O regresso às praias portuguesas voltará a ser possível para os banhistas a partir de 6 de junho, embora com muitas restrições. Esta é a data a partir do qual as praias em Portugal deixarão de poder ser utilizadas apenas para a prática de desportos individuais, como o surf.

A novidade foi dada esta sexta-feira pelo Governo de António Costa, que revelou os planos para o desconfinamento que se acentuará, com gradualismo, durante as próximas semanas. Outra novidade passa pelo regresso das visitas aos lares, que voltarão a ser possíveis já a partir da próxima segunda-feira, 18, embora igualmente com restrições.

O Executivo tinha prometido que quinzenalmente iria avaliar os resultados das duas semanas anteriores de desconfinamento para decidir como agir nas semanas seguintes. Feita a avaliação, já se conhece o calendário de tudo o que mudará em Portugal até às primeiras duas semanas de junho. Leia aqui na íntegra o que o Governo espera que vá mudar nas próximas semanas.

Como se vai poder ir à praia

O calendário para o regresso da permissão de acesso às praias é a grande novidade dada pelo Governo esta sexta-feira, depois de alguma indefinição sobre qual o modelo que permitiria minimizar os riscos no regresso dos banhistas aos areais. Estas são as novidades dadas pelo Executivo esta sexta-feira:

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Uma das novidades de relevo passa pela imposição de uma distância mínima de três metros entre chapéus de sol, toldos ou colmos. Jogar futebol com alguém na praia continuará a ser impossível

Não são permitidas mais de cinco pessoas por cada toldo, colmo ou barraca

Para os banhistas saberem quão ocupada e quão pouco repleta está a praia a que pensam ir, podem consultar a app “Info Praia” ou o sítio da APA na internet, que estarão atualizados “em tempo real”

Por cautela, o Governo vinca que se reserva ao direito de interditar praias “por motivo de proteção de saúde pública” ou em caso de incumprimentos das regras que impõe

Já há data para o regresso das cerimónias religiosas

Há duas semanas, o Governo apontava para duas datas possíveis para o regresso: 30 ou 31 de maio. A data está escolhida: as cerimónias religiosas voltam a 30

O que já se sabia (e não sabia) do que vai reabrir esta segunda-feira, dia 18

Nos lares

É uma das novidades: a partir da próxima segunda-feira, 18, voltam a ser possíveis as visitas a utentes de lares, desde que sejam visitas semanais, com marcação prévia.

Um visitante por semana, marcação prévia, hora e meia de visita (com distanciamento, máscaras e regras de higiene): eis as exigências para as visitas aos lares

Na cultura

Tal como previsto, na área da cultura os museus, monumentos e palácios serão os próximos a abrir portas (já na próxima segunda-feira), depois das livrarias, bibliotecas e arquivos. O calendário mantém-se, mas este documento já não faz referência à reabertura de “galerias de arte, salas de exposições e similares” a 18 de maio, como acontecia há duas semanas.

Nas creches

Reabrem já na próxima segunda-feira, como estava previsto. Tal como também estava previsto, os pais terão “opção de manter o apoio à família” até ao fim do mês.

Já se fizeram mais de 20 mil testes, explica o Governo para reforçar que houve cuidados com a reabertura das creches. “80% dos funcionários já testados”

Nas escolas

Na próxima segunda-feira voltam as aulas presenciais, mas só para alguns, como estava planeado. Não há alterações face às perspetivas avançadas há duas semanas.

No ensino o resultado das duas primeiras semanas de desconfinamento não alterou os planos: voltam aulas presenciais para alunos do 11º e 12º anos e para alunos de 2º e 3º anos de outras ofertas formativas, com horário reduzido (10h-17h)

Para reforçar que fez tudo para garantir uma primeira retoma de aulas presenciais em segurança, o Governo avança números sobre o material distribuído pelos estabelecimentos de ensino

No comércio

Depois da avaliação da primeira quinzena de desconfinamento, o Governo mantém que na próxima 2ª, 18/5, reabrem “lojas com porta aberta para a rua até 400m2 ou partes de lojas até 400m2”.

Não há alterações: lojas com porta aberta para a rua com mais de 400m2 não podem reabrir já e lojas com até 400m2 sem porta aberta para a rua não podem reabrir já na íntegra

E na restauração

Há duas semanas o Governo tinha avançado com uma primeira data para reabertura de serviço no interior de restaurantes, cafés e pastelarias (podiam funcionar em take away ou entrega ao domicílio), ainda que com restrições. Essa data era a próxima segunda-feira, dia 18 de maio — e mantém-se.

O Governo não alterou os planos de há duas semanas: 2ª reabrem com lotação a 50% restaurantes, cafés e pastelarias e reabrem esplanadas. Mas agora já existem “normas acordadas entre DGS e AHRESP”

O que reabre no dia 1, na terceira fase de desconfinamento

Aqui não há alterações, mantém-se tudo exatamente como previsto há duas semanas pelo Governo, apesar de alguns equipamentos culturais (desde logo teatros) só pretenderem reabrir em setembro