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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Bloco de notas de reportagem no PSD. Dia 10. O dia em Rui Rio e Rangel caminharam na praia e Santana também apareceu.

Rui Rio passeou na praia com Paulo Rangel e deixou uma mensagem política: não se demite mesmo que o resultado das Europeias seja mau. Houve quem perguntasse ao líder do PSD pelo acidente de carro.

Rangel tem dito a algumas pessoas que tem fé na vitória no domingo. Há um texto religioso em que alguém descreve uma caminhada na praia com Deus e se queixa, a certa altura, que nos momentos mais difíceis Deus o deixou sozinho porque só há um par de pegadas no chão. Deus responde que não o deixou sozinho, mas levou-o ao colo.

Esta quarta-feira, Rui Rio saiu em defesa de Rangel na quarta-feira, veio dar colo ao candidato. Mas não foi por isso que só via um par de pegadas na areia por onde Rangel andava. Na praia de Mira não estavam sequer ao lado um do outro. Durante os cerca de 100 metros que tiveram de percorrer, Rio avançava sem se preocupar onde estava o seu candidato. E Rangel também parecia pouco preocupado onde estaria o líder. Mesmo para tirar fotografias, Rio estava nem aí. Numa das vezes teve de ser Maló de Abreu a chamá-lo: “Rui?” Cada um foi por si até ao calçadão, num desconcerto que é pouco habitual nestas caminhadas. Dispersaram tanto que chegaram a estar metade dos microfones da televisão com o candidato e outra metade com o líder.

No fim, lá afinaram, perante as câmaras. E Rio voltou a defender Rangel, dizendo que é ele quem tem de ser a estrela da campanha e não o líder ou um ex-líder. Quem não era suposto ter qualquer protagonismo era o ex-líder Pedro Santana Lopes. Mas o agora presidente do Aliança acabou por fazer uma aparição inesperada, pelo menos na cabeça de uma banhista que saudou Rui Rio e lhe contou que ficou preocupada quando viu as notícias do acidente de automóvel. Rio apercebeu-se da confusão e aproveitou para uma daquelas respostas de leitura ambígua: “Eu? Acidentes tenho tido, mas escapo.”

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De facto, o dia não era de Santana, era de Luís Filipe Menezes que se juntou à campanha e foi logo a matar: acusou Pedro Marques de ser um “calhambeque” por oposição a Rangel que é um potente “Ferrari“. E ainda desafiou o PS a convidar António José Seguro (o “desocupado” e “enxuto”) e Vítor Constâncio (o “responsável” pelos problemas da banca).

Na mensagem, Rio e Rangel têm estado em sintonia. Mas o presidente do PSD fez questão de dizer esta quarta-feira que a sua continuidade à frente do PSD não depende do resultado que Rangel conseguir no domingo. Seja qual for o resultado — mesmo que seja um mínimo histórico — Rio fica até às legislativas, pois não seria “sensato” abandonar a liderança do partido. E apontou a Costa: “Não ameaço demitir-me por questões partidárias”.

Rio confundido com Santana não desarma: “Acidentes tenho tido, mas escapo”

Alto. Paulo Rangel tenta sempre dar sentido a cada visita que faz. Se for a uma fábrica de segurança alimentar, explica a razão. Se estiver com pescadores na praia de Mira, explica de que forma pode ajudar a defender a arte xávega em Bruxelas. Vê-se que se prepara sobre os assuntos antes de falar sobre eles.

Baixo. Quando as sondagens não correm bem, há a tendência para culpabilizar a empresa de sondagens ou a comunicação social em geral. Rangel atirou-se à Católica, mas Rio foi mais longe: criticou uma peça televisiva da RTP por alegadamente dar a vitória do PS sem destacar devidamente que se trata de uma sondagem. A afirmação é um atestado de incompetência aos telespectadores/eleitores que, naturalmente, sabem distinguir uma peça sobre uma sondagem do verdadeiro resultado das eleições.

Paulo Rangel caminha sozinho na praia, mas a imagem é a antítese dos últimos dias. Tem tido muito apoio interno: Passos Coelho, Manuela Ferreira Leite, Luís Filipe Menezes e vem aí Francisco Pinto Balsemão já esta quinta-feira na Trindade. E terá Rio todos os dias até ao final da campanha.

A primeira viagem do dia foi entre o Luso e Santa Comba Dão, o que corresponde a 26 quilómetros. Depois mais 15 quilómetros até à fábrica Controlvet. Daí foram mais cinco quilómetros até ao almoço em Tondela. Após o almoço foram mais 105 quilómetros até à empresa Microplásticos, na Figueira da Foz, e mais 50 quilómetros até à praia de Mira. Daí foram mais 23 quilómetros até à Biocant e mais 30 quilómetros até Coimbra, onde foi o jantar. No fim do dia vão ser mais 204 quilómetros até Lisboa. No total são 408 quilómetros que se somam 2688 quilómetros, num total de 3096 quilómetros.

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