desígnios cada vez mais irrealistas. Os imperativos da resistência fanática determinaram que os prisioneiros de Neuengamme fossem transferidos para uma ilha no Báltico ou para a Noruega (em caso algum poderiam cair nas mãos dos Aliados), sendo para tal alojados temporariamente no Cap Arcona e no cargueiro Thielbeck, na baía de Lübeck, onde a aviação britânica os surpreendeu a 3 de Maio. Julgando tratar-se de transportes de tropas a caminho de um último reduto na Noruega, os Typhoon britânicos atacaram os navios superlotados com bombas e rockets, até os meterem ao fundo. Uma vez que a maioria dos prisioneiros, meio mortos de sede e fome, estavam trancados no porão, não tiveram oportunidade de escapar – e os poucos que conseguiram nadar até à costa foram chacinados por elementos das SS e da Juventude Hitleriana, de forma que dos 2750 prisioneiros do Thielbeck só sobreviveram 50 e dos 4500 do Cap Arcona, restaram 500, o que faz o Cap Arcona ocupar o lugar n.º 6 na lista de tragédias marítimas da II Guerra Mundial.

Hitler tinha-se suicidado três dias antes e, após algumas rendições parciais, a Alemanha render-se-ia, formal e incondicionalmente, quatro dias depois, o que torna este derradeiro paroxismo de destruição e sofrimento ainda mais vão e desprovido de sentido. O mistério inexplicável que subjaz à tragédia do Cap Arcona – como à de outros episódios tratados neste livro – é o que levará a humanidade a comportar-se de forma tão desumana, obstinada e irracional.

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