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Dinossauros, asteroides e uma dança Sci-Fi

A Inteligência Artificial e o evangelho da Cloud dominaram as atenções no fórum de tecnologias, que decorreu num espaço medieval com atmosfera futurista. Foi assim o Oracle Digital Day 2018.

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“Apenas 40% das empresas portuguesas têm presença online.” Este dado crítico para a reflexão sobre a economia digital foi revelado pela Secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, durante a intervenção no Oracle Digital Day 2018, no Convento do Beato, em Lisboa.

Numa manhã luminosa, animada pelo desfile de ideias e pela partilha de conhecimento sobre as novas realidades tecnológicas, a governante deu exemplos de sucesso na utilização de blockchain, como o da BitCliq, que desenvolveu uma aplicação para rastrear cardumes de pescado. Referiu também o êxito da Feedzai em matéria de Inteligência Artificial e o caso de sucesso da Vision-Box, outra startup nacional que é responsável pelo passaporte eletrónico, fornecendo soluções de reconhecimento através de dados biométricos, já presente em mais de 80 aeroportos.

“Atrair investimento, criar mais e melhor emprego e desenvolver os melhores talentos, formando um círculo virtuoso.”
Ana Teresa Lehmann, Secretária de Estado da Indústria

Portugal ocupa o 15º lugar no Índice de Desenvolvimento Económico e Social da Comissão Europeia, registando melhorias significativas em fatores como a conectividade em banda larga e o uso de tecnologias digitais por parte das empresas. Todavia 30% da população ainda não usa internet, sobretudo por falta de literacia digital.

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Ana Teresa Lehmann destacou o conjunto de medidas como a INCoDe2030, iniciativa nacional para desenvolver as competências digitais da população e o programa Industria 4.0, que visa apoiar na transição para a 4ª revolução industrial. Além do Simplex+ e da Estratégia TIC2020, que envolvem soluções para melhorar a relação das empresas e cidadãos com os serviços públicos. O caminho passa por “atrair investimento, criar mais e melhor emprego e desenvolver os melhores talentos, formando um círculo virtuoso,” concluiu a propósito da transformação digital da economia portuguesa.

O poder dos dados

Em seguida subiu ao palco Andrew Sutherland – que pode conhecer melhor nesta entrevista de fundo – com a visão “Next Is Now”. O vice-presidente da Oracle sublinhou o investimento diário de 10 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, realizado ao longo do último ano.

O escocês conduziu-nos até Grove, à sede da Williams Engineering, onde estão a ser desenvolvidos veículos elétricos com um chassis que é, ele próprio, uma bateria. Da parceria com a Oracle resulta a gestão e o processamento de dados que permite eliminar o mais pequeno desperdício de energia. “A autonomia da bateria aumenta 33%, apenas graças à gestão da informação.”

Do Reino Unido para Singapura, Andrew apontou o exemplo da colocação de sensores RFID em cada lugar de estacionamento na cidade, para atenuar o caos provocado pela falta de espaço. Assim é possível ter informação em tempo real sobre lugares vazios e os condutores podem ser orientados, por GPS, até ao local. Mais uma prova de como o uso eficiente e eficaz da informação pode melhorar muito a nossa vida. Com menor consumo de combustível, menos emissões nocivas, percorrendo a menor distância e perdendo menos tempo.

“Sejam quais forem as ideias, de nada valem se não forem uma realidade.”
Andrew Sutherland, SVP Business Development - Systems and Technology EMEA & APAC, Oracle

A par dos casos apresentados, salientou que “sejam quais forem as ideias, de nada valem se não forem uma realidade.” Sutherland referiu ainda que “os falhanços se vão dever, cada vez mais, à falta de investimento em TI”, reforçando o papel de empresas como a Oracle na transição suave para o mundo digital.

O novo normal

Seguindo nesta trajetória de aceleração, “nos próximos 20 anos a mudança será maior do que nos últimos 300.” Esta profecia marcou a apresentação de Nuno Reis, que abriu a janela para o futuro próximo, dando nota do atual estado da arte em matéria de Inteligência Artificial.

O táxi voador autónomo da Airbus,  um robô para servir cafés ou o interessante caso dos chinelos, almofadas e cadeiras que se arrumam sozinhos, num hotel no Japão, são alguns exemplos.

O Senior Manager da Accenture Technology recordou também o último concerto dos Metallica. A banda trouxe a Lisboa um grande aparato tecnológico que incluía 100 drones, com Inteligência Artificial distribuída, para produzir um efeito de luzes invulgar e único.

“Nos próximos 20 anos a mudança será maior do que nos últimos 300.”
Nuno Reis, Senior Manager, Accenture Technology

A IoT está a crescer exponencialmente e, em breve, não precisaremos de olhar para o futuro porque as disrupções acontecem no presente. À medida que se forem tornando mais acessíveis as capacidades de Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, IoT, Business Intelligence e Cloud, vão também surgir novos desafios para as organizações que precisam de se adaptar e evoluir, rapidamente.

Debate interativo com Chatbot

Até à pausa para café, o palco recebeu o painel “Economia Digital: Onde estamos e para onde vamos?”, com Alexandre Ramos, Diretor de TI na Altice Portugal, Bruno Horta Soares, Senior Executive Advisor da IDC Portugal, Miguel Fontes, CEO da Startup Lisboa e Susana Ferreira, Managing Director na Accenture Technology. Com moderação de Edgar Caetano, jornalista do Observador, o debate adotou um inovador formato interativo que permitiu colocar questões aos convidados através de Chatbot e também via WhatsApp.

No destaque das intervenções, Alexandre Ramos situou o nível de prioridades para o digital na colocação de fibra em todas as habitações, oferecendo conectividade em qualquer lugar “para oferecer o melhor serviço ao cliente, que deseja ter acesso permanente em todo o lado.”

Bruno Horta Soares proclamou que “chega de estarmos constantemente a falar do futuro, é preciso começar a aproveitar o que já está disponível”. A vantagem competitiva passa por “pensar menos em tecnologia e mais no que podem fazer com ela.”

“Chega de estarmos constantemente a falar do futuro, é preciso começar a aproveitar o que já está disponível.”
Bruno Horta Soares, Senior Executive Advisor, IDC Portugal

Por seu lado, Miguel Fontes referiu-se à característica distintiva das startups. Elas já nascem digitais e apresentam uma proposta de valor que é pensada para o mercado global. O líder da Startup Lisboa chamou a atenção para a esperança de vida de uma startup em Portugal. “Aqui pode viver durante um ano com o mesmo valor de investimento que, em Londres ou Berlim, apenas daria para seis meses.”

“Entre 24 economias no mundo, estamos em 17º lugar”, contou Susana Ferreira a propósito do Índice de Densidade Digital, ferramenta que mede a penetração das tecnologias digitais em determinadas economias. “Temos boas condições ao nível de infraestrutura, quadro regulatório e talento.” Mas para a especialista é essencial que “o Estado seja potenciador, para que cada vez mais população adira ao digital.”

Com o debate terminava a primeira parte do evento, altura em que o palco recebeu uma exibição de dança futurista, num apontamento coerente com a atmosfera digital que tomou conta do claustro do Convento do Beato. O look Sci-Fi prolongou-se durante o intervalo, pela zona de networking, onde autênticos fembots de carne e osso interagiam com os participantes.

Inovar e Modernizar

Na segunda parte, o Oracle Digital Day 2018 prosseguiu em duas sessões paralelas. No palco do claustro, Alessandro Evangelisti, Cloud Evangelist da Oracle, apresentou-nos a visão Augmented Business. O italiano, que assume o papel de evangelizador em matéria de serviços Cloud, explicou que o negócio aumentado implica sair do mundo físico.

Vai tornar-se intuitivo, em qualquer lugar e a qualquer momento, produzindo resultados e melhorando radicalmente os processos. “Na Oracle estamos a criar as apps que permitem criar este ambiente autónomo. O Santo Graal desta transformação digital será a capacidade de gerir ao instante.”

Os algoritmos podem usar os dados para criar inteligência artificial que vai permitir-nos antecipar, prever e com isso evitar erros. A IoT será outro complemento, numa economia onde as máquinas comunicam e são capazes de analisar o comportamento umas das outras, numa linha de produção.

“O Santo Graal desta transformação digital será a capacidade de gerir ao instante.”
Alessandro Evangelisti, Cloud Evangelist, Oracle

Esta sessão contou com mais dois protagonistas. João Paulo Cabecinha, Administrador Executivo da Glintt, deu conta da experiência da empresa com a Oracle Cloud Machine. Luís Marques, Digital Architect da Oracle, falou sobre os Heróis das TI e deixou pistas para ajudar os técnicos a tornarem-se nas estrelas que o negócio precisa.

No palco da biblioteca, José Cruz, Enterprise Architect da Oracle, abordou a problemática da migração para a Cloud em termos de redução de custos, aumento da produtividade e rentabilidade de investimento. Fausto Figueiredo, Supply Chain Senior Analyst na Visteon, fez um balanço da transformação da rede de supply chain da empresa norte-americana. Por último, mediante o recurso a seis casos distintos, Martien Ouwens, Chief Architect Private and Hybrid Cloud, da Oracle, deixou todo o auditório ciente dos passos a dar em direção à Cloud.

Cloud para todos

“Está para cair um asteroide e vão desaparecer muitas empresas, como aconteceu com os dinossauros”. A previsão de Hugo Abreu surgiu espontaneamente durante o encontro com jornalistas, realizado à margem do evento. “Claro que não é instantâneo, mas já começou a acontecer”, assegurou o Country Manager.

Já ninguém tem dúvidas de que a Cloud é o modelo de TI a adotar. Portanto, é essencial perceber como é que os atuais investimentos em infraestrutura podem facilitar a migração. A solução passa por externalizar este tipo de serviços, abandonando a visão de ownership.

Isso pode ser feito com o Universal Credits, que permite o acesso a qualquer funcionalidade do portfolio Oracle as a Service, através de um plafond gerido em função das necessidades e da evolução do negócio. Tudo de modo seguro, integrado e sobretudo escalável. Bruno Morais explicou que “o cliente adquire crédito para usar de forma flexível, alternando entre diferentes soluções, consoante as necessidades.”

No caso do Bring Your Own License, “os clientes mais antigos podem fazer a transição do licenciamento que têm para a Cloud.” O Senior Director frisou que ambos os programas resultam de necessidades apontadas pelos utilizadores, o que atesta o grau de sensibilidade ao mercado como aspeto diferenciador da marca.

“A nossa estratégia assenta na utilização da Cloud como fator de inovação para os nossos clientes”, realçou o Country Manager, afirmando que a empresa pretende crescer em todas as áreas. A oferta atual da Oracle “abre um potencial de acesso a tecnologias de ponta, às PME, que não existia no passado e em condições financeiras muito mais favoráveis.”

Muitas organizações precisam de um golpe de asa para acelerar a transição. E a Oracle está preparada para as acompanhar na evolução digital, tanto a nível tecnológico como de negócio.

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