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Igreja católica no estado de Kachin, no Myanmar
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Igreja católica no estado de Kachin, no Myanmar

LightRocket via Getty Images

Igreja católica no estado de Kachin, no Myanmar

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Ataques sobre católicos e lusodescendentes em Myanmar multiplicam-se. Os relatos do medo: "Podem atingir-nos na cabeça, matar-nos"

AVISO

Este artigo contém linguagem e descrições que podem ferir a sensibilidade dos leitores

Vilas católicas estão a ser atacadas pelo Exército. Numa delas, moram lusodescendentes que vivem em constante medo de assaltos, agressões e da morte. Golpe de Estado foi há um ano.

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Foi um vídeo que correu mundo, a 1 de fevereiro de 2021: uma rapariga vestida com roupa desportiva amarela e preta, de máscara — porque já havia pandemia—, protagoniza um vídeo de exercício físico durante mais de três minutos. Passo para a esquerda, passo para a direita, braços para cima, braços para baixo, sempre a bom ritmo, ao som da música. A certa altura, surge um fila de veículos militares. Foi o primeiro vídeo para queimar calorias que contou com um golpe de Estado como pano de fundo.

O insólito fez manchetes, mas a história que acontecia por detrás da instrutora de fitness mudou um país: o Myanmar passou, a partir daquele momento, a ser controlado por uma junta militar. A Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, que liderava o governo, foi deposta e detida. O país entrou numa espiral de violentos protestos para que a líder democraticamente eleita voltasse ao cargo.

Desde então, as minorias étnicas e religiosas não têm tido descanso. O país que foi acusado de genocídio dos rohingya, uma minoria muçulmana, passou a perseguir também, de forma mais ostensiva, os cristãos. É neste grupo, que representa 6,2% da população, cerca de 3,5 milhões de pessoas, que se inserem os lusodescendentes. Também conhecidos como ‘bainguis’, descendem, pelo menos parcialmente, de mercenários portugueses recrutados pelas Forças Armadas Reais da Birmânia nos séculos XVI e XVII.

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“A nossa vila era pacífica. Hoje em dia nenhuma alma está em paz. As pessoas morrem de medo dos militares, porque nunca sabemos o que podem fazer: podem atingir-nos na cabeça, matar-nos, dar-nos um tiro.”
Residente da vila de Chan Thar, onde vivem lusodescendentes

É difícil dizer quantos existem hoje, depois de séculos de miscigenação étnica, mas há uma característica que se tem mantido: é uma comunidade predominantemente católica. E estão, por isso, a ser também alvo de ataque pela junta militar. Alguns vivem na vila de Chan Thar, no estado de Sagaing, onde os ataques do Exército se têm intensificado nas últimas semanas.

“A nossa vila era pacífica. Hoje em dia, nenhuma alma está em paz. As pessoas morrem de medo dos militares, porque nunca sabemos o que podem fazer: podem atingir-nos na cabeça, matar-nos, dar-nos um tiro”, diz ao Observador um residente de Chan Thar, que não quis ser identificado por motivos de segurança.

Este residente — vamos chamar-lhe “John” — diz que nos últimos dois meses a localidade, onde vivem cerca de 4.500 pessoas, incluindo 1.200 católicos, foi alvo de quatro ataques. O mais recente, já em janeiro, resultou na morte de pelo menos duas pessoas, abatidas a tiro. Outras três foram espancadas.

“Este foi o pior ataque porque dois jovens, na casa dos 30 anos, foram apanhados e mortos a tiro. Usaram armamento pesado, ouviram-se mais de 100 disparos. Os residentes fugiram. Não fazemos ideia de quando o Exército vai voltar. O medo do Exército assombra-nos“, conta John, também ele um descendente de portugueses “muito longínquo”.

Segundo a Radio Free Asia, nessa ocasião, cerca de 100 soldados invadiram a vila e, além de agredirem e matarem pessoas, queimaram e destruíram casas. Pelo menos um dos corpos foi encontrado queimado atrás de uma escola.

“Sabem que nas comunidades cristãs as igrejas são centros importantes das comunidades, envolvidas em esforços humanitários, acolhem pessoas, ajudam na resistência ao regime. São alvo por esses motivos.”
Benedict Rogers, analista da organização Christian Solidarity Worldwide

Os motivos pelos quais o Exército tem conduzido ataques contra comunidades cristãs em todo o país não são simples. O Myanmar é um país maioritariamente budista, mas onde existem comunidades cristãs, muçulmanas, hindus — a cada religião corresponde, regra geral, um grupo étnico diferente, que ocupa zonas geográficas específicas. Desde o golpe que a junta militar tem tentado controlar o território e encara todos estes grupos como forças de resistência ao seu poder.

Não são só grupos religiosos que são atacados — há bombardeamentos e rusgas em todo o lado onde o Exército considere haver presença de civis armados, conhecidos como Força de Defesa do Povo — mas estas comunidades acreditam que são alvos a abater. Na véspera de Natal, em 2021, por exemplo, pelo menos 35 pessoas foram mortas pelo Exército, e os corpos queimados, no estado de Kayah, incluindo dois funcionários da organização Save the Children. Não é claro se a data em que ocorreu este ataque foi aleatória, mas acabou por ficar conhecido como “o massacre de Natal”.

“Sabem que nas comunidades cristãs as igrejas são centros importantes das comunidades, envolvidas em esforços humanitários, acolhem pessoas, ajudam na resistência ao regime. São alvo por esses motivos”, explica ao Observador Benedict Rogers, analista da organização Christian Solidarity Worldwide (CSW).

Mas voltemos a Chan Thar. Em finais de 2021, um grupo de soldados armados apareceu a meio da noite: queriam entrar no complexo da igreja da vila, diziam que ali estavam escondidas armas e membros da Liga Nacional para a Democracia (LND), o partido de partido de Aung San Suu Kyi.

Igreja de St Michaels, no estado de Kayah, em Myanmar

Igreja de St Michaels, no estado de Kayah

In Pictures via Getty Images

“Rodearam o complexo da igreja, partiram uma janela e entraram no edifício. Infelizmente, estavam lá cinco padres convidados. Tinham vindo para um retiro especial. Ordenaram-lhes que se agachassem no chão. Tiveram de entregar todo o dinheiro que tinham nos quartos. O dinheiro foi todo posto em cima da mesa. Os militares encheram os bolsos com o dinheiro que estava em cima da mesa. Não encontraram armas nem representantes [políticos] escondidos”, conta John.

Os padres foram algemados e levados para interrogatório, mas acabaram por ser libertados. “Agradecemos a Deus que não tenha havido nenhuma retaliação por parte das pessoas da vila, porque [os soldados] têm ordens para disparar sobre qualquer pessoa que mostre sinais de agressividade ou de querer retaliar”, comenta.

Semanas depois, os soldados voltaram, com uma fotografia na mão de mais um membro da LND. “Apanharam alguns homens e perguntaram-lhes onde ele estava, mas eles não sabiam, as respostas foram negativas. Não conseguiram obter o que procuravam, mas aproveitaram-se das casas e das lojas. Levaram garrafas de whisky e todo o dinheiro que encontraram. À noite, as pessoas voltaram a casa, mas ficaram exasperadas ao encontrar as suas casas e lojas roubadas”, descreve o lusodescendente.

A Catholic Church In An Ethnic Kayan Village In Kayah State Myanmar

In Pictures via Getty Images

Em todas estas circunstâncias acontece o mesmo: aterrorizada, a população foge da vila. “Se há algum rumor de que o Exército está numa das vilas a sul, as pessoas pegam nas suas coisas e fogem para vilas no norte, onde tenham família e amigos. Se o Exército vem do leste, as pessoas fogem para o oeste. Quando isto acontece, as casas vazias ficam à sua mercê. Entram à força e roubam as coisas que querem, deixam o resto para trás. Ouro e dinheiro são muito procurados”, conta John. “As pessoas vivem com medo de o Exército voltar”, lamenta.

Desde meados do século XIX que a Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris começou a trabalhar em Chan Thar, e é também por isso uma localidade com uma considerável população católica, numa região do país predominantemente budista. Aqui foram formados muitos bispos, padres e freiras e há um rico património arquitetónico. Este pode também ser mais um motivo para a vila ser atacada. No verão passado, por exemplo, os soldados atacaram a Igreja da Assunção e a casa paroquial em Chan Thar e detiveram padres por suspeitas de fazerem parte de grupos de resistência, relata o portal Union of Catholic Asian News (UCAN).

A UCAN traça um quadro devastador: igrejas destruídas, padres detidos e civis mortos.

“Há cerca de um ano foi pedido às autoridades de Myanmar o agrément — a concordância de um Estado à nomeação de um representante diplomático de outro país para o seu território — para o nosso Embaixador em Banguecoque, não tendo este sido concedido até ao momento, devido à situação política vivida naquele país.”
Ministério dos Negócios Estrangeiros

Portugal perde representação diplomática no Myanmar

O Observador contactou a embaixada de Portugal na Tailândia, cuja jurisdição abrange outros cinco países asiáticos, incluindo o Myanmar, para obter mais informação sobre a situação da comunidade lusodescendente e o apoio que pode receber. Mas foi informado de que, “neste momento, não existe Embaixador de Portugal ali acreditado e as informações sobre a realidade local não podem ser obtidas de forma direta por parte desta Embaixada”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) esclarece que esta é uma situação que se verifica desde o golpe de Estado: “Há cerca de um ano, foi pedido às autoridades de Myanmar o agrément — a concordância de um Estado à nomeação de um representante diplomático de outro país para o seu território — para o nosso Embaixador em Banguecoque, não tendo este sido concedido até ao momento, devido à situação política vivida naquele país.”

Assim, diz o MNE, “Portugal não tem, atualmente, Embaixador acreditado em Myanmar“.

A política dos quatro cortes

Chan Thar (estado de Sagaing) está, ainda assim, longe de ser a localidade que mais sofre com estes ataques. As comunidades cristãs concentram-se nos estados de Chin, Kayin e Kayah — neste último, ainda este mês, milhares de pessoas abandonaram as suas casas após bombardeamentos aéreos. A Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na paróquia de Doukhu, foi atingida, com um dos dois sinos a ficar totalmente destruído.

“O risco é muito grande. Estamos no meio de um campo de batalha”, disse, na altura, o padre Francis Soe Naing à agência SIR.

Salai Za Uk Ling é vice-diretor executivo da Chin Human Rights Organisation (CHRO), que monitoriza a situação no lado ocidental do país, onde fica o estado de Chin, com forte presença católica. Por trabalhar com direitos humanos viu-se obrigado a fugir para a Índia. “Somos naturalmente visados pelo regime”, comenta

Protestos em Rangum contra o golpe de Estado em Myanmar

Protestos em Rangum contra o golpe de Estado

Getty Images

Em entrevista ao Observador, explica que, apesar de a junta militar estar a atacar tudo e todos os que considera porem em causa do seu domínio sobre o país, “ataca desproporcionalmente comunidades religiosas, profanam igrejas, destroem-nas, queimam-nas, os líderes cristãos são sujeitos a vários tipos de abusos de direitos humanos“. Tem sido assim desde o golpe, há um ano, mas “tem piorado”. O cenário é de tal forma dramático que tem gerado fugas em massa: em Loikaw, a capital do estado de Kayah, por exemplo, estima-se que 90% da população católica tenha deixado a cidade. O destino de fuga destes católicos depende da zona do país onde estavam. Há quem fuja para a selvas ou aldeias remotas de Myanmar, e quem tenha a sorte de estar perto de uma fronteira, atravessando para a Tailândia ou para a Índia.

Para Salai Za Uk Ling, este é exatamente o resultado que o Exército deseja obter: “O objetivo é retirar a população daquelas zonas, de modo a que o Exército tenha total controlo sobre o local. As minorias religiosas são frequentemente alvo porque têm lutado por autonomia e por mais [respeito pelos] direitos humanos.”

"Um colega nosso e outras nove pessoas foram detidos e mortos. Estavam a passar por zonas remotas e cruzaram-se com as forças do Exército. [Quando foram encontrados] tinham as mãos amarradas, os olhos vendados e as gargantas cortadas com facas.”
Salai Za Uk Ling, vice-diretor executivo da Chin Human Rights Organisation

Quem opta por não fugir fica muitas vezes em situação precária, sujeito ao que é já conhecido como “a política dos quatro cortes”: “Cortam todas as vias de abastecimento, fontes de alimentos, fontes de informação, fontes de financiamento, numa tentativa de retirar ao movimento de resistência qualquer capacidade de operar e de se defender”. “Ao mesmo tempo que atacam as pessoas, bloqueiam ajuda a estas áreas e tentam que a população morra à fome“, resume o vice-diretor executivo da CHRO.

A pressão sobre estas comunidades culmina, por vezes, em mortes. “Na semana passada [há duas semanas], um colega nosso e outras nove pessoas foram detidos e mortos. Estavam a passar por zonas remotas e cruzaram-se com as forças do Exército”, conta ao Observador. Quando foram encontrados, “tinham as mãos amarradas, os olhos vendados e as gargantas cortadas com facas”.

“Recuperámos os corpos dias depois. Eram dez pessoas, todos cristãos, que foram mortos por soldados. Entre as vítimas estava um rapaz de 13 anos, com a garganta cortada. Foi um massacre”, lamenta.

"Não diria que são exatamente apoiantes da Aung San Suu Kyi, que tem sido acusada de favorecer a maioria budista (...) Mesmo durante o governo dela havia problemas de restrições, descriminação declarada. Colocaria as coisas assim: lutam contra a ditadura militar nos seus próprios termos.”
Salai Za Uk Ling, vice-diretor executivo da Chin Human Rights Organisation

Aung San Suu Kyi, o mal menor

Para o Tatmadaw, como é conhecido o Exército, toda a resistência deve ser esmagada, mas a verdade é que ela não é toda igual. Nas grandes cidades, como Naypyidaw, o principal objetivo é repor Aung San Suu Kyi na liderança do país. Mas nas chamadas “zonas étnicas”, com minorias religiosas, trata-se mais de derrubar a junta militar. “Não diria que são exatamente apoiantes da Aung San Suu Kyi, que tem sido acusada de favorecer a maioria budista. Têm vindo a exigir autonomia política e não se associam propriamente à Aung San Suu Kyi. Mesmo durante o governo dela havia problemas de restrições, discriminação declarada. Colocaria as coisas assim: lutam contra a ditadura militar nos seus próprios termos”, explica Salai Za Uk Ling.

Suu Kyi é uma figura controversa, tendo chegado mesmo a falar-se da possibilidade de perder o Nobel da Paz, que ganhou em 1991, por não ter feito nada para impedir o genocídio dos rohingyas em 2017. O Nobel não foi revogado, mas a Amnistia Internacional retirou-lhe, em 2018, o prémio de Embaixadora de Consciência.

"[A junta militar quer] que os não budistas sejam realmente subjugados, tratados como cidadãos de segunda classe. Mas sim, em última instância, acho que a visão deles é que o Myanmar é um país budista e birmanês. Por esse motivo são muito hostis para minorias religiosas e étnicas.”
Benedict Rogers, analista da organização Christian Solidarity Worldwide

O golpe de Estado de fevereiro de 2021 interrompeu um curto período democrático. Em 2011, o Tatmadaw implementou eleições parlamentares e outras reformas, interrompendo um regime militar que durava desde 1962. Suu Kyi tornou-se conselheira de Estado em 2016, o que significou que, na prática, era líder do governo. A 8 de novembro de 2020, o país organizou eleições livres, mas 2,6 milhões de pessoas, pertencentes a minorias, foram excluídas. O partido de Aung San Suu Kyi venceu com 83% dos votos e o Exército, derrotado, não aceitou os resultados.

Nasceu, assim, o golpe de Estado: a Nobel da Paz foi acusada de múltiplos crimes relacionados com importação de produtos, violação de regras pandémicas, corrupção e incitamento à agitação pública — tudo junto, pode resultar em 89 anos de prisão. Nos meses desde o golpe, Suu Kyi tem estado em prisão domiciliária e enfrenta uma longa lista de acusações — algumas já foram julgadas num tribunal secreto e resultaram em condenações.

Benedict Rogers, da organização Christian Solidarity Worldwide, diz que, para os cristãos do Myanmar, Suu Kyi é um mal menor: “Não diria que estavam totalmente contentes, os líderes católicos denunciaram questões de direitos humanos, mas acho que reconhecem que pelo menos o governo da Aung San Suu Kyi foi democraticamente eleito, e acreditam que ela é mais branda com os cristãos do que o Exército. São críticos, mas certamente preferem-na ao regime do Exército”.

Protestos contra a retirada de Aung San Suu Kyi do poder em Myanmar

Protestos contra a retirada de Aung San Suu Kyi do poder

Getty Images

Além de cimentar poder, o que deseja a junta militar, ao abrir guerra às minorias? Acabar com a diversidade religiosa do país? “Provavelmente, sim. Ou, pelo menos, [querem] que os não budistas sejam realmente subjugados, tratados como cidadãos de segunda classe. Mas, sim, em última instância, acho que a visão deles é a de que o Myanmar é um país budista e birmanês. Por esse motivo, são muito hostis para minorias religiosas e étnicas”, diz Rogers.

As Nações Unidas dizem que as investidas do Tatmadaw desde o golpe de Estado resultaram em 284.700 deslocados internos e fizeram com que pelo menos dois milhões de pessoas precisassem de ajuda humanitária em 2021, um número que deverá aumentar este ano. Mais difícil tem sido contabilizar mortos e detidos. A Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos, uma organização local, diz que desde o golpe mais de 1.400 pessoas morreram, incluindo 50 mil crianças, e 11 mil foram detidas, mas são números atribuídos a vítimas no contexto de protestos e confrontos com o Exército. O resto continua por contar.

Em Chan Thar os dias são passados com medo, à espera da próxima visita dos soldados. Para os católicos, como John, resta esperar por dias melhores: “O que fazer? Tudo o que podemos fazer é rezar a Deus por paz e liberdade.”

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