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"Para nós, não é uma questão de quantidade mas da qualidade das escolhas que colocamos no streaming. Temos de ter a certeza que incluímos as coisas certas", diz Christina Sulebakk
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"Para nós, não é uma questão de quantidade mas da qualidade das escolhas que colocamos no streaming. Temos de ter a certeza que incluímos as coisas certas", diz Christina Sulebakk

MICHAEL LANGHOFF

"Para nós, não é uma questão de quantidade mas da qualidade das escolhas que colocamos no streaming. Temos de ter a certeza que incluímos as coisas certas", diz Christina Sulebakk

MICHAEL LANGHOFF

Christina Sulebakk, da HBO Max: “Estamos empenhados em produzir em Portugal, queremos ter conteúdo português”

A HBO Portugal transforma-se em Max esta terça-feira, dia 8: com novos conteúdos, uma plataforma diferente e novos preços. Christina Sulebakk, responsável pela plataforma na Europa, fala das mudanças.

8 de março de 2022: muda o visual, a navegação fica mais intuitiva e organizada, juntam-se novos conteúdos e um arquivo precioso da Warner Bros. — do clássico “Casablanca” a séries mais recentes, como “A Teoria do Big Bang”, tudo o que tem este selo estará na plataforma. Deixamos de ter HBO Portugal e passamos a HBO Max. Os utilizadores já existentes terão apenas de aceitar migrar para o renovado streaming, passando assim a ter acesso ao catálogo que está em vigor noutros mercados europeus, como o espanhol ou o nórdico.

A mensalidade passa de 4,99€ para 3,99€ para quem já é cliente e a promoção mantém-se para sempre. Quem ainda não tem o serviço, mas quiser subscrevê-lo até ao final de março, terá direito aos mesmos valores. A partir daí, o serviço custará 5,99€.

Aos conteúdos existentes e já clássicos (“Os Sopranos”, “Irmãos de Armas”, “O Sexo e a Cidade”, “A Guerra dos Tronos”) vão passar a fazer companhia filmes da Warner Bros., disponíveis 45 dias após a estreia nos cinemas portugueses. Lá mais para o final do ano há-de chegar a aguardada prequela de “A Guerra dos Tronos”, “House of the Dragon”.

Além disso, a HBO Max está a preparar conteúdos portugueses, desenvolvidos e produzidos localmente. Embora ainda não conheçamos detalhes sobre o que se pode esperar, Christina Sulebakk, general manager da HBO Max EMEA, falou com o Observador sobre essas novidades e as principais mudanças do serviço de streaming.

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[a recente adaptação de “Duna” é um dos conteúdos que vai estar disponível a partir desta terça-feira, dia 8:]

Depois do lançamento nos EUA e na América Latina, a HBO chegou à Europa mas não a todos os países ao mesmo tempo. Porquê?
Estamos a fazê-lo por fases na Europa porque, até agora, os nossos conteúdos funcionavam em duas plataformas distintas. Uma estava ligada às plataformas de Portugal e Europa Central, a outra a Espanha e aos países nórdicos. Primeiro lançamos nos EUA em maio de 2019, depois na América Latina em junho do ano passado. Depois veio Espanha e os países nórdicos, que são, em termos de legado, os mercados mais antigos que temos. O que dissemos foi que queríamos comprometer-nos com os mercados nos quais já estamos, portanto Portugal e Europa Central chegam agora e depois seguiremos para outros mercados. É a mesma equipa a fazer todos estes lançamentos em 39 mercados. É complexo porque requer funcionalidades, opções, métodos de pagamento de cada mercado. Queremos que seja perfeito, por isso será por etapas para que nada falhe.

Mudou-se para Nova Iorque para agilizar esta globalização durante a pandemia. Foi uma experiência surreal, não?
Foi bastante surreal a nível pessoal. Nenhum de nós esperava uma coisa destas, parecia um livro assustador. Tínhamos acabado de lançar [a HBO Max] nos EUA em maio de 2019. A Ásia foi a primeira mas [nesse momento] a Europa estava na linha da frente da pandemia e os EUA vieram um bocadinho depois. Quando me mudei para Nova Iorque para ajudar no lançamento da América Latina ninguém falava da pandemia nos EUA. De repente, muda tudo: a forma como fazemos negócios, como trabalhamos em equipa, o distanciamento entre pessoas e o que isso condiciona num lançamento. Foi terrível mas também nos ensinou muita coisa. Agora que começamos a ver a luz, que começamos a olhar para o futuro de forma diferente, temos outra catástrofe. Parece muito injusto, depois de passarmos por uma longa onda de miséria. Toda a gente está exausta e quer olhar para a primavera, para novos começos, e depois acontece isto [refere-se à invasão da Ucrânia por parte da Rússia]. Estamos no entretenimento, fazemos o nosso trabalho para levar às pessoas entretenimento e histórias que interessam, mas é muito difícil quando o mundo está a lutar contra o bem-estar das pessoas. Damos o nosso melhor para chegar às pessoas e uni-las mesmo com as suas diferenças.

"Estamos empenhados em produzir em Portugal, queremos ter conteúdo português. Temos produzido em Espanha e nos países nórdicos e em Portugal ainda não. Espero que em breve possa haver essa comunicação. Posso dizer que Portugal é um ótimo local por uma data de motivos."

O catálogo da HBO Max será consistente em toda a Europa mas têm muito cuidado com as especificidades de cada mercado. Quais são as grandes diferenças?
Se olharmos para a parte tecnológica primeiro, pode estar relacionado com os tipos de letra, o alfabeto pode ser diferente, a pesquisa pode ser diferente. Além disso, em alguns mercados, como Espanha, tudo tem de ser dobrado. Noutros mercados há muito consumo anglo-saxónico. Agora vamos lançar na Holanda e lá os métodos de pagamento são muito diferentes, têm um sistema chamado iDeal que mais de 70% da população usa. Portanto, se não nos adaptarmos, não tornarmos o nosso produto local, não teremos sucesso. E o mais importante é o conteúdo. Na Holanda, nos países nórdicos e em Portugal podemos ter muita coisa em inglês. Noutros mercados tem de ser mais localizado. Neste momento estamos a entrar na Turquia e estamos muito atentos ao que ressoa nos espectadores locais. De forma geral, há uma semelhança  em todos mercados, temos um bom entendimento de como consumir streaming, porque é o público que atraímos. Não se importam de pagar por um produto especializado de qualidade e sem publicidade.

Têm escritórios em cada mercado para gerir o serviço localmente?
Não temos um escritório europeu. Eu, por exemplo, estou em Copenhaga [Christina Sulebakk é dinamarquesa] e nem é um dos nossos maiores mercados. Dizemos sempre que somos uma empresa global que pensa de forma local, isso é muito importante para nós. Estou na empresa há dez anos e sempre decidimos não ter um escritório europeu, acreditamos que temos de ter pessoas em cada mercado, nas áreas de comunicação, marketing e vendas, mas também na curadoria de conteúdos e no planeamento. É muito importante que as pessoas em Portugal saibam o que interessa ao público local e isso é talhado para as suas necessidades. Tenho a certeza de que em Portugal têm a noção de que algo que vem do Brasil não é de Portugal.

Os novos capítulos da saga "Batman" e "Matrix" estarão em breve disponíveis no catálogo da HBO Max

Quem é o típico espectador português?
Diria que são muito anglo-saxónicos. Gostam das séries que chegam dos EUA, dos conteúdos da Warner Bros.. Temos o “Batman” a chegar, “Duna” e “Matrix Ressurrections” já estarão no catálogo. O espectador comum está um pouco mais nas cidades, há muitos estudantes, jovens adultos, casais com filhos. A faixa etária situa-se entre os 18 e os 40. Mas é interessante porque é composta igualmente por homens e mulheres — muita gente acha que as tecnologias são mais para os homens, mas não é nada disso. As pessoas também acham que as mulheres têm preferência por um tipo de programas e os homens por outro tipo, o que não é verdade. Se olharmos para “Banshee”, que é um programa algo violento, há muitas mulheres que gostam. “Girls” era visto tanto por homens como mulheres. É interessante termos o estereótipo de que as mulheres veem programas como “Gossip Girl” e “O Sexo e a Cidade”, mas os mesmos também são vistos pelos homens.

Em relação a conteúdo português, o que têm planeado?
Infelizmente não posso ainda partilhar. Estamos empenhados em produzir em Portugal, queremos ter conteúdo português. Temos produzido em Espanha e nos países nórdicos e em Portugal ainda não. Espero que em breve possa haver essa comunicação. Posso dizer que Portugal é um ótimo local por uma data de motivos. Sou uma grande fã de Portugal. Estive aí no lançamento [da HBO Portugal]. A minha família apaixonou-se por Lisboa, Cascais e Sintra. Visitámos Portugal três vezes em meio ano. É um ótimo cenário para qualquer produção. Também têm ótimos talentos, à frente e atrás da câmara. Quando produzimos também queremos ser locais. O que quer que seja produzido em Portugal será transmitido no resto do mundo, mas não estamos logo a pensar nessa obrigatoriedade. Será um conteúdo português.

"Os projetos que viajam bem são as histórias que interessam. Há uma tendência para histórias de crime, sobretudo o noir nórdico, como “Borgen”, “The Killing” ou “Bron”. Foram muito populares em todo o mundo porque crime e thriller têm mais tendência de viajar. As comédias são mais difíceis porque têm um estilo e um sabor locais."

Como é que os conteúdos europeus são recebidos no resto do mundo? Há algum padrão?
Pode haver surpresas. A Netflix tem alguns desses exemplos que saíram da Coreia e de Espanha. Diria que os projetos que viajam bem são as histórias que interessam. Há uma tendência para histórias de crime, sobretudo o noir nórdico, como “Borgen”, “The Killing” ou “Bron”. Foram muito populares em todo o mundo porque crime e thriller têm mais tendência de viajar. As comédias são mais difíceis porque têm um estilo e um sabor locais.

Também é difícil traduzir certas piadas, não?
Sim, é. Há uma narrativa especial. Nem as comédias americanas viajam muito bem para a Europa, é uma coisa de nicho. O humor é muito diferente de país para país. Diria que crime e true crime são muito populares, são os que se destacam. Os formatos de não ficção, como reality shows e concursos, são puramente locais. Agora teremos “FBOY Island”, dos criadores de “The Bachelor”. Pode funcionar porque vem dos EUA mas se fosse da Suécia para Portugal não funcionaria porque os estilos são muito diferentes.

A HBO Max vai chegar a novos mercados ainda este ano. De que números estamos a falar?
No dia 8 o lançamento acontece em 15 países e já estamos noutros seis na Europa. Mais tarde este ano vamos lançar na Grécia, Turquia, Islândia. Vamos acrescentar sete marcados. Para o ano vamos avançar na Europa, mas ainda não anunciamos nada. Estamos a olhar para o sudeste asiático. O nosso CEO, Jason Kilar, disse que queríamos estar em 190 mercados até 2026. Estamos nos EUA, em 30 na América Latina, na Europa serão 28. Até aos 190 temos um longo caminho. Estaremos muito atarefados nos próximos anos.

"House of the Dragon", spin of da "Guerra dos Tronos", e a "Teoria do Bing Bang" são títulos de séries a caminho da plataforma

Quando os portugueses abrirem a HBO Max a 8 de março quais serão as grandes novidades?
Quando forem ao serviço no dia 8, esperemos que de manhã, verão que há uma nova app para descarregar. Vão migrar para a HBO Max e é um processo muito simples, é só aceitar migrar da HBO Portugal para a HBO Max. Vamos oferecer um desconto. O nosso preço para novos utilizadores no futuro vai subir um euro, mas agora decidimos que todos os nossos clientes existentes vão ter uma oferta para a vida de 3,99€. Temos também uma relação com a Vodafone em Portugal, que vai continuar. Teremos uma oferta até ao fim do mês. Mesmo que os preços aumentem, o preço será sempre o mesmo.

E as mudanças nos conteúdos?
Já têm um catálogo muito bom. Há conteúdos da HBO Originals, da HBO Max, conteúdos para crianças e vamos acrescentar mais. Todo o catálogo DC, estreias 45 dias depois das estreias dos filmes da Warner Bros. Com a Warner Brothers vamos ter um catálogo mais aprofundado. Emociono-me sempre quando vejo conteúdos como “Casablanca” e “E Tudo o Vento Levou” serem acrescentados. Tudo isso até chegar a “Friends”, “A Teoria do Big Bang”. Não contamos um a um mas estamos a falar de milhares de horas de conteúdos da Warner Bros. que estarão disponíveis. Para nós, não é uma questão de quantidade mas da qualidade das escolhas que colocamos no streaming. Temos de ter a certeza que incluímos as coisas certas.

Para não se prolongar o zapping sem se escolher nada?
Exatamente. Vamos ter um novo interface. O nosso novo sistema de navegação será muito mais personalizado do que antes e mais intuitivo. Teremos cinco categorias que organizam os conteúdos: Max Originals, Max, Warner Brothers, DC, Cartoon Network. Será mais segmentado para que seja mais fácil descobrir conteúdos.

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