775kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Carlos Guimarães Pinto considera uma "vitória" a "matriz liberal" crescer noutros partidos
i

Carlos Guimarães Pinto considera uma "vitória" a "matriz liberal" crescer noutros partidos

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Carlos Guimarães Pinto considera uma "vitória" a "matriz liberal" crescer noutros partidos

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Carlos Guimarães Pinto: "Prepotência de Costa tem enfraquecido a democracia"

Em entrevista, Carlos Guimarães Pinto, da IL, denuncia os tiques autoritários de Costa, critica táticas de Santos Silva, lamenta maleabilidade de Marcelo e diz que Ventura não oferece nada ao país.

A Iniciativa Liberal parte para a rentrée política de 2022 enquanto quarta força política, detentora de uma bancada parlamentar com oito deputados, num contexto político em que a direita conta com um novo líder à frente do PSD e em que o PS tem uma maioria absoluta. É na Praia da Rocha, em Portimão, que os liberais dão o primeiro passo para um novo ano político.

Em entrevista ao Observador, Carlos Guimarães Pinto, que deixou a liderança do partido após a primeira eleição para a Assembleia da República e que regressou para ser deputado, considera que a implantação do liberalismo em Portugal é mais importante do que os resultados eleitorais e ambiciona que “outros partidos” possam assumir uma “matriz mais liberal”. Mais do que bons resultados, a IL olharia para essa mudança como uma “vitória do partido”.

Quanto ao novo líder do PSD, o deputado diz que é preciso esperar para ver se a fama de mais liberal do que Rui Rio vai ser espelhada nas propostas do partido. De qualquer modo, Carlos Guimarães Pinto defende que PSD e IL não se anulam. “Não me enquadro nessa visão de que a IL tem de estar à espera que o PSD tenha momentos maus para continuar a crescer.”

Ainda à direita, olha para o Chega como um partido que “não tem nada para oferecer ao país” e que está mais próximo do PCP do que da IL. De resto, nesta entrevista, Guimarães Pinto critica a gestão de Santos Silva nas reprimendas ao Chega por considerar que o presidente da Assembleia da República parece “querer promover” a candidatura a Belém “à conta” do partido de Ventura — aliás Carlos Guimarães Pinto não tem dúvidas que PS e Chega ganham com a polarização de que os socialistas têm sido acusados.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Teremos de ver se Montenegro passa das palavras aos atos”

A IL faz a rentrée esta sexta-feira com um quadro político diferente à esquerda – maioria absoluta do PS, fim definitivo da geringonça – e à direita, com a renovação da liderança do PSD. O espaço da IL é hoje muito mais exíguo?
O espaço da Iniciativa Liberal é aquele que era há um ano. É o espaço de todos os liberais do país e esse espaço, quando muito, alarga ao logo do tempo. Temos um caminho de longo prazo que passa em boa parte por criar liberais, explicar o liberalismo e esse caminho tem sido feito. Não vejo que seja mais exíguo neste momento.

Disse que é importante que o PSD, como maior partido da oposição, seja uma alternativa mais liberal. Com o PSD mais liberal de Luís Montenegro, não existem riscos para a IL?
Para quem põe o país à frente dos interesses eleitorais do partido, ter qualquer partido com um pensamento mais liberal é algo positivo. Era positivo que o PSD fosse mais liberal, como qualquer outro partido por muito distante que seja das nossas ideias.

Mas admite que, se o PSD conseguir essa aproximação ao liberalismo, isso prejudica a IL.
Pela forma como vejo os objetivos da IL, que é tornar o país mais liberal, os resultados eleitorais são apenas uma componente desse sucesso. A outra componente é ver outros partidos a aproximarem-se das nossas ideias. Ter outros partidos a assumir uma matriz mais liberal é, independentemente dos resultados eleitorais, uma vitória do partido.

Isso quer dizer que abdicaria de um bom resultado eleitoral em prol de um Portugal mais liberal.
Evidentemente que sim, claro.

Portanto, o novo presidente do PSD não é uma ameaça para a IL.
Sou fortemente contra a ideia de que a IL deve crescer à custa do mal do PSD. Para o país mudar é preciso termos um PSD forte, uma IL forte. Neste momento, a principal responsabilidade pelo estado em que o país está é do PS e para o PS um dia sair do poder e haver uma alternativa decente é preciso termos um PSD forte e uma IL forte. Não me enquadro nessa visão de que a IL tem de estar à espera que o PSD tenha momentos maus para continuar a crescer. O PSD tem uma área política que é sua e deve tentar fazê-la crescer. Se conseguir fazer crescer à custa do PS é positivo para o país. A IL também tem a sua área política e tem de a fazer crescer.

Isso significa que com Luís Montenegro está aberta uma porta maior para mais entendimentos entre PSD e IL.
Entendimentos para uma alternativa ao PS estiveram sempre abertos. É algo natural nas circunstâncias em que o país está.

Mas Rui Rio colocava-se mais ao centro. Nota que existe mais espaço com Luís Montenegro para negociações à direita?
Não gosto muito da visão unidimensional esquerda-direita-centro. Acho que Rui Rio se colocava mais próximo do pensamento económico socialista. Teremos de ver se Luís Montenegro passa das palavras aos atos. Quero acreditar que algumas das pessoas de que se rodeou poderão estar mais próximas economicamente da IL. Mas temos de esperar para ver.

"É mais provável uma coligação de ideias entre o Chega e o PCP do que entre o Chega e a IL"

“Chega? Dá-se demasiada importância a quem não tem nada para oferecer ao país”

A direita pode ganhar espaço e apresentar-se como uma alternativa à maioria absoluta do PS sem contar com o Chega?
Para mim é evidente que há um espaço político onde se enquadram o PSD e a IL que tem espaço para crescer e ser uma alternativa. O PSD já teve maiorias absolutas sozinho. Não vejo isso como uma impossibilidade.

Sempre excluindo o Chega.
Não vou continuar a responder a esse tipo de perguntas que já foram respondidas tantas vezes tanto por mim como pelo João Cotrim Figueiredo. Mais uma vez: acho que se dá demasiada importância a quem não tem nada para oferecer ao país.

João Cotrim Figueiredo, numa entrevista ao Observador, excluiu a possibilidade de um acordo escrito com o Chega, mas deixou em aberto um cenário parecido com o dos Açores. Considera que uma geringonça de direita seria aceitável se isso permitisse tirar o PS do poder?
Repito: dá-se demasiada importância a quem não tem nada para oferecer ao país. Olhe para as propostas que foram apresentadas no último Orçamento do Estado e veja que é mais provável uma coligação de ideias entre o Chega e o PCP do que entre o Chega e a IL.

O Chega foi o único partido que não viu nenhuma proposta de alteração ao Orçamento do Estado aprovada. Percebe este cordão sanitário que André Ventura diz que se faz ao partido?Repito: dá-se demasiada importância a quem não tem nenhuma ideia nenhuma para o país.

"Marcelo Rebelo de Sousa e o António Costa têm uma coisa em comum: gostam de estar sempre do lado em que acham que a opinião pública está"

“Marcelo procura estar do lado para onde o vento sopra”

O Presidente da República tem sido uma tábua de salvação de Costa?
Marcelo Rebelo de Sousa tem sido um bom aliado do Governo até agora.

No caso da Endesa, por exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa ficou ao lado de António Costa. Este posicionamento deu força ao primeiro-ministro?
Marcelo Rebelo de Sousa e o António Costa têm uma coisa em comum: gostam de estar sempre do lado em que acham que a opinião pública está.

E isso significa que?
Isso justifica a posição de Marcelo Rebelo de Sousa. Se amanhã o Governo disser algo e passado um dia se vier a provar que isso é impopular, acho que Marcelo Rebelo de Sousa se vai colocar do lado oposto. Acho que não existe nenhuma estratégia. Ambos procuram estar do lado para onde o vento sopra e quando sentem que o vento sopra para o mesmo lado, acabam por estar do mesmo lado.

Marcelo Rebelo de Sousa, numa entrevista à CNN, disse que “os líderes de direita em vez de se colarem à popularidade do Presidente da República “descolaram ostensivamente”. A direita está a deixar escapar uma oportunidade de capitalizar um Presidente do seu espetro político?
O PSD e o CDS apoiaram Marcelo Rebelo de Sousa. Não vejo do que se possa estar a queixar o Presidente.

Nas próximas eleições vê possibilidade de haver uma escolha alinhada à direita? Ou entre PSD e IL e o CDS, excluindo o Chega?
Não vejo como algo estrategicamente apropriado a IL apoiar o mesmo candidato presidencial que o PSD. Numa eleição desse tipo, em que há duas voltas e em que não há nada estrategicamente importante em ir coligado. Numa segunda volta ver-se-á, poderá a IL apoiar o candidato apoiado pela PSD ou vice-versa. Nunca se sabe que candidato é que passará à segunda volta numas próximas presidenciais.

Portanto, Aa IL deve apresentar um candidato próprio numa primeira volta-
Deve apresentar um candidato próprio e, com as circunstâncias certas e o candidato certo, não excluo a possibilidade de o candidato da IL passar à segunda volta. Seria um erro a IL não apresentar um candidato próprio.

Repetir o candidato Tiago Mayan Gonçalves seria uma possibilidade?
É demasiado cedo para começar a atirar nomes. O Tiago Mayan Gonçalves foi um bom ativo que se criou nessa campanha, muitas pessoas vieram por causa dele e toda a gente viu a evolução e a prova que o partido é capaz de criar bons candidatos. Mas o partido cresceu muito entretanto e nem sei quais são os planos do Tiago.

"A IL deve apresentar um candidato próprio às Presidenciais e, com as circunstâncias certas e o candidato certo, não excluo a possibilidade de passar à segunda volta"

“Há um jogo em que ganham Santos Silva e ganha o Chega”

Considera que Santos Silva está a posicionar-se como candidato a Belém?
Tenho a certeza que sim, que se está a posicionar. E está a posicionar-se de uma forma que vai contra as ideias que defende. Todos aqueles comentários que faz na Assembleia da República… Acho que Santos Silva ao querer posicionar-se como candidato à Presidência da República com esse tipo de intervenções contra o racismo e xenofobia — que poderiam ser feitas pelos mais de 200 deputados que ali estão — está a desviar a atenção do mais importante. Espero que no futuro permita que sejam outros deputados a passar essa mensagem. Se a prioridade não for passar essa mensagem mas ser visto como sendo ele a passá-la, vamos continuar a ter muitas destas cenas pelo simples motivo de que parece querer promover uma candidatura presidencial à conta disso.

O presidente da Assembleia da República para chegar a essa corrida eleitoral com mais força?
Acho que há um jogo em que ganha ele e ganha o Chega. Não vou alimentar mais esse jogo.

O PS tem sido acusado de querer polarizar com o Chega como uma forma de se manter como a única alternativa. Augusto Santos Silva está a cavalgar essa ideia?
É um jogo que interessa ao PS e ao Chega e isso viu-se nas últimas legislativas. Esse jogo deu uma maioria absoluta ao PS e um crescimento grande ao Chega. Ajuda os dois: o PS não se importa que a mensagem do Chega chegue mais longe porque consegue a maioria absoluta; o Chega não se importa de ser visto desta forma. Acho que o PS está perfeitamente consciente de que aquilo que está a fazer a promover o Chega. E tem tido sucesso com isso. Um Governo que estava completamente deteriorado, cheio de casos, a cair por todo o lado, conseguiu ter uma maioria absoluta porque houve uma faixa do eleitorado que teve receio que a alternativa ao PS fosse uma coligação com o Chega.

"Se a prioridade de Santos Silva não for passar a mensagem contra o racismo e xenofobia mas ser visto como sendo ele a passá-la, vamos continuar a ter muitas destas cenas pelo simples motivo de que parece querer promover uma candidatura presidencial à conta disso"

“Taxa sobre lucros extraordinários é algo ridículo”

Olhando para o futuro. A IL é muitas vezes acusada de manter o foco nas questões económicas, nomeadamente nos impostos. Com o crescimento da bancada, o partido admitiu tornar-se mais abrangente —  na altura falou em investimentos mais fortes nas áreas de Ambiente e Energia, áreas internacionais e tecnologia e transição digital. A estratégia para a próxima sessão legislativa está definida?
As bandeiras estão no programa eleitoral e aquilo que vai ser a nossa ação política é focada naquilo que são os problemas do país. Portugal tem um problema de estagnação económica, tem um problema de um esforço fiscal bastante elevado que impede a atração de investimento e isso continuará a ser um tema recorrente. O que não implica que não haja outros temas que discutiremos ao longo do tempo.

Que outros temas estão na agenda do partido?
A questão da saúde, de reconfiguração do sistema universal de saúde, esse continuará a ser um tema importante. Obviamente que temos uma bancada maior, permite uma especialização maior.

O partido vai continuar a insistir na taxa única do IRS, que foi uma das maiores bandeiras destes últimos meses?
Essa é uma bandeira acima de tudo simbólica porque a discussão que queremos trazer para a opinião pública é da elevada carga fiscal sobre o trabalho. Se amanhã nos dissessem que podemos ter duas taxas nós celebraríamos essa possibilidade. Se nos tivessem aprovado a diminuição das taxas de IRS nos escalões mais baixos seria uma vitória. O que queremos trazer para a opinião pública é a elevada carga fiscal sobre o trabalho. Nenhuma pessoa que entenda a mobilidade social como um objetivo pode entender a carga fiscal sobre o trabalho que temos hoje. O que estamos a fazer é punir a mobilidade social.

Ainda na questão fiscal, o Governo não afasta a possibilidade de uma taxa sobre lucros excessivos. Concorda que, nestes tempos excecionais, devem ser tomadas medidas ou deve deixar-se o mercado funcionar?
O Governo não deve avançar essa medida porque quando fizer as contas a quanto é que obtém de lucros excessivos vai perceber que aquilo é praticamente nada. É algo ridículo porque depois também justifica o oposto: se amanhã o preço do petróleo cair vamos subsidiar quem tem prejuízos ou com lucros abaixo do esperado? Estamos num país que não tem acesso aos mecanismos que criaram esses lucros, não temos poços de petróleo, não temos exploração de petróleo. Até nessa perspetiva faz pouco sentido. E mesmo que houvesse lucros excessivos nós já temos uma das taxas de IRC mais baixas da OCDE. Esses lucros extraordinários já são taxados a uma das maiores taxas de IRC. Não é como se não fossem taxados.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu “responsabilidade social” às empresas que têm a vindo a ter proveitos extraordinários e fez um paralelo: se são aumentados os impostos para as empresas, devem baixar-se os impostos ou tomar medidas sociais sobre os setores mais desfavorecidos. Esta sugestão encaixaria na ideia da IL?
Nós já temos o IRC mais alto da OCDE. Os lucros das empresas, extraordinários ou não, já são taxados à taxa de IRC mais alta. E este é um dos motivos pelos quais temos uma coleta de IRC relativamente baixa, porque só as empresas que dependem do mercado interno é que vão ficando por aqui. Se queremos atrair mais capital estrangeiro, para criar mais e melhores empregos, para pagar melhores salários, não podemos estar a pensar em formas de estrangular ainda mais as empresas.

"O Governo não deve avançar com taxa contra lucros excessivos. É algo ridículo porque depois também justifica o oposto: se amanhã o preço do petróleo cair vamos subsidiar quem tem prejuízos ou com lucros abaixo do esperado?"

“A prepotência do PS tem enfraquecido a democracia”

No caso da Endesa, a IL acusou o Governo de abuso de poder, de “prepotência e propaganda” pelo despacho apresentado por António Costa. No Parlamento tem-se queixado de falta de respostas e culpa a maioria absoluta. A atitude de António Costa mudou após os resultados eleitorais?
A prepotência do PS tem enfraquecido a democracia em Portugal, é uma ameaça séria às instituições democráticas em Portugal. No caso da Endesa, tudo aquilo que o PS tinha de fazer naquela altura era desmentir o CEO e não ameaçar que a Administração Pública vai romper contratos. O Governo quer colocar-se já como o grande adversário das energéticas para se posicionar bem perante a opinião pública. Mas um país democrático tem instituições, reguladores, justiça, que devem fazer o seu papel. Não pode o Governo sobrepor-se à ação dos reguladores e da justiça e punir com a máquina da Administração Pública quem tem opiniões discordantes.

E no debate partidário? António Costa tem mudado a forma de agir agora que é maioritário?
Isso vê-se nos debates e o caso mais exemplar foi há dias, quando num debate com o primeiro-ministro havia pedidos de esclarecimento e o primeiro-ministro quis responder em bloco. Houve 17 pedidos de esclarecimento e ele não respondeu a absolutamente nenhum. Isto é uma falta tremenda de respeito pela Assembleia da República e pela própria democracia. A forma prepotente como António Costa tem tratado a Assembleia da República enfraquece a democracia em Portugal.

Perguntas (e muitas) sem resposta, um insulto e o regresso do passismo. O estado da Nação em versão de bolso

Assine a partir de 0,10€/ dia

Nesta Páscoa, torne-se assinante e poupe 42€.

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine a partir
de 0,10€ /dia

Nesta Páscoa, torne-se
assinante e poupe 42€.

Assinar agora