788kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

i

PAULO ALEXANDRE COELHO

PAULO ALEXANDRE COELHO

Business4Ocean: Oceanos de oportunidades

Numa parceria entre a EDP e o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Empresarial (BCSD), o Business4Ocean juntou financiamento, sustentabilidade e oceanos num debate sobre o futuro.

A Conferência dos Oceanos está a chegar ao fim, mas ainda há tempo para conclusões. Hoje foi dia de juntar importantes vozes do setor sobre sustentabilidade, financiamento e as oportunidades que o oceano pode criar em mais um side event – O Business4Ocean. Este evento teve lugar, hoje dia 1 de julho, no Convento do Beato e contou com a presença do Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, de Sylvia Earle, reputada bióloga marinha da National Geographic Society, de António Pires de Lima, presidente do BCSD, e de Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP.

“Mais do que nunca, precisamos de acelerar esta transição energética”
Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP

As boas-vindas foram dadas por António Pires de Lima, presidente do BCSD. “As empresas têm feito um longo caminho em direção à sustentabilidade. Hoje, tornaram-se numa parte ativa e fundamental para que um futuro mais sustentável se torne possível. Até mesmo empresas mais pequenas detêm um grande papel neste caminho”, começou por dizer, acrescentando em seguida: “não podemos usar desculpas, mais do que nunca é preciso colocar em prática os objetivos que temos para construir um futuro mais sustentável. É preciso envolver as empresas para que elas nos possam trazer soluções”. Para o presidente do BCSD, a sustentabilidade há muito que se transformou no modus operandi de várias empresas e negócios. Ainda assim, as mudanças não podem ficar por aqui e o caminho a percorrer ainda é longo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Em todo o universo, não há nada como a nossa casa. E a nossa é azul."
Sylvia Earle, bióloga marinha da National Geographic Society

Dado o mote para o resto da tarde, chegou a altura de subir ao palco Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP, com a pergunta: “de que forma é que a energia se liga ao oceano? O oceano é uma vasta fonte de energia. É preciso tirar partido de todo o potencial que o oceano tem para nos oferecer”. É neste sentido que surge o tema da transição energética. “Mais do que nunca, precisamos de acelerar esta transição energética”, afirmou, aproveitando a oportunidade para reforçar os objetivos da EDP neste sentido. De olhos postos na salvação do Planeta, a marca planeia investir 1,5 milhões de euros em projetos renováveis no oceano até ao ano de 2025 e reforçar a sua liderança na transição energética com uma aposta na energia eólica offshore, através da sua participação na Ocean Winds, sempre com a sustentabilidade e o combate às alterações climáticas como foco principal. “Várias vezes somos confrontados com o porquê de termos diferentes tecnologias. A verdade é que o mundo é muito diverso. Em alguns sítios temos muito vento, noutros sol ou terra, e por isso precisamos de apostar naquela que for a melhor tecnologia para cada sítio e utilizar essa tecnologia para produzir energia renovável. E o facto de existir tanta inovação, diferentes tecnologias, significa que hoje em dia temos as capacidades necessárias para produzir essa mesma energia, de modo a aproveitar a diversidade existente e os diferentes ecossistemas”, acrescentou Miguel Stilwell, terminando a sua intervenção com um reforço da missão da EDP nesta viagem: “Como empresa, estamos mais do que comprometidos em tornarmo-nos sustentáveis, construir networks que sejam inteligentes e responder às necessidades dos nossos clientes”.

É preciso pensar nas nossas decisões e perceber de que forma conseguimos reduzir o seu impacto. Precisamos de recorrer à transição energética para salvar o futuro
Ricardo Mourinho Félix, Vice-Presidente do BEI

E antes que o debate final tivesse lugar, foram as palavras de Sylvia Earle, reputada bióloga marinha da National Geographic Society, que encheram a sala. “Em todo o universo, não há nada como a nossa casa. E a nossa é azul. Hoje não é assim tão difícil para os humanos perceberem que não estamos sozinhos. Precisamos de todas as criaturas marinhas, precisamos do oceano. E acima de tudo, precisamos de pensar como é que podemos utilizar a energia, o nosso conhecimento e inteligência, para realmente conseguirmos fazer a diferença. O ambiente é o nosso sistema de apoio”. Para a bióloga, o conhecimento é a chave para o futuro. Assim, conhecer o oceano ainda é uma das maiores lacunas a que assistimos. “Ainda estamos muito aquém no que diz respeito a conhecer e explorar o oceano. Construir mais tecnologia que nos permita realmente conhecê-lo é a nossa grande tarefa”, acrescentou, aproveitando os últimos instantes para deixar o alerta: “precisamos todos de nos unir. Precisamos de lutar pela mudança porque esta pode, realmente, ser a nossa última oportunidade”.

“Ainda é preciso tecnologia que nos permita recolher os dados necessários para percebermos o que podemos mudar e para conseguirmos compreender o que realmente se passa no oceano”
Raquel Gaião Silva, associada na Faber

A call-to-action foi uma constante durante toda a conferência, e o momento do debate não foi exceção. Grzegorz Gorski, COO da Ocean Winds, Ricardo Mourinho Félix, Vice-Presidente do BEI, Raquel Gaião Silva, associada na Faber , e Marco Lambertini, Diretor da WWF, foram as vozes desta troca de ideias, moderada por Camilo Lourenço, analista e fundador de “A cor do dinheiro”. Daqui, a lista de conclusões e coisas a colocar em prática só aumentou. “Ainda é preciso tecnologia que nos permita recolher os dados necessários para percebermos o que podemos mudar e para conseguirmos compreender o que realmente se passa no oceano”, começou por dizer Raquel Gaião Silva. Segundo os oradores, chegámos ao momento em que tudo tem um impacto e o grande objetivo é torná-lo neutro ou até mesmo chegar ao ponto de o conseguir inverter. Para Marco Lambertini “as evidências do impacto das alterações climáticas na natureza são impossíveis de esconder”. Em jeito de complemento, para Ricardo Mourinho Félix, “não dá para pensar nas nossas ações sem pensar nas consequências. É preciso pensar nas nossas decisões e perceber de que forma conseguimos reduzir o seu impacto. Precisamos de recorrer à transição energética para salvar o futuro”. E para que esse mesmo futuro seja possível, o nosso, das nossas crianças e das gerações futuras, “é preciso apostar na transição energética, na sua aceleração, e, ainda, na sua independência. Temos de pensar mais à frente, antecipar o dia de amanhã”, finalizou Grzegorz Gorski.

"as evidências do impacto das alterações climáticas na natureza são impossíveis de esconder”
Marco Lambertini, Diretor da WWF

Uma coisa é certa. O futuro está ao virar da esquina e chegámos ao momento no qual todos os minutos contam. José Maria Costa, Secretário de Estado do Mar aproveitou o encerramento para reforçar a ideia que foi sendo transmitida ao longo da tarde: “É preciso investir mais nesta área. Juntar no mesmo espaço o conhecimento, o financiamento, os investidores, para construir uma aquacultura sustentável. É para aqui que temos de nos virar. Precisamos de nos munir do melhor que temos a nível da tecnologia, da inovação. Associando tudo isto à excelência da investigação. Para o ministro, “a economia Azul sustentável é a economia do conhecimento, da ciência. Temos de convocar o melhor que temos para trabalhar em conjunto e salvar e reabilitar o oceano. Oceano esse que é a nossa casa”.

“é preciso apostar na transição energética, na sua aceleração, e, ainda, na sua independência. Temos de pensar mais à frente, antecipar o dia de amanhã”
Grzegorz Gorski, COO da Ocean Winds
Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora