VEJA AQUI SE ENTROU NO ENSINO SUPERIOR
É o fim dos 19 valores. Depois de dois anos marcados pela pandemia, pela consequente mudança de regras no acesso ao Ensino Superior, e com médias de entradas muito superiores ao habitual, as notas dos alunos voltam aos valores habituais. Medicina ficou em 1.º lugar. No Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, o último estudante a ser colocado entrou com uma média de 189,0 pontos. A segunda média mais alta foi para o Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, no curso de Engenharia Aeroespacial (188,5).
No ano anterior, todos os 279 alunos colocados nestes dois cursos entraram com uma média superior a 19 valores. Antes disso, em 2020, essa foi a realidade em quatro cursos de Engenharia, onde ninguém entrou com menos de 19,1 valores. É preciso recuar a 2019 para a nota mais alta de entrada ser semelhante à atual. Onde? No Técnico, em Aeroespacial. Quanto? 189,5 pontos.
Em contrapartida, são 27 os cursos onde todos os alunos entraram com mais de 18 valores, o mesmo número de 2020 (o ano passado foram 26, em 2019 apenas 10).
Na lista dos cursos com notas mais elevadas não há surpresas: Medicina, cursos de Engenharia, Matemática Aplicada à Computação e Arquitetura, todos eles ministrados em universidades. Cinco são da Universidade do Porto, três da de Lisboa e dois da Universidade do Minho.
Os cursos onde os alunos entram com médias mais elevadas, depois de Medicina e Aeroespacial, são os de Engenharia Física Tecnológica (187,8), do Técnico, e Engenharia e Gestão Industrial (187,3) da Universidade do Porto. Na mesma universidade, mas na Faculdade de Medicina, segue-se o curso de formação de médicos (187,2). A seguir, regressa-se ao Técnico, com Matemática Aplicada e Computação (187,0), e, de novo, ao Porto, com Bioengenharia (186,5).
Alunos de 18. A receita que dá médias altas tem muitos ingredientes
O final da lista termina na Universidade do Minho, com os cursos de Engenharia Aeroespacial (186,2) e de Medicina (185,8), havendo ainda lugar para Arquitetura (185,5), ministrada na Universidade do Porto.
Onde estão as notas de entrada mais baixas?
No acesso a um curso superior não pode haver negativas e nenhum aluno pode entrar com menos de 95 pontos. No fundo da tabela, onde encontramos os cursos com médias mais baixas, as notícias são boas. A queda mantém-se e há menos formações onde o último colocado entra com menos de 100 pontos. Este ano são apenas cinco, quando em 2021 tinham sido sete.
A queda já vinha de trás. Em 2020, a subida das médias levou à redução do número de cursos em que se entrou com nota abaixo de 10 valores, mas houve, apesar de tudo, 13 cursos com alunos nessa situação, todos ministrados em politécnicos. Em 2019, tinham sido 26 (21 em politécnicos e cinco em universidades).
Este ano, a lista é curta. Há três do Politécnico de Bragança (Gestão e Administração Pública, Design de Jogos Digitais e Educação Social), um do de Portalegre (Equinicultura), e um da Universidade da Madeira (Artes Visuais).
Entre os cursos onde se entrou com notas mais baixas, o quinto lugar é para o curso de Gestão do Politécnico da Guarda (100,0 pontos). Segue-se o mesmo curso (regime noturno), mas no Politécnico de Viana do Castelo, onde o último colocado teve uma média de 101,1.
A fechar a lista estão mais três politécnicos, o de Castelo Branco, o de Viseu, e, de novo, o de Bragança. Os cursos? Secretariado (102,0), Artes da Performance Cultural (103,5), e Engenharia Informática (103,9).
Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso foram divulgados às 23h59 de sábado, 10 de setembro, no site da Direção-Geral do Ensino Superior, embora seja habitual, algumas horas antes, os estudantes receberem mensagens, ou por SMS ou por correio eletrónico, com o anúncio da instituição e do curso em que ficaram colocados.
Também pode consultar a tabela que o Observador disponibiliza, confirmando qual foi a média do último aluno a ser colocado em cada curso. Se não entrou, saiba que decorre de 12 a 23 de setembro a 2.ª fase do concurso.