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DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

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Criança de três anos "arrastada pelo chão". A denúncia de maus tratos que levou a deter educadora e dividiu mães em Reguengos de Monsaraz

Liliana denunciou que a filha de três anos foi "arrastada" e recebeu "pancadas" da educadora. O caso divide aldeia em Reguengos, onde grupo de mães, que nunca viu maus tratos, defende a professora.

Quando Liliana deixou a filha de três anos na creche de S. Marcos do Campo, pelas 9h, como é habitual desde que há três meses se mudaram para a aldeia do concelho de Reguengos de Monsaraz, uma auxiliar da escola chamou-a à parte. Só falou depois de a criança subir as escadas e entrar no edifício de paredes caiadas. “D. Liliana, a sua filha ontem não se queixou do braço?”, questionou. A pergunta apanhou-a desprevenida. A criança tinha tido dores, mas a mãe assumira que seria fruto de alguma brincadeira que tivesse corrido mal. A funcionária garantiu-lhe que não: “Ela ontem foi tão maltratada pela educadora. Andou aqui de rosto pelo chão.”

O caso foi revelado pelo próprio Ministério Público a 4 de dezembro. Num comunicado publicado na página da procuradoria-geral regional de Évora, lê-se que uma educadora de 56 anos tinha sido detida “fora de flagrante delito” e presente a interrogatório judicial por suspeitas de maus tratos sobre menores. Estava “fortemente indiciada de infligir maus tratos físicos e psicológicos, consistentes em verbalizar, em gritaria, palavras ofensivas da personalidade de crianças de tenra idade, e ainda de desferir palmadas e o arrastar o corpo pelo chão de uma vítima criança, com 3 anos de idade”.

Liliana conta ao Observador que, segundo a versão da auxiliar que a alertou para o que se estava a passar com a sua filha, tudo aconteceu quando a menina fugiu da sala. “Ela [a educadora] abre a porta de repente, puxa-a pelo braço e leva a menina a arrastar pelo braço”, contou a mãe ao Observador, citando as palavras que garante terem sido ditas pela funcionária, que terá acrescentando: “Se acontecesse com uma filha ou neta minha, isto não ficava assim.”

Liliana ainda lhe perguntou se tinha a certeza do que estava a dizer. Talvez não tivesse acreditado tão facilmente se, uma semana antes, um rapaz da aldeia, da mesma turma que a filha, não lhe tivesse contado que a mesma educadora “batia” na criança sempre que chorava. Agora, a funcionária, “em lágrimas”, confirmava os seus piores receios, revelando que não era a primeira vez que algo assim acontecia e que também as próprias funcionárias eram maltratadas pela professora, que lhes gritava e as levava, também a elas, às lágrimas.

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A educadora, que foi detida e presente a tribunal, está proibida de exercer funções, mas há várias mães que a defendem. "Até que nos provem o contrário, com provas palpáveis, nós não conseguimos acreditar", diz uma ao Observador.

A mãe não ficou parada. Falou com a professora, que negou todas as acusações, questionou o Agrupamento de Escolas de Reguengos de Monsaraz, a que o jardim de infância pertence, que “desvalorizou” a situação e a aconselhou a continuar a levar a menina à creche. Por fim, dirigiu-se ao posto da GNR local para participar o caso, onde lhe passaram os contactos para a denúncia. Por email, expôs os detalhes da história ao Ministério Público e à Escola Segura da GNR.

Alguns dias depois, a 3 de dezembro, a queixa que Liliana apresentou levaria à detenção da educadora, de 56 anos, que foi presente a tribunal e ficou proibida de exercer funções, contactar com as vítimas, pais e colegas da creche ou deslocar-se às instalações. O processo ainda está a decorrer em tribunal e, sem uma conclusão à vista, a revolta é grande entre várias mães da creche, que defendem o regresso da educadora e garantem que nunca viram maus tratos.

Até que nos provem o contrário, com provas palpáveis, nós não conseguimos acreditar. Temos lá as nossas crianças já há algum tempo e nunca, nunca tivemos problemas”, garante ao Observador Catarina, que pediu para não ser identificada pelo nome verdadeiro. Esta mãe, cujo filho de cinco anos frequenta a mesma creche da filha de Liliana, garante que a educadora era muito atenta às crianças e que envolvia os pais em muitas atividades.

“Eu já perguntei várias vezes à minha filha se ela viu a educadora bater em algum menino ou a puxar alguém pelo braço. Ela diz-me sempre que não. Até já está farta desta conversa”, acrescenta Mariana (também nome fictício), que recusa acreditar nas denúncias. “Como é que essa situação aconteceu e onde estavam as outras crianças que não viram nada?“, questiona. O Observador contactou a educadora, que, com o processo ainda a decorrer em tribunal, não quis prestar declarações.

“Sempre que ela chora, a professora bate-lhe”

Perto da hora do almoço, um comboio de natal estava estacionado junto ao café ‘O Cruzeiro’. Havia uma festa a decorrer esta terça-feira, quando o Observador ali esteve em reportagem, e, no largo, algumas crianças brincavam. Foi ali, mesmo à porta do espaço que gere com o marido, que no mês passado Liliana ouviu pela primeira vez falar sobre maus tratos na creche de S. Marcos do Campo. A filha, que estava a brincar com um colega mais velho, de cinco anos, começou a chorar. “Não vi se caiu ou se se magoou, mas o menino virou-se para mim e disse: ‘Sempre que ela chora, a professora bate-lhe‘.” Num primeiro momento, não acreditou, mas o rapaz insistiu. “Disse-me que tinha a certeza”, explica quando, já depois da festa, se senta com uma chávena de café nas mãos para falar com o Observador.

Liliana não deu muita importância à conversa até que a funcionária da creche lhe pediu para falarem e denunciou outros episódios de maus tratos. Assim que se afastou do portão da creche, “nervosa”, ligou à educadora para a confrontar. “Ela começou imediatamente a chorar e a dizer que gostava muito dos seus meninos, que nunca faria tal coisa, que vivia para eles“, recorda. Ainda lhe sugeriu que fosse à sala para ver como tratava as crianças, mas a mãe rejeitou: “É óbvio que na minha frente a professora não ia fazer nada de errado.” Ainda assim, pensou que não seria preciso ir mais longe. “Do meu ponto de vista, tinha-lhe dado uma oportunidade. Ela já estava sob aviso e percebeu que eu iria saber mexer-me se algo se passasse.”

A educadora, de 56 anos, trabalha no jardim de Infância de S. Marcos do Campo há quase três anos

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No mesmo dia, quando já depois das 15h regressou à creche para ir buscar a filha, a auxiliar pediu-lhe que entrasse. Guiada pela funcionária entrou numa sala, onde a esperava a educadora, o rapaz que lhe tinha falado sobre maus tratos e a sua filha. Sentada numa cadeira mais própria para crianças do que para adultos, ouviu-a repetir os mesmos argumentos — estava ali há três anos e nunca faria nada assim, nunca houve queixas, adorava os seus meninos — e acrescentar um novo: “Ela disse que as crianças mentem e veio o rapaz admitir: eu disse uma mentira, a professora não bate”, explica.

"A funcionária contou-me que quando a minha filha fazia alguma asneira levava pancadas. Nesse dia perguntei-lhe: ‘Filha, a professora bate-te?’ E ela: 'Sim, a professora bate'."
Liliana, mãe que denunciou a educadora por maus tratos

Liliana acredita que o rapaz, que estava com um ar “triste”, tinha sido “intimidado”. “É muito errado obrigar uma criança a mentir”, diz, revelando que a própria mãe do rapaz lhe diria mais tarde que tinha sido pressionada a mentir. Não quis ouvir mais nada e mandou-o brincar. “Mas a professora continuou: ‘A mãe não devia acreditar nessas coisas, as auxiliares estão sempre contra mim, estão a tentar fazer-me mal, isto é uma aldeia e as coisas não são aquilo que a mãe pensa’.” Saiu da escola a repensar se devia ou não deixar passar o caso. Mas na mesma noite tomou uma decisão, já depois de receber um telefonema da mesma auxiliar.

“Contou-me que a minha filha quando chorava ia para a rua. Foram dezenas, centenas de vezes que a minha filha chorava, porque ela chora muito, e a educadora dizia: ‘Leve-me esta criatura para ir apanhar ar.’ Ou seja, ela não podia estar na sala, tinha que ser castigada”, refere. Também lhe contou que quando a filha fazia alguma asneira “levava pancadas“. “Nesse dia perguntei-lhe: ‘Filha, a professora bate-te?’ E ela: ‘Sim, a professora bate aqui e assim [aponta para a testa e pescoço]. E eu digo: ‘Ai, ai, dói, dói’.”

Após a denúncia a educadora tornou-se “a melhor amiga” dela: “Oferecia gomas e andava sempre com ela ao colo”

Na manhã do dia seguinte, Liliana estava na Escola Secundária Conde de Monsaraz, sede do agrupamento, para uma reunião com a direção. Ao Observador, conta como sentiu que a sua denúncia foi “desvalorizada” e que ouviu os mesmos argumentos usados pela educadora. “Estiveram sempre a rir uma para a outra, não acreditaram absolutamente em nada do que eu disse. Às tantas, perguntei se achavam que devia fazer uma participação na Escola Segura da polícia. Responderam que não, que a denúncia estava entregue”, diz, acrescentando que também a aconselharam a continuar a levar a filha à creche. Apesar do conselho da direção, assim que saiu da escola foi direita à GNR de Reguengos de Monsaraz para apresentar queixa, onde lhe passaram os contactos das entidades às quais se devia dirigir.

A mãe de S. Marcos do Campo apresentou queixa ao MP e à Escola Segura
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Alega que a filha foi "arrastada" e levou "pancadas" da educadora
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As acusações são contestadas por algumas mães da aldeia, que nunca viram maus tratos
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A mulher ainda esperou uns dias para ver se tinha resposta do agrupamento. Nessa primeira semana, a filha não foi à creche, mas, confiando nas palavras da direção, acabou por levá-la na seguinte: “Isto também não é vida ela estar aqui em casa, fechada.” Ainda assim, enviou um email ao Ministério Público e à Escola Segura a dar conta de tudo o que se tinha passado. Desde a denúncia, a professora tornou-se “a melhor amiga” da filha, “oferecia-lhe gomas” e “andava sempre com ela ao colo.”

Liliana diz que a filha e outra criança de três anos da sala eram as que sofriam maus tratos da educadora. Alegações que a mãe da outra menina rejeita: "A professora nunca bateu na minha filha."

Liliana diz que a filha e uma outra menina de três anos, as duas mais novas da turma e que requeriam mais atenção, eram as vítimas dos maus tratos. “Tive conhecimento, até pela própria auxiliar, que elas as duas levavam ‘sapas’ na cabeça, que havia violência física e psicológica com estas duas meninas”, diz, afirmando que no próprio dia essa mãe lhe reconheceu estar a par destas agressões.

Ao Observador, porém, a mesma mãe negou a versão apresentada por Liliana. “A professora nunca bateu na minha filha”, garante. Diz ainda que o filho mais velho, de cinco anos e que estava na mesma turma que a irmã, também nunca lhe falou de quaisquer agressões. Segundo esta mãe, a menina referia-se com frequência à educadora como uma “amiga”. “Ela agora foi para [a creche do] Campinho e chora o dia inteiro, quando aqui não chorava”, relata.

Mães contestam acusações e defendem a educadora: “Nunca tivemos queixas”

No dia 3 de dezembro, a polícia tocou à campainha da creche de S. Marcos do Campo. Chamaram a educadora à porta. As crianças ficaram entregues a uma auxiliar e a educadora não voltou a entrar no edifício. Foi detida e presente a tribunal, que decretou o fim das suas funções. A aldeia só ficou a saber do caso depois da detenção. “Só sabemos disto no dia em que a educadora foi à polícia e já não voltou e à noite começou a ser falado nas notícias“, conta Catarina. “Ninguém nos chamou. Aliás, ainda hoje ninguém falou connosco sobre o assunto. Os nossos filhos também lá estavam, também devíamos ser ouvidas”, sublinha.

A indignação desta e de outras mães, que defendem a inocência da educadora, chegou às redes sociais. “Tem sido uma loucura, umas mães contra as outras”, diz Liliana, acrescentando, no entanto, que a maior parte dos encarregados de educação preferem “não fazer comentários”.

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Esta mãe diz que há uma cultura de encobrimento, tanto da parte dos pais — que “falavam diretamente” com a educadora em vez de apresentar queixa — e de professores e funcionários desta e de outras escolas no conselho por onde a educadora passou. “Uma mãe de outra aldeia disse-me que a filha esteve mais de um ano sem falar e a ser acompanhada por uma terapeuta da fala”, relata. Também denuncia que a educadora era conhecida por chamar nomes às crianças: “Chamava-lhes baleia, selvagens, isto aos mais velhos, do primeiro ciclo. Aos pequenos, não, só lhes chamava criaturas, claro que eles não entendiam.”

Os relatos são contestados por várias mães ouvidas pelo Observador. “Se a minha filha tivesse visto algo, tinha chegado a casa e contado logo“, diz Mariana numa vídeochamada com o Observador. A seu lado, também Catarina garante que “nunca ouviu queixas” do filho, de cinco anos. “Perguntei-lhe duas ou três vezes e ele nunca disse nada. Até pedi à psicóloga para falar com ele e disse-me que não detetou nada”, explica.

Estas mães, duas das que mais aderiam às propostas da educadora para envolver os pais, descrevem um ambiente tranquilo na creche. “Ela envolvia muitas mães nas atividades na escola. Ainda há pouco tempo estive lá e vi um ambiente completamente normal, não vi crianças com medo, nada”, diz, lembrando que a educadora fazia fotoreportagens diárias na creche e que as crianças “estavam sempre felizes”. As duas mulheres explicam que as crianças perguntam constantemente pela educadora e que têm saudades. “Há poucos dias, a minha filha recebeu uma boneca e deu-lhe o nome dela”, nota Mariana.

“Ela envolvia muitas mães nas atividades na escola. Ainda há pouco tempo estive lá e vi um ambiente completamente normal, não vi crianças com medo, nada”, diz uma mãe.

As mulheres dizem que várias denúncias, incluindo de auxiliares, estão descontextualizadas. “Há uma funcionária que disse que a educadora gritou com ela e a fez chorar, mas não disse que estava a ser chamada a atenção porque o filho da Catarina foi agredido por outra criança e a auxiliar não se apercebeu de nada”, exemplifica Mariana, afirmando que a educadora “está a ser julgada por defender os meninos dela”. “Elas nunca viam nada”, reforça Catarina. E lembra outro caso, a propósito de uma mãe que terá denunciado que a educadora chamou “selvagem” ao filho. Diz que o episódio aconteceu depois de a criança ter prendido a professora do primeiro ciclo na biblioteca.

As duas mães, que juntamente com outra criaram um grupo de WhatsApp para discutir o assunto, multiplicaram-se em contactos com o agrupamento de escolas e a Câmara Municipal, que cede funcionárias à creche, a propósito do caso. O assunto foi amplamente discutido durante uma reunião de pais na creche na primeira sexta-feira de dezembro, poucos dias após a detenção, apesar de o encontro ter sido convocado para discutir a reposição da educadora.

“Estavam duas diretoras do agrupamento a tentar arranjar uma solução para esta semana e dois dias em que as crianças iam ficar sem educador e perguntei à frente de todos se alguém tinha alguma reclamação. Todas disseram que não”, diz Mariana. Sublinha que são as crianças que ficam “prejudicadas” com a situação, além da própria educadora, que “está com a vida completamente estragada”. Liliana conta uma versão diferente. Descreve como as diretoras estavam “apáticas” perante a indignação dessas mães e se mostraram do lado da educadora.

Agrupamento e câmara de Reguengos de Monsaraz remetem-se ao silêncio

Por estes dias, a Escola Básica de S. Marcos do Campo, onde também funciona a creche local, está praticamente vazia. Depois da detenção da educadora, o agrupamento ofereceu aos pais a hipótese de as crianças dos três aos seis serem transferidas para o jardim de infância da aldeia do Campinho, enquanto se procura uma substituta, e todos os dias sai uma carrinha que os leva lá. Também se nota a ausência das funcionárias, que desde então foram todas transferidas para outras escolas do agrupamento, ficando apenas a professora do primeiro ciclo.

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Liliana decidiu não aceitar a oferta do agrupamento e a filha tem ficado com ela e os avós. Relata como, desde o início de toda a situação, tem notado uma regressão na criança. “Voltou a usar fralda, grita, chora, tem medo de tudo. Tem medo de todos os nossos clientes, quando antes eram amigos dela. Regrediu imenso, e por isso achei melhor agora deixá-la em casa”, explica.

Por outro lado, Mariana e Catarina mostram preocupação pela forma como os filhos estão a lidar com o afastamento da educadora. “Estão a esquecer-se das outras crianças, que não têm qualquer tipo de queixa e também estão a sofrer com isto”, lamentam.

O agrupamento e a câmara de Reguengos de Monsaraz não responderam às perguntas enviadas. Autarquia remeteu para comunicado que garantia que as entidades estão a acompanhar o caso.

O Observador contactou por várias vezes o Agrupamento de Escolas e a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, por telefone e email. Questionou sobre a atual denúncia contra a educadora e se havia outras anteriores, há quanto tempo a funcionária dá aulas no concelho e as medidas que foram tomadas na sequência da queixa. A única resposta escrita veio da autarquia, que remeteu para o comunicado conjunto com o agrupamento emitido após ser conhecida a detenção da educadora, em que se lia que ambas as entidades estão “a acompanhar o desenvolvimento deste processo para que continuem a ser tomadas todas as medidas que se verifiquem adequadas”.

O Observador também se deslocou aos dois locais na passada terça-feira. Foi informado de que a presidente da autarquia não estava presente nesse dia, enquanto a diretora do agrupamento se mostrou indisponível para prestar esclarecimentos sobre o caso. O Ministério Público de Évora também foi contactado por diversas vezes, mas nunca respondeu aos pedidos de esclarecimento.

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