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Diamantino é o futebolista-deus de Gabriel Abrantes: "Trabalhámos para que consiga competir com a TV e a Internet"

Esta é a história que pega em Cristiano Ronaldo (e outras referências), o veste de ficção científica e dá-lhe o nome de Diamantino Matamouros. O filme estreia-se no dia 4. Entrevistámos o realizador.

Trazia uma “t-shirt” e um boné do Tintim quando há dias se encontrou com o Observador no Jardim do Torel, em Lisboa, para uma longa conversa sobre cinema, arte contemporânea, distopias e telenovelas. Filho de uma luso-angolana e de um português nascido no Zaire, Gabriel Abrantes passou a infância em Portugal, na Bélgica e nos EUA e desde 2006 assinou 15 curtas-metragens. Tem 34 anos, é realizador e artista visual e estudou cinema e artes na Cooper Union, em Nova Iorque. Participou na Bienal de São Paulo em 2016, está representado na coleção de arte moderna da Gulbenkian e em 2009 ganhou o Prémio Novos Artistas da EDP. É um criador nas margens com forte desejo de fazer cinema popular.

“Diamantino”, a sua primeira longa-metragem, correalizada com o americano Daniel Schmidt, tem estreia portuguesa marcada para esta quinta-feira e deu o mote para a entrevista. Isso e a retrospetiva de Gabriel Abrantes no festival de curtas-metragens Córtex, também esta semana.

Inspirado na figura de Cristiano Ronaldo, “Diamantino” é uma comédia romântica de ficção científica, com uma forte presença de ideias “queer”, em torno do género e da orientação sexual. Recebeu o Grande Prémio da Semana da Crítica do Festival de Cannes no ano passado. Manuela Moura Guedes fez uma participação especial e Carloto Cotta ficou com a personagem principal: Diamantino Matamouros, famoso futebolista que vive com duas irmãs infernais, guia um Lamborghini e quer adotar um refugiado.

[o trailer de “Diamantino”:]

Como é que responde a quem vê Cristiano Ronaldo na personagem principal?
Há referências satíricas a aspetos mais superficiais do Ronaldo e de outros futebolistas: a depilação total, a atenção às sobrancelhas, o gel no cabelo, os brincos, a obsessão por carros e pelo materialismo. Decidimos brincar com todos esses elementos estereotipados, mas também fomos buscar outras referências. O filme, se tem alguma paródia ao Ronaldo, é apenas à superfície. Fala também de “doping”, e aí estamos a brincar com o Lance Armstrong, o ciclista que esteve envolvido num escândalo de “doping”. Brinca também com o Zidane, que foi filmado por 57 câmaras para um filme de Douglas Gordon e Philippe Parreno [“Zidane: Um Retrato do Século XXI”, de 2006]. Ou seja, o filme é um bocado um Frankenstein de referências. Também há alguma coisa do Cândido, de Voltaire, porque o Diamantino consegue manter a ingenuidade mesmo quando o mundo à volta é deprimente, e há alguma coisa de Forrest Gump, uma personagem muito ingénua que vive todos os traumas políticos da sua época.

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Mesmo assim, a personagem conta-nos em voz off algumas coisas que demonstram que não é assim tão ingénuo.
É como muitas pessoas que aparentam ser ingénuas e também não são. Qualquer um tem intuição e raciocínio, mesmo que nem sempre demonstre isso exteriormente.

Há um aviso no início: “Os acontecimentos retratados são fictícios e nenhuma identificação com pessoas reais, vivas ou mortas, é intencional ou deve ser inferida.” Faz lembrar os avisos que aparecem no fim das telenovelas brasileiras. O filme foi influenciado pela linguagem das novelas?
De certa forma, até porque a curta que fiz em 2009, “Too Many Daddies, Mommies and Babies”, pegava na telenovela e no melodrama, a partir de Douglas Sirk, que foi um realizador que levou o melodrama ao grande ecrã. O “Diamantino” também tem isso. O final é um “cliché”, não de telenovela pura, porque não é uma ode romântica, mas toca nisso. Eu e o Daniel acreditamos nos finais felizes e achamos que tentar fugir dos “clichés” até pode ser problemático, porque eles existem por alguma razão e nem sempre por más razões. Não precisamos de rejeitar o poder sentimental de alguém que diz “amo-te”. O filme vai, sem qualquer complexo, ao encontro de um formato popular da comédia romântica.

[sequência inicial de “Diamantino”:]

Alguma referência em particular?
As comédias românticas dos anos 40, de Hollywood, de realizadores como Howard Hawks, Preston Sturges ou Frank Capra, que fizeram filmes com a Katharine Hepburn, o Cary Grant ou o James Stewart. Quisemos desde o início fazer um filme mesmo popular. Há autores segundo os quais as comédias românticas de Hollywood, apesar da estrutura ligeira e convencional, apresentavam propostas políticas e sociais muito avançadas. As mulheres, por exemplo, tinham personagens com profissões melhores ou equivalentes às das personagens masculinas, eram mulheres emancipadas, o que não era nada comum naquela época.

"Fizemos o filme para ser uma forma de entretenimento, para não ser só um objecto filosófico, isto sem tirar valor aos filmes que são só isso. Quisemos um filme para rir, que tanto a minha avó de Trás-os-Montes pudesse ver como uma pessoa que costuma frequentar festivais de cinema. Não é um filme que rejeite o público, é um filme que convida o público."

Muitos artistas fogem dos “clichés” amorosos ou românticos, talvez por acharem que eles demonstram falta de elaboração.
Não achamos isso. Também fomos buscar estruturas de contos de fadas. As irmãs do Diamantino são tiradas da Cinderela, são puramente más, não têm nenhuma subtileza, estão aos berros do princípio ao fim, personagens planas, sem profundidade. Há utilidade nisso. Tenho feito bastante pesquisa sobre contos de fadas, dos irmãos Grimm ou do Hans Christian Andersen, que fazem uma simplificação do bem e do mal. Por acaso, o Hans Christian Andersen até é um pouco mais complexo. Como eu e o Daniel temos imensa intuição para sacar conteúdos que são um bocado esquizofrénicos e desconectados, e isso impossibilita contar uma história do princípio ao fim, decidimos usar os “clichés” e simplificação em termos de forma para depois atirarmos tudo o que quiséssemos para dentro do filme.

Como é que conheceu o correalizador?
Ele nasceu nos EUA, em New Heaven, os pais trabalhavam em Yale, o pai é físico, e ele foi estudar cinema na NYU [Universidade de Nova Iorque]. Tínhamos uma amiga em comum, a Katie Widloski, com quem fiz o “Olympia I & II” [2006], e tornámo-nos amigos. Ele veio a Portugal ajudar-me com um filme que eu estava a fazer em 2006 em Trás-os-Montes [em Anelhe, entre Vidago e Chaves], e que nunca completei. Em 2010 esteve comigo no Brasil a fazer “A History of Mutual Respect”. Foi assim que começou a nossa amizade, ficámos muito próximos e hoje somos grandes amigos.

É fácil o diálogo entre dois realizadores num mesmo filme?
Ele fez um percurso clássico, na escola de cinema, e eu vinha da escola de artes plásticas e estava mais próximo do cinema experimental ou videoarte. Enquanto eu tinha uma atração pelo cinema mais clássico, ele procurava um formato mais experimental. Acho que quanto maior cumplicidade entre os realizadores, melhor. Também já fiz dupla com o Ben Rivers, com o Alexandre Melo, com o Benjamin Crotty. Eu e o Daniel temos a vantagem de nos complementarmos em termos de personalidade. Ele é mais calmo, eu sou mais da produção e de por a máquina a nadar. Ele é minucioso, eu sou desleixado, ele cose a malha fina. Ao mesmo tempo, temos gostos parecidos e tanto podemos falar do “South Park”, como do Kenneth Anger ou do Andy Warhol, até de “reality shows”, como o “Keeping Up with the Kardashians”. É uma mistura de artes visuais, de cultura clássica e da cultura mais pop e rasca que existe. Quando eu não gosto de uma ideia que ele manda, ou vice-versa, nem é preciso falarmos, percebemos logo. É como dois putos que estão a construir coisas em Lego e não precisam de discutir sobre se o forte vai ser aqui ou ali.

O realizador Gabriel Abrantes (foto de César Lomba)

Têm uma forma lúdica de trabalhar?
Sim, pode-se dizer isso.

Porque é que escolheram Carloto Cotta para protagonista?
Eu já tinha trabalhado com ele por três vezes [“Fratelli”, 2012; “Freud Und Friends”, 2015; e “The Hunchback”, 2016]. Fiquei profundamente impressionado com o Carloto, acho-o genial. Tal como com o Daniel, sinto uma enorme cumplicidade com ele, sinto que respeita muito o meu trabalho e acho que sente a confiança que deposito nele. Inicialmente o filme foi escrito para uma personagem feminina, a pensar na Madonna, na Mia Farrow ou na Angelina Jolie, que fizeram adoções de miúdos de países problemáticos. O filme era para ser uma sátira a essas adoções por caridade. É um assunto complexo em termos de relações de poder: a pessoa rica que decide transformar e moldar a vida de alguém que nasceu pobre. Ao mesmo tempo, estão a ajudar crianças que iriam ter vidas de sofrimento…

Porque é que mudaram para um protagonista masculino?
A rodagem era para ser no Brasil, o que não se concretizou, e quando mudámos a rodagem para Portugal pensámos em quem seria a Angelina Jolie portuguesa. Imediatamente, fomos dar ao futebolista e ao Carloto. Esta versão do guião já foi escrita a pensar no Carloto.

O filme tem sido exibido em salas comerciais de vários países e chega agora a Portugal. Que reação espera? Muitos filmes portugueses de autor, mesmo quando trazem prémios de festivais, não conseguem mais do que três ou quatro mil espectadores.
Acho que o cinema de autor é um tipo de cinema muito específico, especialmente com o que está a acontecer com a Netflix e o “streaming online”. É uma competição complicada para o cinema de autor. O Bresson, nos anos 60 e 70, conseguia ter um público alargado. O distribuidor de “Au Hasard Balthazar” [1966] foi a Gaumont, que era a maior empresa de distribuição. Hoje seria impossível um filme como aquele ser distribuído pela Gaumont, nem pensar. O “Diamantino” é um filme extremamente aberto e espero que consiga convencer um público alargado. Estamos a investir em publicidade para pelo menos o público português saber que o filme existe. Conscientemente, fizemos o filme para ser uma forma de entretenimento, para não ser só um objecto filosófico, isto sem tirar valor aos filmes que são só isso. Quisemos um filme para rir, que tanto a minha avó de Trás-os-Montes pudesse ver como uma pessoa que costuma frequentar festivais de cinema. Não é um filme que rejeite o público, é um filme que convida o público.

"É um filme que tenta ser popular, espero que seja. Trabalhámos conscientemente para que o filme tenha uma linguagem que consiga competir, em termos da atenção das pessoas, com a televisão e com a internet. O que sempre me atraiu no cinema foi essa componente de arte popular. Sempre quis vir das artes plásticas para o cinema por causa disso."

Acha que o cinema de autor costuma rejeitar o público?
Não, mas o público está pouco habituado. O meu pai foi ver o Antonioni quando era miúdo, mas agora a cultura está a mudar, os tempos são diferentes. Um filme de autor de hoje não rejeita mais o público do que o Bresson rejeitava na altura, mas a cultura mudou.

“Diamantino” é um filme de autor que já tem em conta essa mudança?
Diria que é um filme que tenta ser popular, espero que seja. Trabalhámos conscientemente para que o filme tenha uma linguagem que consiga competir, em termos da atenção das pessoas, com a televisão e com a internet. O que sempre me atraiu no cinema foi essa componente de arte popular. Sempre quis vir das artes plásticas para o cinema por causa disso.

À procura de chegar ao grande público.
Sim. O Brecht dizia que a arte não é um espelho da realidade, é um martelo para a modelar.

Em que é que “Diamantino” pode modelar a realidade?
A mensagem é de ambiguidade e o momento mais político do filme não é quando se fala de neofascismo ou de refugiados, é o final amoroso.

Em que há um casal não convencional.
Exato, em que se quebra um estereótipo.

Fale-nos um pouco do seu percurso de vida. Nasceu na Carolina do Norte…
O meu pai nasceu no Zaire e a minha mãe em Angola. A família da minha mãe tem raízes angolanas e portuguesas e a família do meu pai é de Trás-os-Montes. Eles foram para Londres para estudar, foi aí que nasceu o meu irmão. Depois, foram estudar para a Carolina do Norte, em Chapel Hill, para a University of North Carolina. O meu pai estava a fazer doutoramento e a minha mãe o mestrado, ambos em saúde pública. Nasci lá em outubro de 1984 e acho que em dezembro já estávamos de volta a Portugal. Depois, fiquei cá nos primeiros quatros anos de vida. A seguir, fomos para a Bélgica, onde o meu pai estava a trabalhar, e aí fiquei até aos sete. Depois fui para o novo local de trabalho do meu pai, para Washington, onde vivi até aos 18. Dos 18 aos 21, estive a estudar em Nova Iorque e depois da universidade é que voltei a Portugal. Os meus pais ficaram em Washington DC.

Voltou porquê?
Porque estava a tentar perceber que tipo de cinema conseguiria fazer em Nova Iorque e percebi que o custo de vida era muito alto e as histórias de Brooklyn e Manhattan, como no cinema do Woody Allen, esse cinema urbano, não me interessava muito. Eu queria fazer cinema com uma relação forte entre personagens e natureza e estava muito interessado em questões da natureza sublime, acho que isso vem da influência do Herzog. Em Trás-os-Montes tinha isso. Fui para lá viver e preparar um primeiro filme. Foi o início.

Planeava ficar?
Não, mas fui ficando e a minha carreira desenvolveu-se assim.

Reconhece bem a cultura portuguesa, sente-se integrado?
Sou imigrante e mesmo depois de 12 anos aqui ainda falo com algumas incorreções.

Sente-se imigrante em Portugal?
E nos EUA também. Quando era miúdo, nos EUA, era muito discriminado, porque não falava bem inglês e tinha uma cor de pele ligeiramente mais escura do que a da maior parte dos putos da minha escola. A comida dos meus pais era portuguesa e tinha um cheiro estranho para os meus amigos. Toda essa xenofobia que os putos sofrem eu também sofri imenso lá nos “States”. Quando voltei a Portugal, era visto como o gringo que estava de volta. Ou seja, tanto num sítio como no outro fui tratado como o outro. Não diria que sofri como muitos miúdos, foi uma coisa mais ligeira. Mas acho que não me consideram uma pessoa do sítio onde estou.

Talvez por isso os seus filmes se passem em mundos imaginários.
De alguma maneira, sim. Os meus filmes falam muito sobre identidade nacional, a identidade das pessoas. O “Diamantino” fala disso, o “Liberdade” [2011] também. Vem do meu percurso, de ter sido desenraizado várias vezes, algumas por vontade própria. Hoje continuo nessa ambiguidade, viajo muito e acho que isso influencia as histórias que quero contar.

"Vai-se a um festival lá fora e as pessoas estão a falar do cinema português de uma forma até muito reverencial. As pessoas não percebem como é que tantos filmes que rompem com as convenções, e que são de alguma forma tão livres, estão todos a vir de Portugal."

Considera-se um artista visual ou um realizador de cinema no sentido clássico?
A maior parte do trabalho que faço é cinema, mas até agora funcionou bem nas duas áreas. “Os Humores Artificiais” [2016], uma curta que foi feita para a Bienal de São Paulo, começou por ser apresentada como videoinstalação e depois é que foi à Berlinale. O “Diamantino” funciona quase exclusivamente para salas de cinema, mas na maior parte das vezes crio para ambos os registos. Neste momento estou a preparar uma exposição para o fim deste ano na Galeria Francisco Fino [em Lisboa, a galeria que o representa em Portugal]. Acho que vai ser de pintura, área em que já não exponho desde há quase 10 anos. A ideia de ser só pintor, só videoartista ou só cineasta é uma forma um pouco antiquada de compreender a cultura. Separar tudo vem ainda do Renascimento, da ideia de que o artista estava na sua oficina a aprender uma técnica. Hoje não é assim. Especialmente na minha faculdade, virada para as artes conceptuais, o importante é o discurso dos artistas, mais do que sabermos se o artista pinta bem ou pinta mal. Foi essa a formação que tive e que me influencia.

[excerto de “Os Humores Artificiais”, 2016:]

Um texto no “site” do Museu do Chiado diz que o Gabriel faz parte de uma nova geração de artistas que se enquadram nos conceitos de “expanded exhibition cinema”. O que é que isto quer dizer?
O “expanded cinema” é uma versão muito específica da videoarte, é um conceito que vem da escultura. Não é nem cinema nem videoarte, está no meio. Mas cada pessoa pensa como quer. Há muitos artistas que procuram ativamente esse discurso, eu estou um pouco afastado disso.

O cinema português parece estar numa fase expansão internacional, com muitos filmes premiados e uma atenção permanente aos nossos realizadores. Também sente isso?
Sim, acho que não é ilusão. Vai-se a um festival lá fora e as pessoas estão a falar do cinema português de uma forma até muito reverencial. As pessoas não percebem como é que tantos filmes que rompem com as convenções, e que são de alguma forma tão livres, estão todos a vir de Portugal. O cinema francês, por exemplo, tem 10 vezes mais financiamento que o cinema português, mas não tem, com a mesma regularidade, tantos filmes tão livres.

Como é que isso se explica?
Não sei. Acho que esta liberdade já vem do António Reis e da Margarida Cordeiro, do Manoel de Oliveira, do César Monteiro. O Pedro Costa e o Miguel Gomes estudaram com o António Reis, por exemplo. Acho que o nosso cinema é livre porque de certa forma herdou alguma tradição da poesia surrealista portuguesa. É uma teoria que nunca aprofundei, mas penso que vem daí.

O próximo filme será uma curta ou uma longa?
Acabei agora uma curta que se vai estrear em maio. É sobre uma escultura do Louvre que está farta de ser arte e foge do museu para se juntar a um protesto político nas ruas de Paris. E já escrevi a segunda longa: vai ser um filme de terror, que espero rodar no próximo ano. E por enquanto é cedo para adiantar mais.

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