Belmiro lança OPA sobre a PT
Fevereiro de 2006. A Sonae, então liderada por Belmiro de Azevedo, lança uma oferta sobre a Portugal Telecom e a sua subsidária PT Multimédia, que era dona da TV Cabo. Um ano e um mês depois, o empresário assume a derrota, mas atinge um dos seus objetivos: a separação entre a PT e a PTM.
LUSA
Acionistas da PT lideram perdas
A PTM deu lugar à Zon, mais tarde incorporada na Nos, controlada pela Sonae e Isabel dos Santos. Quem mais perdeu foram os acionistas da PT, agora Pharol: as ações registam um retorno de -96% desde a OPA. Uma grande parte da perda deve-se a investimentos na dívida da Rioforte, quando Zeinal Bava era presidente.
ANTÓNIO JOSÉ/LUSA
BCP ataca BPI
Março de 2006. Jorge Jardim Gonçalves, o líder do Banco Comercial Português desde a sua fundação (embora Paulo Teixeira Pinto fosse presidente executivo), ofereceu 4,3 mil milhões pelo Banco BPI. Um mês depois, o preço é revisto para sete euros por ação, aumentando a avaliação para 5,3 mil milhões de euros.
TIAGO PETINGA/LUSA
Fernando Ulrich bloqueia OPA
O presidente do Banco BPI, em concertação com os maiores acionistas do banco, consegue gorar a oferta do BCP. Agora, o Banco BPI tem uma capitalização bolsista de 1,6 mil milhões de euros, um terço da oferta proposta há dez anos pelo banco concorrente.
João Relvas/LUSA
Joe Berardo quer ajudar o Benfica
Junho de 2007. Joe Berardo, através da sociedade Metalgest, ofereceu 3,50 euros por cada ação B do Sport Lisboa e Benfica SAD, mais 30% do que o preço no dia anterior ao anúncio da OPA. “Estou aqui para ajudar o Benfica”, disse o empresário.
LUSA
Berardo consegue apenas 1%
Embora a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários tenha obrigado Berardo a estender a OPA a todas as ações do Benfica SAD, a operação falhou porque, entretanto, os preços bolsistas dispararam. Todavia, face ao preço proposto, os acionistas estão agora a perder 67%.
HOMEM DE GOUVEIA/LUSA
Ongoing desenha OPA para falhar
Setembro de 2009. A Ongoing, liderada por Nuno Vasconcellos, lança uma OPA sobre a Media Capital, a dona da TVI, mas a operação nasceu para falhar. Após um acordo de compra de 35% da Media Capital com a Prisa, que tinha 95% do grupo português de comunicação social, a Ongoing viu-se obrigada a desenhar a OPA.
Gustavo Bom / Global Imagens
ERC chumba operação
A espanhola Prisa não iria vender ações na OPA , por isso sabia-se que a operação falharia. Todavia, antes de ser concluída, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, presidida por José Azeredo Lopes, atual ministro da Defesa Nacional, chumbou o negócio. O preço das ações desceu 40% desde a OPA.
José Carmo / Global Imagens
FC Porto obrigado a tentar comprar SAD
Outubro de 2014. Pelas regras do mercado português, o Futebol Clube do Porto foi obrigado a lançar uma oferta de aquisição sobre a sua SAD depois de adquirir a participação da construtora Somague. Jorge Nuno Pinto da Costa ofereceu 0,65 euros por ação.
ESTELA SILVA/LUSA
Acionistas da FC Porto SAD perdem um quinto
O Futebol Clube do Porto procurava cerca de 12% das ações da SAD na OPA, mas apenas conseguiu adquirir 3%. Desde o anúncio do lançamento da oferta, os títulos da SAD renderam -20% aos acionistas.
JOSÉ COELHO/LUSA
Isabel dos Santos quer PT
Novembro de 2014. A Terra Peregrin, uma sociedade controlada por Isabel dos Santos, anuncia uma oferta sobre a Portugal Telecom. A proposta da empresária angolana de 1,35 euros por ação avaliava a companhia 11% acima do valor bolsista da véspera.
BRUNO FONSECA/EPA
CMVM exige preço mais alto
Dezembro de 2014. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, liderada por Carlos Tavares, exige à Terra Peregrin uma revisão em alta do preço proposto pela PT. Isabel dos Santos desiste da operação. Face ao preço oferecido originalmente pela empresária, as ações da PT desceram 90%.
© Hugo Amaral/Observador
CaixaBank avança com primeira tentativa
Fevereiro de 2015. Gonzalo Gortázar, o administrador executivo do CaixaBank, lança a primeira oferta pública de aquisição sobre o Banco BPI. O grupo espanhol, que controlava 44% da instituição portuguesa, propunha 1,329 euros.
AFP/Getty Images
Blindagem dos votos cancela OPA
Uma das condições da OPA do CaixaBank era o fim do limite da contagem dos direitos de voto no Banco BPI, o que não aconteceu. Por isso, o banco espanhol retirou a oferta. Face ao preço proposto (que Fernando Ulrich disse ser baixo), as ações do banco português caíram 19%. O preço da nova OPA é de 1,113 euros.
MIGUEL A. LOPES/LUSA