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Na série, Clarice é interpretada por Rebecca Breeds e a ação passa-se alguns anos depois dos acontecimentos de "O Silêncio dos Inocentes"
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Na série, Clarice é interpretada por Rebecca Breeds e a ação passa-se alguns anos depois dos acontecimentos de "O Silêncio dos Inocentes"

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Na série, Clarice é interpretada por Rebecca Breeds e a ação passa-se alguns anos depois dos acontecimentos de "O Silêncio dos Inocentes"

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Como um antigo agente do FBI ajudou "Clarice" a seguir em frente na TV depois de "O Silêncio dos Inocentes"

Em entrevista, Scott Garriola, ex-membro da agência americana, explica o trabalho de consultor que que faz na série "Clarice", que se estreia dia 19 na FOX Crime.

O que aconteceu depois de “O Silêncio dos Inocentes”? Não, não estamos a pensar nos filmes que vieram a seguir, mas nisto: o que aconteceu a Clarice Starling, a agente do FBI que é uma das trotagonistas do livro de Thomas Harris, transformado em filme por Jonathan Demme em 1991? “Clarice” é a resposta, a nova série do FOX Crime que estreia segunda-feira, pelas 22:15. O impacto é imediato, a série quer transportar o espectador para a mente da personagem, não para a sua relação com Hannibal Lecter, mas com Buffalo Bill, o assassino em série e a resolução do caso. Que futuro há para Clarice no FBI? É isto que vamos descobrir.

Clarice é interpretada por Rebecca Breeds, que desempenha a personagem num misto de Jodie Foster e Reese Witherspoon (especialmente a de “The Morning Show”). A história desenrola-se em 1993, um anos após os eventos de “O Silêncio dos Inocentes”, e o charme de “Clarice” está em tentar perceber como uma agente esta encaixa no mundo real, num FBI que não está habituado às ciências do comportamento.

Foi a propósito desta estreia que estivemos à conversa com Scott Garriola, ex-agente do FBI, que esteve no ativo durante a década de 1990 e que é consultor em “Clarice”. Em trinta anos na agência governamental, Garriola perseguiu todo o tipo de criminosos e esteve envolvido em alguns casos marcantes. Agora, dedica-se a ajudar a tornar as séries de entretenimento mais próximas da realidade. O quanto possível, como nos explicou via Zoom.

[o trailer de “Clarice”:]

Quando faço uma busca pelo seu nome, aparecem-me sempre notícias em volta de um caso, com uma fotografia sua a algemar um indivíduo com uma camisa branca. Foi o caso mais popular em que esteve envolvido?
É um caso que teve muita imprensa. Bem… há um outro nos 1990s, em que estive envolvido, o do Chippendales — o clube de strip masculino em Los Angeles –, que, por alguma razão, está a ter uma nova onda de interesse. Foi um caso de homicídio contratado, um dos sócios do Chippendales foi assassinado. Já fiz dois podcasts, um documentário para o ID [Investigation Discovery] e há pelo menos mais dois documentários a serem feitos sobre o tema. Talvez daqui a vinte anos o caso de Whitey Bulger [o que é referido na pergunta, famoso chefe do crime organizado na área de Boston, Massachussets] tenha um ressurgimento deste género. O caso do Whitey foi aquele que teve atenção mundial, mas por alguma razão o do Chippendales, que aconteceu há trinta anos, é um assunto do momento.

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Desconfia porquê?
Não faço ideia. Estou perplexo. Até há um podcast recente, “Welcome To Your Fantasy”, em oito partes, sobre ele. Como normalmente acontece, quando alguém tem uma boa ideia, outras pessoas pensam: “aquilo é uma boa ideia, talvez devêssemos fazer algo sobre isso”. E há anos que se fala em fazer um filme – há algum tempo que não tenho notícias sobre isso. É uma grande história de investigação, aconteceu entre 1991 e 1996, com muitos altos e baixos e reviravoltas. Penso que será essa a razão. Com o FBI é preciso receber autorização para dar qualquer entrevista aos média, e depois da prisão [de Somen Banerjee] em 1994, participei em muitos programas de investigação televisivos, documentários, programas do género. Há muito material disponível. Não percebo porque ficou tão popular de repente.

É o clássico caso de FBI que merece atenção.
Sim, envolve um assassinato. Fomos além-fronteiras, até Zurique, até Roma, para sustentar o caso. Há intriga internacional, esse tipo de coisas. É o tipo de história que agrada a Hollywood.

Quando é que terminou a sua carreira no FBI?
30 de setembro 2019. Somos forçados a isso aos 57. Tinha 31 anos de carreira. Na realidade, já estava em extensão de contrato. Podemos fazer isso a partir dos 57, até aos 60, mas é preciso fazer um ano de cada vez. Estava no final do meu ano de extensão de contrato quando estas oportunidades para ser consultor do FBI para televisão surgiram.

"Tenho muitas reuniões com a produção, sobre indumentária, como vestíamos os fatos, dou muitas dicas sobre acessórios, que tipo de armas, coldres, coletes à prova de bola. Ou mesmo os documentos do FBI, os tipos de transporte que usávamos."

Era algo que tinha em mente?
Não, não fazia qualquer ideia. Estava no final da minha primeira extensão, estava à procura de trabalhos, como segurança, detetive privado, já tinha feito o exame e tudo. Ao fim da primeira extensão, é preciso fazer uma nova candidatura e… quando chegamos aos 60, chegamos aos 60, não podemos ir além disso. Não queria ter 59 anos e sentir-me encostado à parede, que tipo de trabalho iria fazer? Não estava interessado em passar por isso. Estava à procura de algo fora da caixa. Não queria ir trabalhar para uma empresa de energia ou uma companhia de água, algo assim, nem queria ser um detetive privado. Depois de trabalhar em casos, durante trinta anos, não queria estar a seguir pessoas por causa de acidentes de viação ou traições. Não queria fazer algo mundano. Tinha a licença de detetive privado, mas era algo para ter em carteira. Queria algo diferente, que me mantivesse interessado.

E é assim que chega a “Clarice”. Qual é o seu papel?
Falo com os argumentistas. Eles têm uma ideia para uma história e telefonam-me,  perguntam-me como é que isto aconteceria em 1993. Eu trabalhava no FBI na altura e estava envolvido num grande caso. Além disso, tenho muitas reuniões com a produção, sobre indumentária, como vestíamos os fatos, dou muitas dicas sobre acessórios, que tipo de armas, coldres, coletes à prova de bola. Ou mesmo os documentos do FBI, os tipos de transporte que usávamos. Faço muito trabalho com a arte. Também contacto autoridades locais das cidades onde se passa a ação, para saber detalhes sobre o que vestiam, que carros usavam, para ajudar à maior autenticidade possível. Leio o argumento e digo coisas como: não usamos a expressão “Internal Affairs” [algo como “Assuntos Internos”], usamos “OPR”. Isso é o nosso “Internal Affairs”, “Office Of Profissional Responsability”. Ou “ele não faria isso, não agiria assim, ele não poderia bater em alguém assim, senão seria suspenso”. São esse tipo de coisas… Obviamente que os argumentistas têm a sua experiência de verem coisas na televisão e a forma como a polícia é representada, mas há uma grande distância entre televisão e realidade. Eu tento aproximar os argumentistas em direção ao meio: vês isso na televisão, mas não fazemos isso na realidade. Não dizemos coisas como “tem o direito de se manter calado”, mal algemamos alguém. Só se vê isso na televisão. Tento aproximá-los do meio, não tanto para o meu lado, porque eu sei como é a realidade: um teste de ADN demora muito tempo, ou conseguir registos de chamadas.

Falou de “Internal Affairs” e isso recordou-me um episódio recente de “Line Of Duty” [série policial britânica disponível na Netflix], em que usam um termo, “CHIS”, muitas vezes num episódio. Nunca se percebe ao que se estão a referir ou o que significa. No final do episódio, o anunciante da BBC teve de explicar o significado da expressão [risos]. Falou da importância de ser real, mas não é um assunto delicado para si, como ex-agente do FBI?
Da parte que interessa ao FBI, o principal problema é falar de técnicas de investigação mais sensíveis. Tudo o que fiz nos casos de Chippendale ou Whitey Bulger está descrito em documentos judiciais. As equipas de produção podem requisitar isso e acedem a todos esses documentos. “Clarice” acontece há trinta anos. Tudo o que fizemos nessa altura e que poderia ser um assunto sensível, já foi arquivado. Todas as técnicas são antigas, já não as usamos. Os equipamentos de gravação, que tinham o tamanho de um iPhone, desapareceram, ou os equipamentos de localização. São coisas mais históricas, acho que ninguém estaria preocupado em contar a realidade de 1993 no mundo moderno. É como ver um filme de época.

"Como ferramenta de recruta, “O Silêncio dos Inocentes” foi maravilhoso para o FBI. teve muito impacto para quem entrou na agência nos 1990s. Sobretudo para as mulheres"

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Uma vez que era um agente ativo nos anos 1990, gostava de ter a sua perceção sobre se “O Silêncio dos Inocentes” mudou a forma como a maioria da população olhava para o FBI?
A unidade em que a Clarice trabalha chamava-se ciências do comportamento. Na altura, creio que isso teve um impacto numa geração de agentes mais novos que chegaram ao FBI. Eles olhavam para essa unidade do FBI como um grupo de pessoas que iam para o campo e localizavam os assassinos em série. Mas é muito distante da realidade. Como ferramenta de recruta, “O Silêncio dos Inocentes” foi maravilhoso para o FBI. Entrei no FBI no final dos anos 1980, cresci em Nova Iorque e lembro-me de ver os G-Men [calão para agentes governamentais] com o casaco do FBI e as letras amarelas a prenderem mafiosos. Esse é o tipo de coisas de que me lembro. Penso que o filme teve muito impacto para quem entrou na agência nos 1990s. Sobretudo para as mulheres. O FBI contratou a primeira agente mulher em 1973, se não estou erro, depois do Hoover morrer. Sei que quando comecei, menos de 10% dos agentes eram mulheres. Atualmente, esse número está nos 20%. O retrato de uma agente, como a Clarice, forte, capaz de apanhar um assassino em série, teve um grande impacto nessa geração de agentes. Ao longo dos 1990s houve mais mulheres a entrar no FBI.

Nos episódios que vi – e isto também acontece no filme – a Clarice é muitas vezes vista de soslaio. Era um hábito os agentes mais velhos serem tão duros com os novos?
Sim. Entrei em 1988 e alguns dos agentes mais velhos foram treinados pelo Hoover. Era uma geração com alguns ensinamentos enraizados: não envergonhes o FBI. O que quer que faças, não sejas causa de vergonha. Senão, ainda acabas a carreira em Omaha, ou no Alasca. Chamavam-nos FUFOS, que basicamente significa “Fucked Up First Office Agents”. És um agente recém-chegado, fazes parelha com um mais velho, que te trata muito mal e é esperado que faças todo o trabalho aborrecido: ouvires as escutas, durante o tempo que for preciso, apanhar-lhes café, tirar as notas durante as entrevistas. Isso acontecia. Com as mulheres, havia tão poucas… As histórias de assédio sexual são conhecidas. Havia muito disso, como também questões raciais, com os agentes negros e os hispânicos. Muito disso aconteceu. Mas à medida que os diretores do FBI foram mudando, creio que já existiram seis desde o Hoover, as coisas foram melhorando: mais diversidade no recrutamento e forçaram a uma mudança de cultura.

E também houve uma mudança na tecnologia?
Sim, sim, claro. Eu costumava dizer aos agentes para saírem do computador, da sua secretária, para irem para a rua, falar com as pessoas, é assim que se fazem casos. Houve uma grande mudança. O que se vê em “Clarice” é esse momento de transição. Vemos a Clarice a ter uma relação com Krendler e eu tinha esse tipo de relação com os meus superiores. Eles estão acima de ti, mas não gostava que me dissessem para não fazer algo que eu acreditasse como sendo a coisa certa. Revejo-me na Clarice e falo disso aos argumentistas. Só porque eles são os patrões, não quer dizer que estejam certos.

"Eu costumava dizer aos agentes para saírem do computador, da sua secretária, para irem para a rua, falar com as pessoas, é assim que se fazem casos. Houve uma grande mudança. O que se vê em “Clarice” é esse momento de transição."

Falou em ciências do comportamento como sendo algo importante nos 1990s no FBI. Corrija-me se estiver errado, sei que é ficção, mas o “Mindhunter” [série da Netflix] mostra como isso já existia nos anos 70.
Sim.

O que quero perguntar é se durante os 1990s houve um grande salto nesse tipo de investigação?
Não, não. Durante os 1980s é quando o FBI desenvolve o programa ViCAP [Violent Criminal Apprehension Program], que era uma base de dados gigante, onde os agentes colocavam lá os factos e modus operandi dos crimes. O retrato das ciências do comportamento na cultura popular é capaz de influenciar aquilo que os espectadores veem. Mas foi sempre o mesmo, eles são consultores, eles consultam com detetives, não vão para a rua, investigar a cena do crime. Talvez entrevistem o suspeito, quando estiver na prisão, já fizeram coisas desse género. Mas essa unidade tem sido sempre constante. Eles vão mudando a definição do que é um assassino em série, talvez não sejam precisos três homicídios para ser um assassino em série, podem ser só dois, em diferentes locais, em diferentes horas. Há esse lado educacional, conceitos que estão constantemente a evoluir. Tenho ideia que neste momento o FBI não têm uma categoria para quem comete um massacre, são capazes de ter um para assassino em série e outra para assassino em massa. Há pessoas que acreditam que deve existir essa terceira categoria. É uma área que evolui com o tempo, mas não é como se vê no “Mindhunter” ou em “O Silêncio dos Inocentes”, em que estão no campo, a investigar. Isso não acontece.

É mais algo como o caso Unabomber?
Sim, sim. Embora nesse caso, a verdade é que se não fosse o irmão do Ted Kaczynski [o terrorista capturado em abril de 1996], é bem possível que nunca tivesse sido resolvido. Mas foi alguém das ciências do comportamento que foi capaz de comparar a escrita dos manifestos com as que o irmão enviou. É um caso interessante. As ciências do comportamento são uma grande ferramenta do FBI, não usamos muito no campo, porque muitos dos casos que eles consultam fazem-no através da polícia local, dos detetives de homicídio. O FBI não investiga o típico homicídio, isso é o que a polícia faz. Nós investigamos homicídios quando passam de um estado para outro, ou quando acontecem em propriedade federal, como o caso Chippendale: ficámos com o caso porque o homicídio aconteceu em Nova Iorque e foi ordenado a partir da Califórnia. Ou então, perseguimos fugitivos como o Whitey Bulrger, que estão envolvidos em homicídios, e acusamo-los de conspiração, ou crime organizado: mas quanto a investigar uma cena de crime, não fazemos isso. Isso é o que os detetives de homicídio fazem. E os agentes das ciências do comportamento, a maior parte do trabalho que fazem, é feito com esses detetives: pedem fotografias, querem saber como estava o corpo, que arma foi usada, coisas desse género.

"O FBI não investiga o típico homicídio, isso é o que a polícia faz. Nós investigamos homicídios quando passam de um estado para outro, ou quando acontecem em propriedade federal"

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Que perspetiva tem dos programas de “true crime”, que misturam jornalismo e entretenimento, e se tornaram tão populares nos últimos anos, tanto em podcast como nas plataformas de streaming?
Gosto de os ver. Não sou um grande fã de ver os programas do ID, de ver os detalhes de um homicídio que aconteceu no Nebrasca há dez anos. Não me interessa. Sobretudo quando estava a trabalhar, estava tão ocupado, que queria relaxar. Mas gosto de ver alguns da Netflix ou da HBO. Gostei muito de ver o “McMillions”. Gosto muito de ver os programas britânicos, porque são diferentes dos norte-americanos. Gostei muito de ver “A Casa de Papel”, este já totalmente ficção, mas gostei. Gosto de ver mais os programas internacionais do que os norte-americanos, porque me dão uma perspetiva diferente.

Além dos casos que mencionou, há algo menos popular, em que esteve envolvido, que gostasse de ver em televisão?
Perguntam-me sempre se trabalhei em algum caso de assassino em série. Houve um tipo em Los Angeles que perseguimos durante três anos. Não era tipo o Ted Bundy, era um membro de um gang e durante três anos andámos atrás dele. A polícia de Los Angeles conseguia provar 26 homicídios, mas provavelmente ele cometeu muitos mais. A motivação não é a do típico assassino em série, o psicopata, o criminoso sexual, com rapto e violação. Não, aquilo era coisa normal de gangue, matar alguém porque estava num território que não lhe pertencia. O que é interessante é como o apanhámos. Um dia estávamos à procura de um prisioneiro em liberdade condicional. Fizemos buscas no apartamento dele, ele não estava lá. A dado momento, mexo na cortina de uma janela e está alguém num parapeito, muito estreito, lá fora, num quarto andar. Ele meteu-se lá fora, eu agarro nele, sem saber quem era, puxei-o, atirei-o ao chão, algemei-o… e pensei que era a pessoa que estávamos à procura… e quando o meu colega está a levá-lo, alguém diz-me: ele tem uma arma nas calças. Vou até ele, viro-o, olho para a cara dele, puxo a camisa dele e vejo uma tatuagem que sabíamos que o assassino tinha. Nem queria acreditar, foi pura sorte. Tive alguns casos como esse, que são interessantes, mas não tiveram qualquer publicidade. Eu disse ao tipo: “o que estás a fazer com uma arma e o bolso cheio de munição?” E ele responde: “vocês tiveram sorte por eu estar onde estava, senão tinha-vos matado mal abriram a porta”. Tivemos sorte nesse dia. Passei 22 anos da minha carreira a perseguir assassinos. Alguns dele muito doentes, em todo o mundo. Apanhámos alguns na Tailândia, Turquia, México, em todo o lado.

Se o caso que acabou de mencionar fosse adaptado para a televisão, quem gostaria que fizesse o seu papel?
Em 3 ou 4 momentos diferentes as pessoas disseram que sou parecido com o Kevin Costner. Ele terá de interpretar a minha versão em velho, terão de arranjar outro ator para fazer o meu papel quando era mais jovem.

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