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Da economia à cultura, passando pela pandemia: Kenneth Jønck, o homem que acredita na revolução psicadélica

Entre a comunidade científica, multiplicam-se os que estudam as potencialidades das drogas psicadélicas no entendimento e tratamento do cérebro. Falámos com Kenneth Jønck, um dos pioneiros nesta área.

No passado mês de abril, Richard Skaife, cofundador da empresa The Conscious Fund, focada na utilização de canábis e psicadélicos para fins medicinais, defendeu durante a Conferência Psicadélica Virtual que o setor dos psicadélicos será estratégico para a recuperação da economia mundial no pós pandemia. Investidores como a Able Partners, que estão a aplicar o seu capital em empresas como a britânica Compass Pathways e a germânica Atai Life Sciences, ambas focadas no estudo do uso de psicadélicos em contextos clínicos, parecem apostados neste caminho. No Canadá, a Champignon Brands e a Mind Medicine (companhias também ligadas ao sector dos psicadélicos) conseguiram exceder as expetativas do mercado em plena crise. Apesar de só terem começado a ser cotadas em bolsa em março deste ano, viram as suas ações valorizarem de 0,22 e 0,405 para mais de 0,8 e 0,6 dólares respetivamente.

O interesse dos investidores não surpreende. Os estudos sobre o impacto das substâncias psicadélicas (LSD, psilocibina, DMT, mescalina…) no tratamento de perturbações mentais, tais como a anorexia nervosa, as depressões, a dependência de álcool, tabaco e outras drogas, o stress pós-traumático ou o sofrimento existencial causado por uma doença terminal, mostra que têm potencial na melhor compreensão e abordagem dessas doenças. Nada que seja totalmente novo para a ciência, que começou a dar os seus primeiros passos no campo psicadélico nas décadas de 1950 e 60.

Uma das vozes mais firmes dessa época na defesa do uso do LSD e da psilocibina (componente psicadélico encontrado nos cogumelos mágicos) para fins terapêuticos foi o neurocientista Timothy Leary. Professor em Harvard e membro do Harvard Psilocybin Project até 1963, Leary acabou por ser expulso da instituição de ensino após ter promovido uma experiência com psicadélicos com os seus alunos. Tornou-se posteriormente num dos principais alvos da reação de Richard Nixon às manifestações antiguerra e antissistema dos finais dos anos 60, uma campanha que culminou com a ilegalização dessas substâncias nos Estados Unidos. Nixon chegou inclusivamente a apontar Leary como “o homem mais perigoso da América”.

Kenneth Jønck, o engenheiro de software e investigador que é responsável pelo Psychedelic Survey

Só no início dos anos 2000 é que os psicadélicos voltaram a entrar no debate científico. A Universidade de Johns Hopkins foi a primeira instituição americana a obter aprovação por parte do Governo para reiniciar os estudos relacionados com estas substâncias, divulgando em 2006 uma publicação que viria a ser um marco para as investigações posteriores. Nela, foram demonstrados os efeitos duradouros e seguros da administração de uma única dose de psilocibina em 36 voluntários saudáveis. Metade dos participantes referiram-se a essa experiência como a mais significativa das suas vidas.

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Já no Reino Unido, o primeiro grupo a surgir na área das neurociências e no estudo da aplicação de psicadélicos na saúde mental foi o Imperial Psychedelic Research Group, um centro de investigação integrado no Imperial College de Londres. A liderar este centro está o médico e investigador Robin Carhart-Harris, a primeira pessoa no país a administrar doses legais de dietilamida de ácido lisérgico (LSD) a voluntários desde os anos 70. A experiência culminou na divulgação inédita de uma imagem transversal do cérebro de um dos participantes aquando da toma de LSD, tirada através de uma ressonância magnética, onde é possível ver manchas de cor indicando altos níveis de atividade em zonas especificas do cérebro, nomeadamente no hipocampo.

Carhart-Harris é também fundador de um outro projeto pioneiro, o Psychedelic Survey. Surgido em 2016, o projeto consiste numa plataforma colaborativa onde pessoas de todo o mundo podem participar à distância em estudos científicos alojados no servidor, de forma totalmente livre e anónima.

Como explica o vídeo promocional do Pychedelic Survey, dirigido pelo estúdio multimédia português FAVO Studio, estamos neste momento a viver a era do renascimento dos psicadélicos. Michael Pollan, narrador desta campanha e autor do bestseller How to Change Your Mind, afirma que o que torna este projeto tão especial é a possibilidade de fornecer muitos mais dados e de forma muito mais rápida à comunidade científica do que os tradicionais estudos levados a cabo em laboratório ou em salas controladas.

Para conhecer melhor o funcionamento do Psychedelic Survey, o Observador falou com Kenneth Jønck, líder tecnológico do projeto e um dos seus quatro cofundadores.

Como é que surgiu a ideia de criar uma plataforma colaborativa como o Psychedelic Survey?
Inicialmente, e apesar do Robin ter estado envolvido desde sempre, o projeto nasceu de um estudo desenvolvido por dois alunos do Imperial College [Mendel Kaelen e Eline Haijen] no qual, durante um certo período de tempo, se propunha fazer o acompanhamento de pessoas que estivessem a consumir psicadélicos. Isto foi em 2016. O Mendel perguntou-me se eu podia desenvolver um sistema informático que os ajudasse na recolha de dados e eu aceitei o desafio. Criei um sistema que no fundo foi a primeira versão do Psychedelic Survey: era apenas um site onde as pessoas se podiam inscrever. O projeto tornou-se viral, cresceu rapidamente e o passo seguinte era conseguir alojar os estudos no próprio site. Então, juntamente com o designer Nicolai Lassen, pensei, “porque não criar uma plataforma?”. Foi aí que desenhámos o Psychedelic Survey como o conhecemos hoje em dia.

Conhece alguma plataforma ou projeto semelhante ao Psychedelic Survey?
Conheço vários projetos que, de certa maneira, atuam de forma idêntica, comunicando com os participantes. Mas aquilo que torna verdadeiramente único o Psychedelic Survey é a importância que o participante tem em todo o processo: ele é que decide qual o dia em que está disposto a ter determinada experiência e nós, tendo isso em consideração, guiamos as perguntas e as informações. Não é como se as pessoas apenas se inscrevessem num estudo e durante esse tempo recebessem informação sobre como proceder. Pelo contrário, o participante aqui é o elemento chave do processo.

Quantos participantes já se voluntariam para os vossos estudos?
Foram muitos, apesar de não ser um número assim tão grande como gostaríamos. Ou seja, há muita gente que tem experiências com psicadélicos, mas não estamos a falar propriamente de pessoas que usam a tecnologia para esse fim. Ainda assim, o número total de participantes está entre os 6 e as 10 mil pessoas.

"As experiências com psicadélicos podem ser bastante profundas e há muitas pessoas que se referem a estas experiências como das mais marcantes da sua vida. Há provas fortes e evidentes que estas substâncias de facto ajudam a combater situações de ansiedade, depressão e ajudam na resposta ao medo."

Notaram algum padrão nos voluntários, nomeadamente em termos de idade e nacionalidade?
Há um grande número de dados científicos que não são tratados pelo Psychedelic Survey. Nós apenas criamos o elo de comunicação entre quem se voluntaria e quem está por trás dos estudos. Quem reúne e interpreta os dados é a comunidade científica. Mas por norma, o que os cientistas nos dizem é que a maior parte das pessoas que participam nos estudos tem entre 20 e 35 anos e é proveniente de países ocidentais, tais como os Estados Unidos, o Reino Unido, a Alemanha e a Dinamarca.

Alguém de Portugal?
Não muitos, diria à volta de 40 a 50 pessoas. Para já o projeto ainda não tem uma expressão significativa em Portugal.

Como é feito o acompanhamento de cada pessoa que se voluntaria? Pode falar-me mais sobre esse processo?
Basicamente, quando alguém se inscreve para um estudo tem de especificar o dia em que vai ter a experiência psicadélica. A partir dessa informação, baseado nas ferramentas e nos timings definidos pelos próprios investigadores, o sistema faz por si só o acompanhamento de cada pessoa. Por exemplo, se eu me inscrever para um estudo e apontar a minha experiência para o dia 10 de junho, posso receber um e-mail dez dias antes da data, cinco dias antes, na véspera, no dia seguinte e por aí fora. O sistema está estruturado para criar estes momentos de comunicação com as pessoas nos exatos períodos estipulados pelos cientistas.

O contexto psicológico do indivíduo e o contexto ambiental em que decorre a experiência psicadélica, popularizados por Timothy Leary como set and setting, são bastante relevantes para o sucesso cognitivo e clínico da experiência em si. Uma vez que os estudos não são presenciais, como é que conseguem controlar e monitorizar esse set and setting?
Depende muito do estudo em questão. Claro que os cientistas não estão com as pessoas, mas há perguntas-tipo para perceber exatamente qual o contexto em que vão tomar determinada substância. Por exemplo, se alguém está a participar no Ceremony Survey, que está a decorrer neste momento, nós sabemos que essa pessoa vai estar num retiro algures na América do Sul ou noutro sítio qualquer. Contudo, mais importante do que sermos nós a definir qual o ambiente em que as pessoas vão ter determinada experiência, interessa-nos sobretudo observar qual é o ambiente criado e escolhido pelos participantes para terem essa experiência. Aquilo que nós procuramos perceber é que fatores são importantes quando alguém decide ter uma experiência psicadélica, ocorra ela num retiro na América do Sul ou em sua casa. A pergunta é mais como é que as pessoas, por iniciativa própria, se preparam e programam a sua experiência psicadélica.

"A ciência é clara no que faz, as pessoas que estão a colaborar com os estudos estão a ser devidamente informadas e acompanhadas e se este saber for usado da forma correta – e aqui eu reforço a necessidade de acautelarmos deviamente o set and setting – então estamos perante uma experiência que pode transformar muitas vidas."

Que estudos já foram concluídos e quais estão neste momento a ser desenvolvidos pelo Psychedelic Survey?
Tivemos o estudo inicial, com que começámos o projeto em 2016, que esteve ativo durante um ano, ano e meio (Cohort Study). Esse já está concluído e há um outro estudo que também está perto da sua conclusão e que vai ser o próximo a ser divulgado, que tem a ver com as microdosagens (a microdosagem com substâncias psicadélicas consiste na toma regular de pequenas porções de LSD ou de psilocibina. Essas pequenas porções têm sensivelmente um décimo de uma dose considerada normal).

Temos também outros estudos a decorrer, sobre rituais cerimoniais e até sobre antidepressivos. Esse estudo é novo e é dos mais entusiasmantes. Os dados vão ser recolhidos e comparados com outros estudos sobre o uso de psicadélicos e obviamente que o objetivo é perceber se a psilocibina é uma via mais eficaz para o tratamento de depressões do que um antidepressivo comum.

Poderá então a microdosagem ser um substituído dos antidepressivos? Ou um método complementar?
A microdosagem ainda é um campo novo, não há assim tantos dados que comprovem os seus benefícios e é por isso que este estudo é importante, porque é o maior desenvolvido até agora. Não tenho dúvida alguma de que a microdosagem pode funcionar, mas não deve ser vista como uma solução em si, da mesma forma que os antidepressivos também não. Podem, isso sim, ser usados num quadro maior.

Já é possível retirar conclusões significativas dos estudos que foram realizados?
As experiências com psicadélicos podem ser bastante profundas e há muitas pessoas que se referem a estas experiências como das mais marcantes da sua vida. Há provas fortes e evidentes que estas substâncias de facto ajudam a combater situações de ansiedade, depressão e ajudam na resposta ao medo, como recentemente mostrou o Robin e o Psychedelic Research Group num pequeno vídeo que explica o efeito que a psilocibina tem na amígdala cerebelosa [neste estudo foi administrada psilocibina a dezanove pacientes com casos clínicos de depressão profunda. Um dia após o tratamento, os sintomas de depressão reduziram para metade. Cinco semanas após o tratamento, todos, com exceção de um paciente, mostraram reduções nos sintomas depressivos].

De um ponto de vista científico, não é com surpresa que vejo os resultados destes estudos. Acho que podemos dizer, com toda a certeza, que estamos a construir as bases daquilo que poderá ser a revolução dos psicadélicos.

É a continuação da revolução dos anos 60?
Há uma ideia que eu adoro, que acho que foi o Ben Sessa (psiquiatra e investigador britânico) que a verbalizou há uns anos, que basicamente diz que a era dos psicadélicos não foi a década de 60, pelo contrário, estamos a vivê-la neste preciso momento. É uma ideia muito bonita com a qual eu concordo plenamente. Estamos de facto a começar agora a ver os benefícios clínicos do uso de psicadélicos. A ciência é clara no que faz, as pessoas que estão a colaborar com os estudos estão a ser devidamente informadas e acompanhadas e se este saber for usado da forma correta – e aqui eu reforço a necessidade de acautelarmos deviamente o set and setting – então estamos perante uma experiência que pode transformar muitas vidas.

Uma transformação que pode ocorrer nas próximas décadas?
Eu diria até nos próximos cinco anos! Há diferentes empresas que estão a testar o uso da psilocibina para combater situações de depressão, como a Compass Pathways. Não diria que a indústria psicadélica está no seu auge, mas definitivamente está numa forte fase de expansão. Nos próximos cinco anos isto vai ser um assunto de grande interesse. Nem consigo imaginar onde estaremos nos próximos 20 anos!

Há investidores que apontam os psicadélicos como um dos próximos booms da economia mundial. Como é que encara este cenário? É uma projeção mais benéfica para a ciência ou para os investidores que procuram nos psicadélicos uma boa oportunidade de negócio?
Creio que a questão não é se deverá ou não haver negócios envolvidos nisto, mas como devemos balancear as duas coisas. Se um negócio for vantajoso e envolver milhares de milhões de dólares, mas ao mesmo tempo ajudar milhões de pessoas, porque não? No final, tudo tem a ver com o balanço. Claro que vão sempre aparecer investidores apenas interessados em fazer dinheiro a partir desta situação e se o dinheiro for posto em primeiro plano, acima da qualidade das investigações, então pode tornar-se num grande problema. Mas não me parece que isso seja um assunto. Acho que deve haver uma devida monitorização para as coisas não descarrilarem. Até agora, da nossa experiência, temos visto empresas do sector da saúde a prestar atenção a estas substâncias e isso também é um sinal de que a sociedade está a chegar a um ponto de maior aceitação em relação aos psicadélicos.

A um ponto de aceitação semelhante ao que aconteceu com a cetamina, incorporada no spray nasal da Janssen, o Spravato, que foi aprovado pela agência federal americana FDA [Food and Drug Administration]?
Isso é curioso, embora a cetamina esteja num registo bem diferente do que os psicadélicos. Tem efeitos diferentes e, na minha opinião, não creio que a cetamina – ou este spray nasal — seja uma solução válida a longo prazo. Obviamente que se este spray nasal provou ser eficaz, porque não usá-lo e aplicá-lo em determinados tratamentos? Mas é aqui que isto se pode tornar perigoso, no facto de as pessoas terem acesso de forma tão fácil e rápida a um medicamento com cetamina, porque está provado que a cetamina é muito mais aditiva do que os componentes psicadélicos.

"As reações mais céticas não partem da comunidade científica, mas de outras pessoas que questionam o que estamos a fazer porque acham que estamos simplesmente a dizer às pessoas para consumirem drogas, o que não é de todo verdade."

Está de facto provado que os componentes psicadélicos não causam adição?
Sim. Ou seja, é o que a ciência tem demonstrado e é aquilo em que acredito piamente. Até porque se alguém experimentar estas substâncias numa dose muito elevada, não vai querer repetir a experiência porque não é minimamente prazerosa.

Já sentiram pressões políticas a condicionar o trabalho que estão a desenvolver com o Psychedelic Survey? Ou outro tipo de pressões, por exemplo da indústria farmacêutica?
É curioso porque a resposta é bastante simples: não. Tudo tem decorrido de forma bastante pacífica, para ser honesto. E isso deve-se, a meu ver, ao facto de estarmos a proceder de forma clara e transparente. Aquilo que nós fazemos com a plataforma não é promover ou estimular o uso de psicadélicos. Pelo contrário, se alguém estiver a planear ter uma experiência com alguma substância, então poderá decidir, de forma totalmente independente e livre, se quer ceder alguns dados à ciência, para a ciência ter um melhor entendimento daquilo que acontece durante uma experiência psicadélica.

E como é que a comunidade científica olha para aquilo que vocês estão a fazer? Existe algum ceticismo?
Alguns investigadores vão ser sempre céticos, acho eu. Mas por aquilo que nos temos apercebido, as reações mais céticas não partem da comunidade científica, mas de outras pessoas que questionam o que estamos a fazer porque acham que estamos simplesmente a dizer às pessoas para consumirem drogas, o que não é de todo verdade. É mais uma questão de ignorância, que é visível em todo o mundo em relação a diversos assuntos, mas ceticismo da comunidade científica não. Até porque estamos a conseguir recolher um vasto número de dados importantes.

De LSD à magia dos cogumelos: “Have a Good Trip” é um documentário ácido com Sting, Stiller e Bourdain

Por um lado há uma maior aceitação, por outro ainda há quem ache que, pegando nas suas palavras, vocês estão simplesmente a dizer às pessoas para consumirem drogas. Acha que a sociedade está de facto preparada para falar abertamente sobre uma eventual “revolução dos psicadélicos”? E que papel a pandemia poderá desempenhar nesta discussão?
Creio que a pandemia vai desempenhar aqui um papel relevante, considerando que muitas pessoas estão neste momento a atravessar casos graves de depressão. Muitas pessoas vão ficar traumatizadas com esta situação. Sobre a revolução, a questão não é tanto se a sociedade está preparada para debater abertamente o assunto, uma vez que, na minha opinião, isto é uma questão geracional. Tivemos toda uma geração que passou pelos anos 60 e que foi vítima de um forte estigma que se criou à volta dos psicadélicos. Por exemplo, o meu pai, que tem agora 70 anos, é uma pessoa conservadora, nunca experimentou nenhuma droga. Para ele, a única coisa que deve ser legal é o álcool. Mas assim que comecei a inteirá-lo dos factos científicos, de como estas substâncias podem ajudar em determinados contextos clínicos, ele foi mudando a sua opinião: “OK, agora temos cientistas que nos fornecem informação válida sobre este assunto”. Isto para dizer que a chave reside precisamente nos factos oficiais. Os factos falam por si e estão a fazer com que a sociedade também comece a mudar a sua perceção sobre o uso de psicadélicos. Na Escandinávia, por exemplo, não só o assunto é falado, como há pessoas, algumas de altos cargos empresariais, à procura deste tipo de tratamentos para lidar com depressões profundas. As pessoas estão cada vez mais cientes sobre os benefícios clínicos dos psicadélicos, mas são cautelosas a abordar o assunto.

O facto de uma plataforma mainstream como a Netflix ter estreado recentemente um documentário como “Have a Good Trip”, sobre as experiências psicadélicas de personalidades famosas – Sting, Ben Stiller, Anthony Bourdain, entre outros – é um sinal dessa abertura?
Acho que sim. Claro que o documentário da Netflix é um documentário engraçado, com humor. Ainda assim criou algum burburinho à volta dos psicadélicos e sobre o número de pessoas que de facto tem consumido estas substâncias, para o bem e para o mal. Portanto, sim, é um sinal de maior abertura da sociedade.

[o trailer de “Have a Good Trip”:]

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