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Entre os mais velhos, alguns deles têm sintomas de tristeza, de mau humor, e nervosismo

Universal Images Group via Getty

Entre os mais velhos, alguns deles têm sintomas de tristeza, de mau humor, e nervosismo

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Depois da pandemia, um terço dos alunos portugueses tem sinais de sofrimento psicológico

Alunos do 12.º ano têm o índice mais baixo de bem-estar. Entre os professores, cerca de metade apresenta sinais de sofrimento psicológico a exigir atenção.

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Neil Degrasse Tyson, o homem “responsável” por retirar a Plutão o estatuto de planeta, dizia há poucos dias no Twitter: “Se estiver a encher um copo e chegar a metade, ele está meio cheio. Se estiver a esvaziar um copo e chegar a metade, está meio vazio. Não há necessidade de invocar o seu estado emocional.” No caso das escolas portuguesas, a solução do astrofísico norte-americano, não serve. Entre os alunos portugueses, um terço tem sinais de sofrimento psicológico. Entre os professores, o valor sobe para quase metade. O problema? O estudo “Saúde Psicológica e Bem-estar”, que é apresentado esta terça-feira, é o primeiro a ser feito em Portugal e não há referencial que permita saber se os valores revelados estão a subir ou a descer. Assim, é difícil decidir se o copo está meio cheio ou meio vazio.

Foi esse, aliás, o espírito da apresentação à imprensa, no Ministério da Educação.“Quando digo que 25% dos miúdos têm um problema, eu quero dizer que 75% dos miúdos não têm esse problema. Quando eu digo que 50% dos professores têm esta condição, eu quero dizer que 50% não têm aquela condição”, diz Margarida Gaspar de Matos, a coordenadora científica do estudo Saúde Psicológica e Bem-estar. “Os números só são interessantes quando os discutimos, quando formos comparando condições, regiões, escolas. Como não há um referente anterior, [porque] é a primeira vez que fazemos este estudo, as percentagens não têm tanto interesse a não ser comparativamente.”

Dentro do sofrimento psicológico, de que sofrem alunos e professores, encontram-se a ansiedade, a depressão, a irritabilidade, reações ao stress e o esgotamento vital.

Mesmo que não tenha valores com que possa ser comparado — o próximo estudo será realizado no espaço de dois anos —, o documento faz um raio-X à saúde mental de quem frequenta as escolas, seja à dos ​​8.067 alunos inquiridos (do pré-escolar ao 12.º ano), seja à dos 1.453 professores que responderam ao inquérito. E também aponta recomendações, que o ministro da Educação, João Costa, diz que serão “integralmente aceites”. 

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À medida que aumenta o nível de escolaridade, aumentam os sinais de sofrimento psicológico

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Ainda que o diagnóstico tenha sido feito no contexto da pandemia de Covid-19, o governante não esconde que este passará a fazer parte de uma série de novos indicadores que o Ministério da Educação começou a desenvolver ainda no tempo do seu antecessor, Tiago Brandão Rodrigues. De forma geral, o ministro João Costa diz que “não se investiu tanto quando se devia na saúde mental” em Portugal e, no esforço de melhorar, a Educação não pode ficar de fora.

“Há quem olhe para isto como um modernismo”, diz o ministro, antevendo potenciais críticas. “E dirão que em vez de se preocupar com Matemática e Português, o ministério preocupa-se com o bem estar. Ora, é por nos preocuparmos com Matemática e Português, que nos preocupamos com o bem estar.”

Os números revelados já permitiram tomar algumas decisões, como manter o Programa Ubuntu (filosofia africana que ganha adeptos nas escolas), a continuação dos 1.100 técnicos especializados nas escolas (na maioria, psicólogos) que foram contratados neste ano letivo e criar um currículo sócio-emocional em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian.

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Copo meio cheio? Fazem amigos. Meio vazio? Distraem-se muito

As conclusões do estudo? “Nos mais novos, há uma percentagem entre um quarto e um terço que se distrai com facilidade, que são irrequietos. Mas, pela positiva, 88,6% dos miúdos têm pelo menos um bom amigo. Isso é um bom indicador de saúde mental. Nos miúdos da pré e do 1.º ciclo, ter um bom amigo é excelente”, esclarece a psicóloga clínica Margarida Gaspar de Matos, em conferência de imprensa.

No caso dos inquiridos mais novos do estudo, os questionários foram preenchidos pelos educadores e professores e não pelas próprias crianças. Os problemas mais apontados são que cerca de um quarto dos alunos são irrequietos (23,2%) e distraem-se com facilidade (24,9%), enquanto que a boa notícia é que a esmagadora maioria tem um bom amigo.

Por outro lado, o estudo revela que as crianças com mais problemas emocionais, de comportamento, hiperatividade e de relacionamento com os colegas foram referidas como as que têm menos comportamentos prossociais (que favorecem outras pessoas sem busca de recompensa externa).

“Entre os mais velhos, alguns deles têm sintomas de tristeza, de mau humor e nervosismo. Anda tudo à volta de entre um quarto e um terço. Mas sete em cada 10 alunos referem sentir-se calmos e tranquilos pelo menos metade do tempo”, detalha Margarida Gaspar de Matos. Sete em dez representa uma fatia de 70% e isso quer dizer também “que entre os outros 30% não é assim”.

"Se um médico fosse treinado para tratar pessoas saudáveis, quando chegasse uma pessoa doente ao hospital era uma chatice, uma frustração. E isto acontece um bocadinho nas escolas. Há uma expectativa, quando saio profissionalizado do ensino superior, mas depois encontro miúdos com problemas, famílias desestruturadas, com dificuldades. É preciso incrementar isto na formação inicial de professores. É um pedido que estou a fazer ao ministério do lado."
João Costa, ministro da Educação

Os valores dos alunos mais velhos referem-se àqueles que frequentam os 2.º e 3.º ciclo do básico e o ensino secundário, normalmente com mais de 12 anos. Os valores são altos: entre um terço e um quarto dos alunos refere sentir várias vezes por semana ou quase todos os dias tristeza (25,8%), irritação ou mau humor (31,8%) e nervosismo (37,4%). E se mais de metade refere que raramente (ou nunca) sente uma tristeza tão grande que parece que não aguenta (67,1%), um terço sente-se dessa forma pelo menos mensalmente (32,9%).

Para além dos 71,4% que se sentem calmos e tranquilos pelo menos metade do tempo, mais de metade dos alunos preocupa-se muitas vezes com as coisas (58,7%), cerca de dois em cada 10 alunos (20,5%) têm dificuldades em fazer amigos e quatro em cada 10 alunos (42,7%) ficam muito tensos quando estudam para um teste.

“Se dois em cada dez têm dificuldade em fazer amigos, quer dizer que oito em cada 10 não têm. Depende de como queremos olhar para isto”, insiste Margarida Gaspar de Matos, defendendo que não se pode olhar apenas para um dos lados, seja o bom ou o mau. “Também dizem que ficam muito tensos quando estudam para um teste — uma coisa recorrente. O senhor ministro tem falado muito sobre isto, sobre a quantidade de jovens que não tem o sucesso que podia por causa da ansiedade para os testes. Os miúdos referem muito que é como se estivessem a trabalhar para os testes em vez de trabalhar para aprender”, detalha a coordenadora científica do estudo.

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O que o estudo vem também demonstrar é que, em geral, as competências sócio-emocionais — otimismo, controlo emocional, resistência/resiliência, confiança, curiosidade, sociabilidade, persistência, criatividade, energia, cooperação, autocontrole/auto regulação, pertença à escola — estão relacionadas entre si e opõem-se à ansiedade nos testes.

Os jovens com mais competências sócio-emocionais sofrem menos bullying, têm melhor relação com os professores, menos ansiedade nos testes, maior perceção de qualidade de vida, mais satisfação com a vida, menos sintomas de mal-estar psicológico e sentiram menos o impacto negativo da pandemia de Covid-19 nas suas vidas, lê-se no documento.

Quanto ao lazer e repouso, o estudo revela que 99,5% dos alunos passam diariamente pelo menos uma hora à frente de um ecrã e 63% dos alunos passam quatro ou mais horas.  Na avaliação da depressão, ansiedade e stress — esta realizada apenas aos mais velhos, a partir do 3.º ciclo —, os dados mostram que pouco mais de metade diz ter algo a esperar do futuro (53,4%) e considera-se capaz de ter entusiasmo pelas coisas (54,4%).

Professores exaustos aumentam o stress dos alunos

Pelo menos metade dos docentes acusa sinais de sofrimento psicológico em pelo menos uma das medidas consideradas, aponta o relatório. Esses alertas não chegam do nada: estão ligados ao ambiente da escola e à qualidade da gestão dos agrupamentos escolares, ou seja, à figura do diretor.

Segundo o documento, a idade e o tempo de serviço estão associados a indicadores menos positivos de bem estar, saúde psicológica e perceção menos positiva da qualidade do ambiente da escola e da direção. Tal como acontece com os estudantes, onde as raparigas são as mais afetadas e os problemas aumentam ao longo da escolaridade, também entre os professores é o sexo feminino que mais sofre. Mas se nos alunos o problema parece ficar confinado a eles próprios, o mal-estar dos docentes tem efeitos diretos em quem se senta na sua sala de aulas.

“Há alguma evidência que mostra que o nível de burnout e de stress dos professores — que está no top 3 das profissões stressantes, só abaixo dos médicos das urgências e dos militares — estão fortemente correlacionados com a regulação do cortisol nos alunos”, diz Pedro Cunha, da Fundação Calouste Gulbenkian, uma das parceiras deste estudo. “O bem estar do professor condiciona o estado fisiológico, já nem digo só mental, dos alunos. A regulação do cortisol está na origem de problemas como a indisciplina.”

Em 2016, foi publicado o primeiro estudo, realizado na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, que demonstrava que o stress dos professores está ligado à regulação do stress fisiológico dos alunos. Os níveis de cortisol matinal das crianças variavam de sala para sala, sendo mais altos entre os alunos que tinham professores com níveis mais altos de esgotamento. Uma das funções do cortisol é ajudar o corpo a lidar com o stress.

"Há alguma evidência que mostra que o nível de burnout e de stress dos professores — que está no top 3 das profissões stressantes, só abaixo dos médicos das urgências e dos soldados — estão fortemente correlacionados com a regulação do cortisol nos alunos. O bem estar do professor condiciona o estado fisiológico, já nem digo só mental, dos alunos. A regulação do cortisol está na origem de problemas como a indisciplina." 
Pedro Cunha, Fundação Calouste Gulbenkian

“Há uma correlação direta, causal, entre o bem estar dos professores e o fenómeno indisciplina e com o desenvolvimento de competências dos próprios alunos e do sucesso escolar”, sublinha Pedro Cunha, diretor do Programa Gulbenkian Conhecimento, reforçando a ideia de que há evidência científica forte nesse sentido. “Se nós não cuidarmos dos professores adequadamente vai ser muito difícil vermos a mudança que queremos ver também nos alunos.”

Dos docentes que responderam a este questionário, 54,6% referiram satisfação com a vida igual ou superior a sete (num máximo de 10). Em relação às duas semanas anteriores à avaliação, mais de metade diz ter-se sentido alegre e bem-disposto (61%), calmo e tranquilo (58,2%), ativo e enérgico (53,8%) pelo menos metade do tempo. Por outro lado, mais de metade sentiu-se nervoso (55,3%), triste (53,4%), irritado ou de mau humor (51,3%), com frequência semanal ou superior. Há ainda uma fatia de 48,5% de inquiridos que dizem ter dificuldades em adormecer.

Pedro Cunha, da Gulbenkian: “É preciso aprender a ler o que está no Google e na Wikipedia”

Soluções: melhorar diretores, mexer na formação de professores e criar um currículo específico

“Isto não é uma catástrofe. É só um período de alguma vulnerabilidade que está a precisar de ações, e que é o que se vai fazer a seguir. São os outros, os minoritários, para quem temos de ter algumas ações”, defende Margarida Gaspar de Matos. Entre as mudanças necessárias, a coordenadora científica do estudo aponta o perfil dos diretores e mudanças na formação inicial de professores. Nas universidades, os futuros docentes deveriam ser preparados para a questão das competências sócio-emocionais.

“A importância do diretor ressalta neste estudo e noutros que fizemos. E uma das coisas que focamos nas recomendações é que o perfil do diretor da escola — e a sua sensibilidade para as questões da saúde mental, para o bem estar do ecossistema escolar — tem de ser visto. O diretor faz toda a diferença”, acrescenta a professora catedrática da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa.

Em resposta ao Observador, sobre como e quando se muda a formação inicial dos professores, a psicóloga clínica diz que este é um assunto que vai parar ao Ministério do Ensino Superior. “A ideia é: porque é que havemos de estar à espera de que os professores cheguem à docência para, só então, fazer formação contínua nesta área?”, questiona. O ideal, a médio prazo, seria conseguir junto das instituições de ensino superior que alterassem a formação inicial de professores.

“Criava-se uma cultura do que é ser sócio-emocionalmente competente. Não tínhamos o problema resolvido para este ano mas, falando a médio prazo, daqui a cinco anos podíamos ter professores a sair para o mercado de trabalho já com essa formação. A longo prazo, são os alunos que agora beneficiam de um currículo sócio-emocional que, quando forem professores, serão sócio-emocionalmente mais competentes”, defende a psicóloga.

O ministro João Costa garante que é uma conversa que terá com a colega de governo, a ministra Elvira Fortunato, que tem a pasta do Ensino Superior. “Vamos começar um trabalho mais denso com as instituições de ensino superior sobre algumas dimensões que nos parecem importantes acautelar de forma mais intencional na formação inicial”, explica.

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Corbis via Getty Images

“É entender que tem muito a ver com a própria motivação e sentimento de frustração: ser formado para alunos reais, alunos com questões complexas sócio-culturais, que não falam português, que são mais pobres. Nós não formamos para a diversidade, formamos para uma idealização do aluno ou para o único aluno que não está na sala de aula, que é o aluno médio”, argumenta o ministro da Educação, que tenta estabelecer um paralelo com a formação de profissionais de saúde.

“Se um médico fosse treinado para tratar pessoas saudáveis e chegasse uma pessoa doente ao hospital era uma chatice, uma frustração. E isto acontece um bocadinho nas escolas. Há uma expectativa quando saio profissionalizado e encontro miúdos com problemas, famílias desestruturadas, com dificuldades. É preciso incrementar isto na formação inicial de professores. É um pedido que estou a fazer ao ministério do lado”, garante João Costa.

Quando aos diretores, diz que a mudança do perfil das lideranças é algo que começou em 2016 com o plano para a Promoção do Sucesso. Sabendo, graças aos indicadores existentes, a importância da liderança da escola, quando é transformadora e positiva, o foco da tutela vai manter-se nos diretores, acompanhando-os de perto e tornando-os cada vez mais conscientes destas questões. “Os diretores são pessoas. Há perfis. Uns estão muito mais focados na liderança pedagógica, alguns são muito administrativistas. Nesses casos, começa a haver um cuidado de haver um número dois com essas preocupações”, garante o ministro.

O currículo sócio-emocional, que é o culminar da viagem das Academias de Conhecimento da Gulbenkian, que começou em 2018, está prestes a arrancar. Nos últimos anos, as academias foram um terreno de experimentação (e monitorização) que permitiu validar modelos e perceber o que funciona e o que não funciona, explica Pedro Cunha. Assim, a parte da Gulbenkian será formar formadores que irão preparar os professores para serem mais sócio-emocionalmente competentes.

“A felicidade não se prescreve, não está no comprimido”, diz Pedro Cunha, defendendo que “um professor tem de ter consciência de como o seu estado emocional condiciona os seus alunos”.

“A importância do diretor ressalta neste estudo, e noutros que fizemos, e uma das coisas que focamos nas recomendações é que o perfil do diretor da escola, e a sua sensibilidade para as questões da saúde mental, para o bem estar do ecossistema escolar, é uma coisa que tem de ser vista. O diretor faz toda a diferença.”
Margarida Gaspar de Matos, coordenadora científica do estudo

Assim, a proposta da Gulbenkian passa por três áreas: a literacia emocional dos professores (“não há emoções boas e más, temos é de aprender a regulá-las e a comunicá-las”), o autocuidado (o que posso fazer para manter a minha própria saúde mental) e o que pode ser feito dentro da sala de aula. “Não é um clube, não é uma cereja em cima do bolo. É dotar os professores de exercícios, ferramentas que podem usar em qualquer sala de aula e em qualquer disciplina”, explica Pedro Cunha.

Em resposta ao Observador, diz que espera que a formação arranque logo no início do próximo ano letivo, em setembro. “Para isso, temos de ter a bolsa de formadores e estamos a começar já. Vamos ativamente procurar formadores que já estão espalhados pelo país para fazer entre 14 a 15 turmas de formação de formadores.” Cada uma dessas turmas terá à volta de 15 formadores, o que significa que haverá cerca de 200 formadores capazes de ensinar os seus pares.

“Conclui-se esta viagem das Academias do Conhecimento com vários produtos. Este é um deles. Transferir o conhecimento que ganhámos para um currículo de formação de professores, que fica disponível. Fica criado o currículo e também a bolsa de pessoas que depois podem replicar a formação em cada escola”, conclui o diretor do Programa Gulbenkian Conhecimento.

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