Três administradores do Banco de Portugal de saída

Três em seis administradores do Banco de Portugal terminam mandato em 2016. Dois são vice-governadores, Pedro Duarte Neves e José Berberán Ramalho, que tutela o Fundo de Resolução. Se Carlos Costa ficar, o governo tem margem para escolher alguém da sua confiança antes de mudar a regulação da banca.

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Irá Carlos Costa resistir a mais um banco caído?

O governador saiu fragilizado do caso BES e a sua recondução pela coligação PSD-CDS foi muito contestada por socialistas e partidos de esquerda. Irá Carlos Costa resistir aos estilhaços da queda do Banif, a mais uma comissão de inquérito e a um governo hostil? Há já pedidos de demissão, mas Costa só sai se quiser.

© Hugo Amaral/Observador

Final de mandato marcado por casos BES, PT e Banif

Carlos Tavares termina um segundo mandato na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, marcado por casos de grandes empresas da bolsa. Há muitas investigações, sobretudo ao BES e à PT, mas não há acusações. Ficaram ainda claras as divergências com o Banco de Portugal no caso do papel comercial do GES.

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CMVM. Quem é a senhora que se segue?

Sobre a sucessão de Carlos Tavares na CMVM, a decisão é do governo e há uma certeza que reduz muito os candidatos. Pelos estatutos, tem de ser mulher. Elisa Ferreira é um dos nomes mais falados. Fátima Barros, da Anacom, e Margarida Correia de Aguiar, que passou pela ERSE, são opções.

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A maldição do PSI 20, PSI 19, PSI 18, PSI 17

Demite-se ou foi demitido? Era o título do Expresso sobre a saída de Luís Laginha da presidência da Euronext Lisboa. Mesmo sem resposta, é visível que a bolsa passou por uma fase negra, com a saída de empresas — Brisa, Cimpor e BES — e a pulverização do valor de outras, a PT/Pharol. Já não há um PSI 20.

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A administração da CGD já foi mais cobiçada

O mandato da gestão liderada por José de Matos termina no final do ano. A Caixa voltou aos lucros, mas ainda não conseguiu devolver a ajuda do Estado. No governo PSD/CDS já havia nomes para a sucessão. Com este governo não se sabe, há quem arrisque a continuidade. O cargo já não é tão apetecível como no passado.

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Há mais na Caixa do que você imagina

A gestão é só um dos pontos de interrogação no futuro do banco público. A Caixa precisa de mais capital e o Estado não pode acorrer, enquanto não forem devolvidas as ajudas. Bruxelas não deixou a Caixa “salvar” o Banif. O banco do Estado perde força como arma de política económica e financeira e já não dá lucros.

ANTONIO COTRIM/LUSA

Irá Stock da Cunha ficar no Novo Banco?

Eduardo Stock da Cunha trocou o Lloyds pelo desafio da vida de um banqueiro, mas manteve o vínculo ao banco inglês. Irá ficar à frente do Novo Banco até à venda que não tem data? Até lá, terá de executar a reestruturação. E não está afastada a opção de ficar após a venda, sobretudo se o comprador não for um banco.

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Sérgio Monteiro vai mesmo vender o Novo Banco?

Foi uma das decisões polémicas do final de mandato. Sérgio Monteiro, a cara das privatizações, salta do governo para um contrato com o Banco de Portugal com a missão de vender o Novo Banco. Contratação e salário levantam dúvidas à esquerda. E como vê o governo PS o homem que vendeu à pressa a TAP?

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Fernando Pinto pode ficar numa TAP pública?

Se dúvidas existissem sobre o empenho de Fernando Pinto na venda ao consórcio de Neeleman e Pedrosa, ficaram dissipadas com a continuação do presidente da TAP. Veio privatizar a TAP há 15 anos e é grande apoiante da venda que o governo contesta. Se o controlo voltar ao Estado, Pinto pode ou quer ficar?

In

A fusão de António Ramalho é para manter?

Se o governo recuar na fusão entre as estradas e a ferrovia, como quer o PCP, António Ramalho diz que se demite da Infraestruturas de Portugal. Apesar de ter mandato até 2017, Ramalho pode entrar em rota de colisão com o novo governo: cumplicidade com o anterior executivo, privatização, portagens e fundos.

© Hugo Amaral/Observador

Os transportes voltam ao Estado? E a gestão?

Também o mandato de Rui Loureiro na Transportes de Lisboa, não está para terminar. Mas uma mudança de 180 graus na política para o setor, com a reversão da concessões a privados, pode ter implicações na gestão. A intervenção do governo na empresa para travar a greve no Metro e “retomar o diálogo” é um sinal.

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Quem vai ser indicado para o Tribunal de Contas?

A saída de Oliveira Martins para a Gulbenkian coincidiu com a mudança de ciclo político. As auditorias do Tribunal de Contas, sobretudo as recentes, foram duras para decisões do anterior governo. O Tribunal tem a função técnica de controlar a despesa, mas a escolha do presidente é política e é do executivo.

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O novo cobrador de impostos

Diretor-geral dos impostos é um dos cargos mais poderosos no Estado, mas nos últimos anos tem sido desempenhado por interinos. Foi difícil substituir Azevedo Pereira. E quando finalmente foi indicado, Brigas Afonso caiu por causa da lista VIP de contribuintes. Já há três finalistas para o novo governo escolher.

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