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António Silva e João Neves estrearam-se na equipa principal em ano de título
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António Silva e João Neves estrearam-se na equipa principal em ano de título

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

António Silva e João Neves estrearam-se na equipa principal em ano de título

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

António Silva e João Neves, os jovens à frente do tempo que lideraram os dez campeões nacionais formados no Seixal

As revelações, os regressos, os que precisaram só de um minuto para receberem a medalha e levantarem a taça e os que abandonaram a meio da época. Dez campeões nacionais cresceram no Benfica Campus.

João Neves percorria os corredores do Estádio da Luz acompanhado pelos colegas da equipa Sub-19 do Benfica. Sem perceberem que não estavam sozinhos, distribuíam calduços e trocavam gargalhadas. Quando o médio se cruza com um grupo de jornalistas, a postura muda. Endireita os ombros com cara de quem foi apanhado pelos pais a ir ao armário dos doces sem ter autorização para o fazer. Diz “boa tarde” com a medalha de vencedor da Taça Intercontinental no pescoço. Nesse dia, João Neves subiu pela primeira vez na época ao relvado da Luz para, no intervalo do jogo da equipa principal contra o Dínamo Kiev, de apuramento para a Liga dos Campeões, mostrar aos adeptos benfiquistas o troféu conquistado no Uruguai. Nove meses mais tarde, fez no estádio dos encarnados a festa de campeão nacional.

Aos 18 anos, João Neves deixou a Luz rendida às suas exibições na ponta final da época

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O Benfica estava no pior momento da temporada – quatro jogos sem ganhar, eliminação da Liga dos Campeões e o FC Porto acabava de ficar a apenas a quatro pontos da liderança – quando Roger Schmidt lançou João Neves pela primeira vez a titular diante do Estoril. “O João é um jogador muito talentoso. Já tem muitos minutos na primeira equipa esta temporada. Esteve sempre bem. Mesmo se o virem nos treinos, é uma mistura muito boa de alegria, confiança e qualidade. Agora era a hora de lhe dar a oportunidade de jogar desde início”, explicou o treinador encarnado após a vitória por 1-0 frente à equipa da Linha. “Acho que toda a gente viu que é um jogador que pode jogar neste nível e também neste momento decisivo da temporada”. A primeira presença no onze inicial seguiu-se a 14 utilizações vindo do banco de suplentes nos minutos finais, a primeira delas na derrota por 3-0 em Braga.

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O trunfo que Roger Schmidt usou para segurar o Benfica na luta pelo título esperou desde os 12 anos por um momento que nem todos os que crescem no Futebol Campus têm possibilidade de alcançar. Este é dos especiais. “Há jogadores dos Sub-19 e dos Sub-23 que quando vão à equipa B pela primeira vez deixam uma marca diferenciadora e não têm vergonha, no sentido de não terem receio de chegarem e imporem o seu jogo na forma como dividem as bolas, na forma como partem para situações de um contra um. Há jogadores que deixam essa marca. O João Neves foi um desses jogadores”, destaca ao Observador Nélson Veríssimo, o antecessor de Roger Schmidt no comando técnico do Benfica, que chamou o jogador ainda de 17 anos aos treinos quando liderava a equipa B.

Tudo o que o baixinho com a camisola arrumada dentro dos calções faz na Luz foi praticado vezes sem conta no outro lado do Tejo, onde os pequenos se fazem grandes. “Lembro-me que presenciei o João Neves a marcar golos de cabeça nos treinos, sendo muito mais baixo do que é agora e ganhar quase sempre as bolas áreas defensivas. Ele ia à área, quase não o conseguias ver e, de repente, ele saltava e fazia golo”, recorda ao Observador Manuel Campos, antigo jogador da formação do Benfica que partilhou balneário no Seixal com o médio encarnado. “O João Neves tem praticamente tudo”, continua, desvalorizando a dimensão física. “Nós vemos jogadores como o Modric e o Bernardo Silva que são baixinhos e são os melhores do mundo”.

João Neves estreou-se na equipa principal do Benfica primeira derrota da equipa nesta temporada que aconteceu em Braga à 14.ª jornada

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

Também António Silva jogou ao lado de Manuel Campos. “Sinceramente, o António Silva e o João Neves são um caso muito parecido. São dois jogadores que não me surpreenderam. O que eles estão a fazer agora na equipa A, foi o que eles sempre fizeram nos escalões de formação”, comenta Manuel que se cruzou com os dois campeões nacionais pelo Benfica nos juvenis, nos juniores e nos sub-23. Joguei com os dois e passei muito tempo com os dois. O que eles estão a fazer na equipa principal é o que estavam habituados a fazer na formação, mas com menos visibilidade. Agora, tudo o que eles fazem é visto por toda a gente e é elogiado por toda a gente, porque estão na montra”.

Nélson Veríssimo explica que “António Silva e João Neves são dois casos que acabam por contrariar a lógica”, recordando o pouco tempo que ambos passaram na equipa B. “É engraçado verificar que, olhando para aquilo que foi o lançar de jogadores, o António Silva acaba por não ter um volume muito elevado em termos de utilização na equipa B [quatro jogos] e o próprio João Neves não tem muitos jogos na equipa B [11]. Isto contraria a ideia, que existia no passado, de que um jogador, para estar preparado para dar uma resposta positiva ao nível do contexto de equipa A, tinha que ter um determinado número de jogos na equipa B”, recorda o técnico que passou nove anos ligado ao plantel secundário dos encarnados.

Se João Neves foi destaque na ponta final da temporada, António Silva é figura desde que o Campeonato começou. Ninguém, inclusivamente o presidente do clube acreditava que a aposta de Roger Schmidt no central encarnado fosse um catalisador para desenvolvimento do jovem de 19 anos. Rui Costa confessou que a contratação de John Brooks no final do mercado de verão só foi concretizada, como explicou à BTV, porque “o António Silva ainda não era o ‘António Silva'” que alcançou a estreia na seleção nacional e a convocatória para o Mundial do Qatar. Havia, ainda assim, uma indicação: quando chegou à Luz, Schmidt analisou todos os jogadores com ligação profissional aos encarnados e fez questão de dizer que António Silva até podia jogar na equipa B mas iria andar a treinar na equipa A (por isso Tomás Araújo foi emprestado).

“Sempre trabalhou muito para estar onde está”, explica ao Observador Miguel Montenegro médio defensivo que esteve esta temporada no Real SC e jogou com António Silva nos encarnados. “Quando chegou aos sub-23, ainda era júnior de primeiro ano. A qualidade sempre esteve lá e sempre vi nele grande ambição para estar na equipa A do Benfica”.

António Silva sempre foi um jogador à frente do seu tempo e até teve problemas com isso. Tudo começou em Penalva do Castelo, seguiram-se Os Repesenses e, depois o Centro de Formação e Treino do Benfica em Viseu. Na hora de saltar para o Seixal, a ida para o Benfica Campus não correu bem. “Foi um período muito difícil, seguramente o mais difícil que tive aqui no Benfica. Passei muito mal, tinha muitas saudades de casa. Era um miúdo muito frágil. Tinha 11 anos. Na altura, com a ajuda dos responsáveis do Benfica, acabei por voltar a casa e foi um passo em frente”, disse António Silva aos canais do clube encarnado.

António Silva assumiu a titularidade na equipa de Roger Schmidt após a lesão de Morato no início da temporada

FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

No regresso ao conforto do lar, foi recrutado pelo Viseu United, um clube que tentava reunir os jogadores saídos Centro de Formação e Treino do Benfica do distrito que não tinham oportunidade de ir para o Seixal. António Silva era o mais novo da equipa. Já tinha soprado as velas do 12.º aniversário. Ainda com idade de infantil, jogava nos iniciados, e nem por isso se encolhia em relação perante os adversário dois anos mais velhos. “O António era o mais novo do grupo, mas na relação dele com os outros não se notava”, conta ao Observador João António Figueira, treinador dos Sub-15 do Viseu United nessa altura.

“Os miúdos, nesse aspeto, são a melhor seleção. Quando queremos perceber se um jogador é bom ou não numa idade mais precoce, basta perceber o comportamento dos outros perante ele. Os outros colegas já demonstravam algum respeito, já o seguiam. Havia essa liderança natural do António. Os outros seguiam-no até para as parvoíces”, afirmou o técnico que admite que tinha que conter o riso perante as expressões que António Silva fazia quando não entendia os exercícios no treino.

A abertura do Viseu United em colaborar com a estrutura do Seixal foi decisiva para António Silva ficar no clube. De 15 em 15 dias, o atual jogador do Benfica ia ao Futebol Campus fazer jogos de treino com a equipa à qual estava acordado que regressaria na temporada seguinte. Se o Viseu United tivesse jogo no mesmo dia e hora, a prioridade era dada aos encarnados. “Era um orgulho para nós termos o António, porque, um dia mais tarde, íamos ligar a televisão e recordar com nostalgia e com orgulho que o António tinha estado connosco”, pensava João antes de, num ápice, o central se tornar num do jovens mais cobiçados do mundo.

“O António parecia quase que era duas pessoas”, continua João. “Havia o António fora do campo, que era uma criança de 12 anos, reguila, brincalhão, amigo do amigo. Fazia rir toda a gente e toda a gente lhe achava piada, porque ele era, de facto, muito cómico. Depois, havia o António dentro do campo que era um adulto já com 20 anos. Mostrava uma maturidade acima da média e sempre mostrou estar à frente do tempo. Sinceramente, não consigo explicar o porquê, há miúdos que nascem com determinadas características de personalidade. O António já nasceu assim, um miúdo com um foco muito grande nas tarefas, com uma capacidade muito grande para se concentrar no que é essencial dentro do jogo, uma capacidade enorme de abstrair do contexto exterior. Aquilo que mostra hoje, em termos de personalidade, já mostrava antes”.

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António Silva foi dos jogadores mais animados nos festejos do 38

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Manuel Campos, no raio-X que faz ao antigo companheiro de equipa, identifica um líder que não o “era no berro, mas na calma”, explica o ex-Benfica, Académica e Famalicão. “Desde a formação, sempre foi um jogador que nunca sentia pressão. Jogando contra o Sacavenense ou contra o Sporting, era completamente igual, jogava sempre da mesma maneira”.

A lesão de Morato, no início da época, deu espaço a António Silva para ganhar espaço à concorrência no plantel encarnado. A estreia a marcar no campeonato chegou a dobrar. António Silva bisou na visita ao Estoril treinado, naquela fase da época por Nélson Veríssimo.

Os bons resultados embalaram o Benfica para o título ao mesmo tempo que permitiram gerir a integração dos jovens na equipa A. “É importante que a equipa em si tenha estabilidade suficiente para garantir algum suporte no momento em que estes jovens são lançados e o Benfica, este ano, conseguiu”, comenta Veríssimo que, na temporada passada, esteve cinco meses ao leme do conjunto da Luz e terminou o campeonato em terceiro lugar. Mesmo que António Silva e João Neves — dos mais aplaudidos pelo Estádio da Luz quando os campeões nacionais foram chamados um a um para receberem as medalhas e levantarem o troféu — tenham saltado passos até ao topo, há um momento que marca a ascensão de ambos.

A Youth League que valeu a Liga dos Campeões

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Em 2022, os Benfica conquistou a primeira Youth League da história dos encarnados

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No Seixal, os sub-19 do Benfica arrancaram a Youth League 2021/22 de forma contundente. Depois de uma derrota por 4-0 em Kiev, as águias deram uma lição aos tubarões no Futebol Campus. 4-0 ao Barcelona e ao Bayern. Em ambas as partida, ao lado de Tomás Araújo, que naquela época teria oportunidade de se estrear na equipa principal, jogou um central até então menos mediático.

António Silva sofria o síndrome do irmão mais novo, embora demonstrasse que estava ali para se impor como se via pela maneira como ia ao chão cortar as investidas dos adversários. Deslizava pelo relvado, ficava com os calções arregaçados e, na perna, a distância percorrida pelo carrinho marcada a castanho e verde, um método condizente com as características que lhe reconhece Manuel Campos. “A marca dele é a inteligência. Em tudo, tanto a atacar, como a defender. Não faz faltas desnecessárias, não leva cartões amarelos desnecessários, é muito limpo a jogar. Desarma quase sempre no momento certo”.

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António Silva jogou todos os minutos da final four da Youth League, ao contrário de João Neves que, devido a lesão, ficou afastado das escolhas de Luís Castro

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João Neves foi um crónico suplente utilizado ao longa da Youth League e, inclusivamente, falhou devido a lesão a Final Four da competição que deu ao Benfica o título europeu que há muito perseguia. Outros nomes, em especial, Diego Moreira, em quem Roger Schmidt apostou na pré-época da equipa da Luz, saíram da conquista mais valorizados. Pouco mais de quatro meses depois do dia 25 de abril de 2022, data em que os juniores do Benfica venceram o Red Bull Salzburgo por 6-0 na final da Youth League, António Silva estava a fazer a estreia na Liga dos Campeões contra o Maccabi Haifa. João Neves demorou um pouco mais para ter a confiança de Schmidt na Champions, mas também lá chegou.

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João Neves marcou presença em Nyon mesmo que não tenha jogado a final da Youth League

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Luís Castro, treinador que orientou António Silva e João Neves na conquista da Youth League disse ao canais do clube encarnado que era necessário que o desenvolvimento dos jovens tivesse continuidade. “O título é top mas se não houver seguimento para a equipa principal não vale de nada para mim”, afirmou. Roger Schmidt tem cumprido com esse desígnio uma vez que, do plantel que venceu a prova europeia, também Cher Ndour e Samuel Soares tiveram minutos suficientes para se poderem sagrar campeões nacionais. Além disso, Rafael Rodrigues, João Tomé e Hugo Félix também estão perto de se poderem estrear na Primeira Liga, tendo já marcado presença em convocatórias do técnico alemão. Diego Moreira é um caso particular, uma vez que, depois de ter sido utilizado na pré-qualificação da Liga dos Campeões, perdeu preponderância e pode mesmo estar de saída do clube.

Os outros campeões made in Seixal

Diferentes modelos, tamanhos e feitios, todos produzidos no mesmo local. Dez dos campeões nacionais pelo Benfica são formados no Futebol Campus. Da última vez que a equipa encarnada tinha atingido o primeiro lugar do campeonato, fê-lo com oito jogadores desenvolvidos nos Seixal.

António Silva e João Neves são as principais do trabalho realizado na margem sul, mas há mais casos de sucesso. Gonçalo Ramos é um dos mais relevantes. O rendimento que apresentou esta época e o tempo que leva na equipa principal mesmo sendo constantemente associado aos grandes clubes europeus, fazem-no parecer um dos elementos mais experientes do plantel. O facto é que o avançado de 21 anos sagrou-se campeão pela primeira vez num ano em que bateu todos os registos pessoais de golos e assistências. Morato está na mesma situação que o internacional português e abre uma nova linha no palmarés para adicionar o Campeonato Português, embora se trate de um caso diferente uma vez que chegou ao clube já com 18 anos.

Também Cher Ndour é fruto do trabalho de recrutamento do clube encarnado. Com 16 anos, o italiano tornou-se no jogador mais jovem de sempre a estrear-se na equipa B das águias, numa temporada em que tinha sido contratado à Atalanta para jogar nos juniores, antes da Covid-19 cancelar as competições do escalão. Levantar da taça é o auge das experiências prematuras do médio. O médio somou apenas um minuto na Liga Portuguesa 2022/23, praticamente o mesmo que Samuel Soares, guarda-redes  que, na última jornada, diante do Santa Clara, teve oportunidade de ser lançado por Schmidt.

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Gonçalo Ramos, Samuel Soares, Cher Ndour e Morato sagraram-se campeões nacionais pela primeira vez

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Por terem deixado o clube no mercado de inverno, Diogo Gonçalves e Henrique Araújo podem passar despercebidos nestas contas, mas também têm que ser incluídos. Tratam-se de situações distintas. O extremo de 26 anos saiu para o Copenhaga a título definitivo, enquanto que o avançado de 21 esteve emprestado ao Watford na segunda metade do ano.

Se todos os jogadores referenciados até agora sentem pela primeira vez o peso da medalha no pescoço, Florentino e Gonçalo Guedes são exemplos à parte. O médio foi peça fundamental da equipa de Bruno Lage que, em 2018/19, ficou dois pontos à frente do FC Porto. A preponderância na última Liga conquistada pelo Benfica não teve continuidade na temporada seguinte, o que levou a dois empréstimos – Mónaco e Getafe. Créditos renovados, o centrocampista ganhou uma nova oportunidade para ficar na Luz e ser de novo figura relevante, embora tenha terminado a temporada com menos protagonismo do que aquele que, com o aparecimento de João Neves e à afirmação de Chiquinho, possuiu nos primeiros meses da temporada.

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Gonçalo Guedes conquistou o quarto título nacional, enquanto que Florentino somou o segundo

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Gonçalo Guedes tem mais raízes com o passado. Em janeiro de 2023 voltou ao Benfica, de onde tinha saído em 2017 para o PSG. O impacto na equipa de Roger Schmidt, que viria a perder Enzo Fernández, foi imediato. Um golo no jogo se assinalou o regresso, contra o Santa Clara, demonstrou que a saída por empréstimo do Wolverhampton podia ter sido muito mais do que aquilo que acabou por ser. Uma lesão no joelho esquerdo, que obrigou a uma cirurgia, colocou em questão se a temporada não tinha ficado por ali, com apenas 374 minutos jogados. Após um mês de ausência, ainda foi a tempo de ter mais participações nos encarnados. O momento de maior preponderância foi aquele em que pediu para não sair no encontro em Alvalade, ajudando as águias a chegarem ao empate a dois mesmo com dificuldades evidentes que se vieram a confirmar quando foi anunciado que teria novamente que ser operado ao joelho esquerdo.

Nota ainda para Paulo Bernardo que fez dois jogos pelo Benfica antes ter rumado a Paços de Ferreira por empréstimo. Nenhuma das partidas realizadas pelo médio contou para o Campeonato.

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