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As eleições em que o centro afundou

Era uma vez a política dividida entre centro-esquerda e centro-direita. Da Alemanha à Itália, de França ao Reino Unido, o centro colapsou. Quem nasce dessas ruínas? Verdes e os populistas de direita.

Era uma vez o centro. Era uma vez a política nos maiores países da União Europeia, onde tudo era uma questão de ora vermelhos do centro-esquerda, ora azuis do centro-direita. Era uma vez a política em que os partidos pequenos de pequenos não passavam. Era uma vez e não é certo que haja outra.

Nas eleições europeias de 2014, a tendência tinha sido de queda clara do centro político às custas de partidos mais pequenos. Em 2019, alguns destes partidos cresceram tanto que já não podem ser encarados como pequenos — nalguns casos, são mesmo partidos de poder ou fulcrais para a aritmética política. Pelo meio, estes partidos deixaram para trás o centro político, formado por partidos históricos que hoje enfrentam as suas maiores crises.

Nas eleições de 2014, o grupo parlamento do Partido Popular Europeu (PPE, do qual fazem parte o PSD e o CDS-PP) conquistou o primeiro lugar, com um total de 221 deputados. Mesmo atrás, em segundo lugar, ficou a bancada dos Socialistas Democratas (S&D, onde está o PS), com 191 parlamentares.

Cinco anos depois, em 2019, estes números caem ainda mais. Ao PPE servirá de fraco consolo o facto de ainda ser o primeiro classificado, sobretudo quando se vê que, feitas as contas, terá agora 179 deputados. E os S&D podem até ficar em segundo lugar, mas continuam em queda livre, desta vez com 150 deputados.

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Em simultâneo com estas quedas, há três subidas nítidas entre as eleições europeias de 2014 e as de 2019. Com mais destaque, está a ascensão dos eurocéticos de direita e extrema-direita — todos somados, eram 170 em 2014; a partir de agora serão pelo menos 200. Mas também há subidas consideráveis noutros dois grupos: os liberais do ALDE, que passam de 67 para 107; e os Verdes, que sobem de 50 para 70.

Para entender este colapso, há que olhar para os maiores países da União Europeia: França, Itália, Alemanha e Reino Unido. Não são uns países quaisquer. Os três primeiros — França, Itália e Alemanha — são fundadores em toda a linha da comunidade europeia, primeiro com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1951), depois com a Comunidade Económica Europeia (1957) e mais à frente com a União Europeia (1993). O quarto da lista, o Reino Unido, entrou na CEE em 1961 e desde então tornou-se numa das suas maiores peças — e assim continuará, até ao dia da sua possível saída, já este ano.

Em cada um deles, estas eleições trouxeram uma queda abrupta do centro — ora à custa da extrema-direita, de liberais ou de verdes. Conheça os casos, um a um.

França

O primeiro episódio desta história não começa em 2019 — começa em 2014. Nesse ano, a Frente Nacional, de Marine Le Pen, venceu as eleições europeias pela primeira vez, reunindo um total de 24,9% dos votos e atirando para o segundo lugar o UMP (centro-direita), com 20,8%. Porém, mais importante do que isso foi o resultado do Partido Socialista (PS) nessas eleições: 14% e um terceiro lugar. Foi a primeira vez que aquele partido ficou no degrau mais baixo do pódio e, à altura, já era razão para alarme. Hoje, quem dera ao PS francês estar em terceiro lugar — mas já lá vamos.

O segundo episódio desta história remete para 2017, ano de eleições presidenciais e legislativas. Foi aqui que o centro começou verdadeira e inegavelmente a ruir em França. Tanto na UMP como no PS, numa tentativa de aproximação ao eleitorado, houve eleições primárias. No UMP, venceu François Fillon — deixando para trás Nicolas Sarkozy, que fracassou estrondosamente a sua segunda subida ao Eliseu. No PS, ganhou Benoît Hamon — um homem da ala esquerda, que derrotou um homem da ala direita, Manuel Valls.

Enquanto os dois principais partidos históricos de França debatiam as suas crises de identidade, um novo movimento surgia: o República Em Marcha. Na liderança estava Emmanuel Macron, nome conhecido dos franceses apenas por ter sido ministro da Economia de François Hollande até ter cortado relações com o Presidente socialista. No início, Emmanuel Macron surgia tímido nas sondagens, mas os desenvolvimentos nos partidos de centro ajudaram-no a subir — na UMP, François Fillon viu-se envolvido em longos e penosos escândalos de corrupção; no PS, Benoît Hamon tentava livrar-se do pesado legado de François Hollande ao chegar-se mais à esquerda — tão à esquerda que perdia os seus próprios eleitores.

"O resultado desta noite confirma a dinâmica da primeira volta das eleições presidenciais de 2017. Os dois partidos que governaram a França durante mais de 50 anos têm cada um menos de 10%."
Édouard Philippe, primeiro-ministro de França

Paralelo a tudo isto, esteve o crescimento da Frente Nacional. Com a liderança de Jean-Marie Le Pen pelas costas, e já sob a batuta da sua filha mais velha, Marine Le Pen, o partido mostrou uma face mais programática e menos polémica, mais social nas propostas e mais mediática na postura.

No final de contas, a disputa presidencial foi entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen, que chegaram à segunda volta — a primeira vez em que não houve candidatos do UMP ou do PS. Acabou por vencer Emmanuel Macron, com 66,1% dos votos — uma votação acima de tudo contra Marine Le Pen, e não necessariamente pró-Macron, que ficou pelos 33,9%. Nas eleições legislativas que se seguiram, Emmanuel Macron e o República em Marcha (350 em 577) conseguiu a maioria absoluta. E a Frente Nacional, lesada pelo método eleitoral a duas voltas, ficou apenas com 8 deputados.

Desde que Marine Le Pen assumiu a liderança da Frente Naciona, em 2011, o partido já venceu duas eleições europeias (BERTRAND GUAY/AFP/Getty Images)

BERTRAND GUAY/AFP/Getty Images

A UMP conseguiu disfarçar, embora mal, a sua dêbácle nas presidenciais com um segundo lugar e 136 deputados nas legislativas. Já o PS, com uma queda de 331 para 45 deputados, teve o maior choque. Foi tão grande que, para garantir a viabilidade financeira do partido, os socialistas tiveram de vender a sua sede, na Rua Solférino, por 45 milhões de euros.

Agora sim, as eleições europeias de 2019. Tal como as sondagens previam, a União Nacional (nome que resulta de uma reformulação, acima de tudo estética, da Frente Nacional) ficou em primeiro lugar (23,3%) e a Renascença (nome da candidatura europeia aliada de Emmanuel Macron) ficou logo atrás com 22,1%. E os Republicanos (novo nome da UMP) e o PS? Em quarto (8,4%) e sexto lugar (6,6%), respetivamente. Os dois somados continuam a ter menos do que qualquer um dos dois primeiros classificados.

A primeira a discursar ese domingo foi Marine Le Pen — e o facto de no seu discurso não ter havido qualquer menção àqueles velhos partidos da política francesa demonstra o quão para baixo eles estão na sua lista de prioridades. Do lado da República em Marcha, falou o primeiro-ministro Édouard Philippe — tentou sublinhar que “o resultado desta noite confirma a dinâmica da primeira volta das eleições presidenciais de 2017”. A explicação dessa dinâmica é sal nas feridas dos partidos tradicionais franceses: “Os dois partidos que governaram a França durante mais de 50 anos têm cada um menos de 10%”.

"Sabíamos bem que, depois de 2017, a reconstrução para reencontrar o caminho para a confiança dos franceses seria longa e exigente."
Laurent Wauquiez, presidente dos Republicanos

E o que se disse nas sedes daqueles dois partidos, afinal?

No caso dos Republicanos, o atual presidente, Laurent Wauquiez, protagonizou o que foi talvez o discurso mais soturno da noite eleitoral francesa. “Sabíamos bem que, depois de 2017, a reconstrução para reencontrar o caminho para a confiança dos franceses seria longa e exigente”, disse. “Temos três anos para merecer os seus votos.”

O tom foi bem menos fúnebre na sede do Envie d’Europe, onde se inclui o PS. Ali, o ambiente era até, de alguma forma, positivo. “Desta noite sai uma mensagem extremamente clara: a esquerda não está morta. Existe uma esperança. Mas a fragmentação impede-na de ser uma alternativa credível”, disse o cabeça de lista, Raphaël Glucksmann. O facto de no PS se festejar um sexto lugar, com 6,6% é, talvez, a maior prova de que este é agora um pequeno partido que sabe que o é.

Itália

Experimente passar no Google Images e faça uma pesquisa por imagens de Matteo Salvini no último ano. Dali, pouco ou mesmo nada sobrará além de imagens em que o ministro do Interior e líder da Liga não apareça ora em pose de desafio, ora em jeito de triunfo ou a sorrir.

Tem sido precisamente essa a vivência de Matteo Salvini desde que chegou ao cargo de número dois do governo italiano, em que o número 1 é o primeiro-ministro designado pelo Movimento 5 Estrelas (M5E), Giuseppe Conte. Matteo Salvini começa com o desafio, depois para o triunfo e depois o sorriso de quem sabe que ganhou.

Foi assim mesmo que se apresentou este domingo, pouco depois de saber o resultado da Liga: 33,6%. Com uma imagem de Vladimir Putin e outra de Jesus Cristo no fundo, e ainda um boné de campanha de Donald Trump, Matteo Salvini reagiu à notícia com uma fotografia no Twitter. Sorridente, mostrava um papel a dizer: “1º partido em Itália. Obrigado”. O agradecimento não é em vão: em 2014, nas últimas europeias, a Liga tinha tido 6,2% dos votos. É como se tivesse sido noutra vida.

Nessa outra vida, já estava bem presente na política italiana um movimento cuja ascensão também ajudou em muito ao colapso do centro em Itália: o M5E. Nas eleições europeias de 2014, ficou em segundo lugar, com 21,16% — ainda assim bem atrás do Partido Democrático (PD, dos S&D, família política do PS português), com 40,8%.

Tudo isto viria a ruir nos anos seguintes — e a data fulcral para esse desenvolvimento foi 4 de dezembro de 2016. Nesse dia, o PD, de Matteo Renzi, provocou um referendo para uma reforma constitucional que levaria à redução dos deputados de 315 para 100 e que tornaria o Senado num órgão meramente consultivo. Esta proposta caiu mal em vários círculos: se nem no PD era consensual, muito menos o era no M5E. E foi precisamente no partido de Beppe Grillo que se formou a maior oposição a essa reforma. No final, a proposta viria a ser chumbada por 59,1% dos italianos e Matteo Renzi apresentou a demissão.

Em março de 2018, após mais de um ano de governo de gestão, o centro desabou por completo em Itália com o M5E a ficar em primeiro lugar e a Liga, em terceiro, com 17,35%. Depois de meses de negociações, chegaram a um acordo para formar um governo tão populista quanto nacionalista, em que o combate à imigração e à chegada de migrantes do Norte de África se tornou a maior bandeira dentro e fora de portas.

"Nasceu uma nova Europa. A todos aqueles que afundaram o sonho europeu e que o tornaram num pesadelo, digo-lhes que estou orgulhoso de que a Liga tenha participado no renascimento de uma Europa afundada."
Matteo Salvini, líder da Liga e ministro da Administração Interna de Itália

Nestas eleições europeias, Matteo Salvini ganhou protagonismo ao juntar sob a mesma bandeira vários partidos eurocéticos, da direita radical e da extrema-direita, de diferentes países: União Nacional (França), Vlaams Belang (Bélgica), FPÖ (Áustria), UKIP (Reino Unido) ou PVV (Holanda), entre outros. Todos formam o Grupo Europa das Nações e da Liberdade e são dos que mais crescem neste Parlamento Europeu.

Ciente dessa vitória, Matteo Salvini fez um discurso triunfal este domingo. “Nasceu uma nova Europa”, disse. “A todos aqueles que afundaram o sonho europeu e que o tornaram num pesadelo, digo-lhes que estou orgulhoso de que a Liga tenha participado no renascimento de uma Europa afundada.” Em certa parte do discurso, com um crucifixo na mão, olhou para cima e disse: “Agradeço a quem estiver aí em cima, que não está a ajudar Matteo Salvini ou a Liga mas antes a Itália e a Europa, que proteja a esperança, o orgulho, as raízes, o trabalho, a segurança”.

Havendo atenção do divino para o terreno no que diz respeito à política italiana, parece bem claro que esta não foi para o centro da política italiana. O PD, é um facto, sai destas eleições em segundo lugar — o que é mais uma derrota do M5E, que sai enfraquecido pelo protagonismo exacerbado que Matteo Salvini tem conseguido neste ano de governação — mas os 23,52% destas eleições não chegam para ser sequer uma miragem dos mais de 40% de há cinco anos. E ainda mais perdido está o Forza Italia, de Silvio Berlusconi. Tiveram apenas 7,8%.

Reino Unido

É paradoxal, mas é mesmo assim: nestas eleições europeias, um dos países onde a campanha mais se concentrou no tema da União Europeia foi precisamente o único que quer (e provavelmente vai) sair dela. É, pois, do Reino Unido que falamos. E, nestas eleições, isso levou a um resultado que não é só atípico — é mesmo inédito na História eleitoral daquele país.

Mais do que quem está por cima (já lá vamos), o que espanta mesmo é quem está por baixo. A política britânica, desde o século XX, foi marcada por uma dualidade quase inevitável entre o Partido Trabalhista e o Partido Conservador. E se os trabalhistas são mais recentes na História do Reino Unido, os conservadores têm uma história mais antiga. Foram fundados em 1678. E desde 1802 que eram inevitavelmente, fosse em eleições gerais ou mais tarde europeias, uma das duas forças mais votadas.

Ora, 217 anos depois, também esse castelo ruiu. Este domingo, o Partido Conservador não só falhou os dois primeiros lugares como terminou em quinto lugar, com 8,7%. É o pior resultado da sua História. E o Partido Trabalhista só poderá ficar contente se olhar para baixo — mas, se olhar para cima, verá que os seus 14,05% o deixam em terceiro lugar. Também é o pior resultado de sempre dos trabalhistas em eleições à escala nacional.

"Os conservadores e os trabalhistas ou nos levam até ao Brexit ou vão ser substituídos. É tão simples quanto isto."
Nigel Farage, líder do Partido do Brexit

Mas, afinal, quem está acima do Partido Trabalhista? Logo a seguir, em segundo, estão os Liberais Democratas, com 18,6%. E, depois, o verdadeiro vencedor desta noite: o Partido do Brexit, de Nigel Farage, com 31,7%.

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A principal mensagem de Nigel Farage foi precisamente para os dois partidos britânicos do centro: “No final de contas, tudo se resume àquilo que os eleitores querem. Creio que os conservadores e os trabalhistas ou nos levam até ao Brexit ou vão ser substituídos. É tão simples quanto isto”.

As experiências recentes têm sugerido que não — não será tão simples quanto Nigel Farage sugere. Recorde-se que já em 2014, na era pré-Brexit, o UKIP (partido fundado e então liderado por Nigel Farage, do qual se viria a desvincular mais tarde) já tinha saído vencedor com 26,6% dos votos. Porém, nas eleições seguintes, o UKIP conquistou 12,6% dos votos a nível nacional mas conseguiu eleger apenas um deputado — fruto do método eleitoral britânico, que funciona com círculos uninominais.

Tanto na sede do Partido Conservador (que, com a demissão de Theresa May na sexta-feira, se encaminha para eleições internas) como na sede do Partido Trabalhista, o silêncio foi quase total. Em cada uma daquelas casas, fazem-se contas a uma nova e difícil vida.

Alemanha

Angela Merkel cumpre o seu quarto e último mandato. Entre 2005 e 2019, governou sempre em coligação — e, na altura de escolher um parceiro para chegar ao Bundestag, a chanceler alemã preferiu em três de quatro vezes os socialistas do SPD. Com maior ou menos entendimento, o centro-esquerda tem ajudado o centro-direita a governar a Alemanha em todas as fases de Angela Merkel: desde quando era uma novidade e uma estrela em ascensão na UE; passando pela altura em que vestiu a pele de dama de ferro da austeridade; até aos dias em que ficou marcada pela sua decisão de abrir fronteiras a mais de 1 milhão de refugiados e requerentes de asilo.

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A fase de Angela Merkel está mesmo a acabar — perante pressões internas da CDU e do seu parceiro de coligação na Baviera, a CSU, anunciou a sua saída de cena no final do mandato, em 2021. Mas, enquanto muitos assistiam à queda da chanceler alemã, poucos prestavam atenção aos seus parceiros socialistas.

Nestas eleições, ficou impossível não reparar: o SPD ficou em terceiro lugar e tem agora apenas 15,6% dos votos dos alemães. Em eleições de âmbito nacional, este é o pior resultado dos séculos XX e XXI. Pior do que isto, só mesmo no século XIX, mais propriamente em 1887, ano em que o SPD teve 10,1%. Para a História fica o facto de a Alemanha ter perdido o governo federal de Bremen após 73 anos de liderança.

Desde 1887 que o SPD não tinha um resultado tão mau quanto o destas eleições europeias.

A contribuir para a queda do SPD, está o resultado dos Verdes — que passaram a segunda força política da Alemanha, com 20,7% dos votos.

Nesta noite eleitoral, a líder do SPD, Andrea Nahles procurou motivar o seu eleitorado e a militância socialista. “Quero motivar os membros do SPD e os nossos militantes, quero que olhem para o futuro com confiança, mesmo que os resultados de hoje sejam dolorosos”, disse. O facto é que, na Alemanha, já se fala de possíveis consequências para a coligação do SPD com a CDU/CSU. Haverá eleições antecipadas no horizonte?

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